Café: Bolsa de Nova York consolida alta nesta 4ª feira, mas reduz ganhos registrados pela manhã
Após subirem mais de 200 pontos pela manhã, os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) reduziram os ganhos, mas ainda assim continuam do lado azul da tabela em ajustes técnicos e recuperam parte das perdas registradas nas últimas sessões. Com essa alta, os preços externos da variedade já voltaram a ficar mais próximos de US$ 1,45 por libra-peso, mas continuam bem distantes de US$ 1,50/lb nos lotes mais próximos.
Por volta das 12h15, horário de Brasília, o vencimento março/17 anotava 142,45 cents/lb com alta de 45 pontos, o maio/17 registrava 144,80 cents/lb com 50 pontos de avanço. Já o contrato julho/17 estava sendo negociado a 146,95 cents/lb também com valorização de 50 pontos e o setembro/17, mais distante, valia 149,10 cents/lb com 65 pontos.
Nos últimos dias, o mercado do arábica recuou bastante, mais de 7% na semana passada, repercutindo a redução nos temores com desabastecimento pelo mercado diante da melhora climática no cinturão produtivo do Brasil e o câmbio. Institutos meteorológicos ressaltam chuvas acima da média para o período em diversas localidades. A semana começa com chuvas fortes no Sul do Espírito Santo e Zona da Mata de Minas Gerais. Outras áreas recebem precipitações isoladas.
Na semana passada, a corretora Marex Spectron divulgou em relatório que prevê superávit global de 300 mil sacas de 60 kg na temporada 2016/17. "Nós incluímos a liberação de estoques pelo governo brasileiro no balanço, o que deixa um superávit mínimo", disse a Marex à agência de notícias Reuters.
Já o dólar, impacta diretamente nas exportações da commodity, e suas oscilações tendem a impactar nos preços do grão no terminal externo. Nesta quarta-feira, no entanto, a moeda estrangeira opera em queda e também acaba dando suporte aos preços do arábica em Nova York. De olho no cenário político, o dólar comercial caía 0,71% às 11h10, cotado a R$ 3,3923 na venda.
Apesar das preocupações cada vez menores dos operadores externos com a oferta de café, para o analista de mercado do Escritório Carvalhaes, Eduardo Carvalhaes, o Brasil pode enfrentar sim dificuldades na próxima safra. Dependendo da condição das chuvas, a produção será de ciclo baixo para o arábica e, para o conilon, deve ser bastante prejudicada. Os estoques do Governo Federal também devem chegar ao fim.
Em novembro, as exportações de café brasileiro somaram 3,07 milhões de sacas de 60kg, segundo reportou o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) nesta terça. Em comparação com o mesmo período de 2015, houve uma queda de 12,2%, devido à redução dos embarques de café conilon e a impactos sentidos com a greve alfandegária no Porto de Santos, que comprometeu o processamento de certificados de exportação. A receita cambial foi de US$ 547,3 milhões no período.
No mercado físico, também por volta das 09h48, o tipo 6 duro era negociado a R$ 530,00 a saca de 60 kg em Espírito Santo do Pinhal (SP) – estável, na cidade de Guaxupé (MG) o café estava cotado a R$ 510,00 a saca – estável. Já na cidade de Varginha (MG) estava sendo negociado a R$ 535,00 a saca – estável.
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