Em Santo Ângelo (RS), produtores caminham para a finalização do plantio da soja após chuvas recentes
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Em Santo Ângelo (RS), produtores caminham para a finalização do plantio da soja após chuvas recentes
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No Rio Grande do Sul, a semeadura da soja já está completa em 60% da área projetada nesta temporada. Segundo dados da Emater/RS, "as lavouras já implantadas estão com boa germinação, porém, em algumas áreas já foi observado o tombamento de plântulas por calor, especialmente nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste".
Em Santo Ângelo, as chuvas registradas no final de semana, entre 25 mm a 45 mm, irão contribuir para a finalização dos trabalhos nos campos. Até o momento, em torno de 85% até 90% da área já foi plantada com a oleaginosa na região, conforme explica o presidente do Sindicato Rural, Claudio Duarte.
“Alguns produtores anteciparam o plantio do grão para o mês de outubro, mas não houve prejuízo nessas áreas com o período mais seco registrado na semana anterior. Temos, até esse momento, uma germinação boa, alguns casos de replantio, porém, devido à problemas com vigor de semente, mas são situações bem pontuais”, destaca a liderança sindical.
Contudo, o clima ainda permanece no radar dos produtores, uma vez que as previsões climáticas ainda indicam a formação de um La Niña. “Se tivermos problemas com o clima nos meses de dezembro e janeiro poderemos ter um comprometimento de produtividade, mas ainda é cedo para fazer essa avaliação”, pondera Duarte.
Comercialização
Diante da recente alta registrada nos preços na Bolsa de Chicago e também no dólar, s cotações praticadas na região subiram. Com isso, na semana anterior, alguns negócios foram fechados na localidade com preços de R$ 80,00 a saca da oleaginosa. Ainda na visão do presidente do sindicato, o valor cobre os custos de produção, que estão mais altos nesta safra e, deixa uma margem aos produtores.
Por outro lado, em função da dificuldade na obtenção de crédito, muitos produtores recorreram às operações de troca junto às empresas locais. “Muitos fizeram trocas com valores entre R$ 80,00 a R$ 90,00 a saca”, reforça Duarte.
Trigo
Após uma colheita favorável, tanto em relação à qualidade quanto à produtividade, os produtores estão apreensivos com a comercialização do cereal. “Tivemos uma média de 55 sacas do grão por hectare, mas alguns agricultores colheram até 80 sacas por hectare. Mas tem muita gente desgostosa com a comercialização”, diz a liderança.
E com os preços abaixo do valor mínimo, o Governo reportou no final da semana anterior que irá realizar leilões de Pep (Prêmio para Escoamento de Produto) e Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural) para apoiar a comercialização de trigo da safra 2016. “Alguns produtores já encaminharam a documentação, porém, a limitação de volume, de 150 toneladas, pode ser um complicador. A perspectiva era vender a saca do trigo a R$ 40,00, mas, atualmente, o valor está próximo de R$ 28,00”, ressalta Duarte.
O presidente do sindicato ainda afirma que, as importações realizadas pelo governo acabaram bagunçando tanto o mercado do Paraná quanto o do Rio Grande do Sul. “E deveremos ter um reflexo dessa situação na próxima temporada, com uma redução de área destinada ao cultivo do cereal. Cenário que já aconteceu nesta safra”, conclui a liderança.
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