Fronteira Norte: uma área de cerrado reservada para o avanço da soja
A última fronteira agrícola, que compreende os países acima da Linha do Equador - Colombia, Venezuela, Guiana, Suriname - e o estado de Roraima, no Brasil, possuem 51 milhões de hectares de savana que podem ser utilizados para a produção de grãos.
O estado de Roraima, por exemplo, já licenciou 1 milhão de hectares a curto prazo para o cultivo da soja. Em breve, deverão ser licenciados mais 4,5 milhões de hectares, visando fazer parte de uma crescente demanda mundial por grãos.
Devido à localização geográfica, o estado acompanha o calendário do Hemisfério Norte e colhe durante a entressafra no restante do Brasil. Em 2016, foram cultivados 25 mil hectares com soja na região da capital, Boa Vista. A expectativa, agora, é de 50 mil hectares para a próxima temporada. Para a safra já cultivada, também há a expectativa de uma produção de 70 mil toneladas de soja, com produtividade acima das 50 sacas por hectare.
A região possui dois macrossistemas, que é a savana - aqui chamada de lavrado - e a área de mata. Segundo levantamento realizado pela Embrapa Roraima na região do lavrado, já existem 902 mil hectares disponíveis para a agricultura e 722 mil hectares reservados nas áreas de floresta - já descontando as áreas reservadas para reservas indígenas, assentamentos e áreas de conservação.
O governo do estado também busca finalizar o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), que trará mais segurança para os produtores do estado. A partir do ZEE será possível definir o que é apropriado produzir em outros lugares. A promessa do Secretário de Política Agrícola, Neri Geller, é de que este zoneamento seja ampliado para as demais culturas aé o final do ano.
Enquanto isso, Roraima se prepara para receber novos investimentos e se tornar "o novo celeiro agrícola mundial". Com várias culturas anuais, será possível atender vários nichos de mercado mais exigentes - e há toda uma estratégia de governo para agregar valor para a produção.
Confira abaixo mais informações:
CARTA DE BOA VISTA
O Seminário Internacional “Integração Tecnológica e do Agronegócio para o Desenvolvimento Sustentável das Savanas do Norte da América do Sul – SAVANTEC”, foi organizado pelo Governo do Estado de Roraima, Embrapa, IICA/PROCITRÓPICOS, CEFET/RR, SEBRAE/RR e da UFRR. O evento foi efetuado no período de 20 a 24 de outubro de 2003 e contou com a participação de representantes dos setores público, político e privado do Brasil, Colômbia, Guiana, Suriname e Venezuela, os quais declaram:
Considerando que:
Os benefícios da integração regional se traduzem em: a) uma rápida transferência de conhecimentos, tecnologias e experiências; b) empreendimentos de tarefas conjuntas nas áreas de infra-estrutura de transporte e comunicações; c) complementar as necessidades... CONFIRA O TEXTO COMPLETO, CLIQUE AQUI.
Veja informações sobre o Uso e Ocupação de terras no país:
1 comentário
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Carlos Massayuki Sekine Ubiratã - PR
Comentário sobre a matéria uso e ocupação das terras cultivadas:
Pela primeira vez vejo dados detalhados e claros sobre esse assunto. Outras informações que vi antes eram confusas e deixavam a impressão de que eram feitos por alguém que não entendia muito bem do assunto. Nesses gráficos podemos entender bem a ocupação dos solos e concluir que os ambientalistas estão completamente desconectados da realidade. As terras cultivadas somam apenas 8% do território nacional, incluindo aí tudo o que se pode imaginar, desde soja até eucalipto. Se formos analisar somente a produção de grãos, sempre o maior vilão na visão dos ambientalistas, ocupamos apenas 5,2% do território nacional ou pouco menos de 45 milhões de hectares (aliás, eu já tinha calculado e passado esse número aqui no NA em postagem anterior). Para efeitos de comparação, 11,3% do território nacional, ou 96 milhões de hectares, são ocupados por cidades, macrologística, infraestrutura energética, mineradoras e outros. Os ambientalistas estão atirando no alvo errado ou é perseguição mesmo. Mas, é como diz um sábio ditado popular: "só leva pedrada a árvore que dá bons frutos".A pergunta que fica é: O que faz com que Blairo Maggi viaje junto com o Sarneyzinho para Marrakesch, em franco apoio ao desmatamento zero na Amazônia e sem fazer nenhuma declaração pública sobre o desmatamento zero no cerrado? O que faz um sujeito pensar que é melhor viver da renda proveniente de esmolas estrangeiras do que viver do suor do trabalho da terra? Não ter representação politica é isso, e é devido ao apoio à um sujeito despreparado que não tem noção da realidade, ou pior que isso, tem essa noção em público e no privado tem outra?!
Carlos mais uma vez OBRIGADO por esta' importantissima informaçao