Café: Bolsa de Nova York testa US$ 1,60/lb nesta 6ª com recompras de fundos e operadores atentos à safra do Brasil
Os contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 250 pontos nesta tarde de sexta-feira (14) e estendem os ganhos registrados na véspera. O mercado registra recompras de fundos, acompanha o câmbio, mas os operadores também seguem atentos ao clima no cinturão produtivo do Brasil, maior produtor e exportador da commodity no mundo. Com essa nova alta, os vencimentos mais distantes já estão acima de US$ 1,60 por libra-peso.
Pelo horário de Brasília, às 12h11, o vencimento dezembro/16 estava cotado a 155,40 cents/lb com alta de 270 pontos, o março/17 registrava 158,85 cents/lb também com avanço de 270 pontos. Já o contrato maio/17 estava sendo negociado a 160,95 cents/lb com 270 pontos positivos e o julho/17, mais distante, também subia 270 pontos, cotado a 162,85 cents/lb. Na semana passada, os preços externos do grão fecharam em US$ 1,55/lb.
De acordo com o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as bolsas para o café operam em alta nesta sexta-feira com movimentos de fundos no mercado. "Acontecem recompras ante ao cenário fundamental desafiador", diz. Na véspera, as cotações do arábica em Nova York também registraram valorização diante do mesmo cenário. Os operadores no terminal externo seguem atentos ao clima no cinturão produtivo do Brasil.
As chuvas acontecem de forma isolada sobre o cinturão produtivo do Brasil nos últimos dias. Segundo mapas climáticos, um sistema de baixa pressão atmosférica ainda deve causar precipitações nos próximos dias sobre o Paraná, Oeste de São Paulo, Baixa Mogiana e parte do Sul de Minas Gerais até amanhã. No entanto, no sábado, o clima quente e seco volta a predominar sobre as origens produtoras, o que poderia trazer prejuízos para a safra 2017/18.
Diante do clima mais instável, a principal florada da safra comercial do país já pode ser vista em cerca de 80% das lavouras, segundo estimativa da Fundação Procafé. Essas plantações, no entanto, podem não ter forças para dar uma boa produção no próximo ano, pois saíram da temporada 2016/17 bastante prejudicadas, e a colheita deve cair de 20% a 30%.
No Brasil, seguem isolados os negócios com café. Segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da ESALQ/USP), a perspectiva de menor produção brasileira de café na safra 2017/18 já tem reduzido o volume de negócios antecipados envolvendo tanto o arábica quanto o robusta.
"Muitos produtores de arábica preferem aguardar o desenvolvimento das floradas e um maior volume de chuva para terem uma definição mais clara da próxima safra. Para o robusta, as incertezas quanto à produção 2017/18 são ainda maiores", reportou o Centro.
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