Na CBOT, milho tenta ampliar ganhos recentes e exibe ligeiras valorizações na manhã desta 3ª feira
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho exibem ligeiras altas na manhã desta terça-feira (4). Por volta das 7h58 (horário de Brasília), os principais contratos do cereal apresentavam ganhos entre 0,50 e 1,00 pontos. O dezembro/16 era cotado a US$ 3,46 por bushel. Apenas o setembro/17 testava leve queda, de 0,25 pontos, negociado a US$ 3,75 por bushel.
As cotações do cereal tentam ampliar as valorizações registradas no dia anterior. Ainda nesta segunda-feira, o mercado encerrou a sessão com forte alta com suporte dos bons números dos embarques semanais. Na semana encerrada no dia 29 de setembro, os embarques somaram 1.470,209 milhão de toneladas, segundo informou o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
"O milho também encontrou apoio extra nos dados do departamento americano que indicaram uma redução no índice de lavouras em boas ou excelentes condições nos EUA, em 73%. Além disso, também houve algum apoio técnico para o grão", informou o site Agrimoney.com.
Ainda no final da tarde desta segunda-feira, o USDA indicou que a colheita do cereal chegou a 24% da área cultivada no país. O número está em linha com registrado no mesmo período do ano passado. A média dos últimos cinco anos é de 27%.
Confira como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Embarques semanais impulsionam preços em Chicago e milho consolida 2º dia consecutivo de fortes ganhos
Nesta segunda-feira (3), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) finalizaram o dia com valorizações de mais de 2% e consolidaram o 2º dia consecutivo de valorizações. Durante a sessão, as principais posições do cereal ampliaram os ganhos e exibiram altas entre 8,75 e 9,25 pontos no encerramento do pregão. O vencimento dezembro/16 voltou a operar acima dos US$ 3,40 por bushel e terminou o dia a US$ 3,46 por bushel. Já o março/17 era cotado a US$ 3,55 por bushel.
As cotações foram impulsionadas pelos bons números apresentados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em seu boletim de embarques semanais, segundo dados das agências internacionais. Na semana encerrada no dia 29 de setembro, os embarques do cereal somaram 1.470,209 milhão de toneladas. O volume é superior ao registrado na semana passada, de 1.357,463 milhão de toneladas do cereal.
Outro fator que ainda é observado pelos participantes do mercado é o andamento da colheita no Meio-Oeste americano. No caso do cereal, os trabalhos nos campos avançaram, passando de 15% para 24%, segundo reportou o departamento americano no final da tarde desta segunda-feira. O índice ficou em linha com as expectativas dos investidores.
Em igual período do ano anterior, cerca de 24% da área plantada já havia sido colhida e a média dos últimos anos é de 27%. Ainda no boletim, o órgão reportou que, o percentual de lavouras em boas ou excelentes condições baixou de 74% para 73%. Já o número de lavouras em situação ruim ou muito ruim subiu de 7% para 8%. 19% das plantações permanecem em situação regular.
Do mesmo modo, o comportamento do clima no Meio-Oeste continua no radar dos investidores. "Temos algumas preocupações sobre parte do cinturão produtor de milho, já que há indicativos de chuvas, o que pode atrasar os trabalhos de colheita", disse Don Keeney, pelo MDA Weather Services, em entrevista ao Agrimoney.com.
Mercado brasileiro
Na BM&F Bovespa, os preços tiveram um início de semana misto. Isso porque, no fechamento desta segunda-feira (3), as primeiras posições do cereal acumularam ganhos entre 1,42% e 2,38%. O contrato novembro/16 era cotado a R$ 43,51 a saca e o janeiro/17 a R$ 43,89 a saca. Já os vencimentos mais longos apresentaram quedas entre 0,84% e 1%. O maio/17 operava a R$ 37,52 a saca.
Enquanto isso, no mercado interno, o dia foi de ligeiras movimentações aos preços do cereal, conforme levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas. Em Assis (SP), o valor caiu 2,36%, com a saca do milho a R$ 32,72. Em Campinas (SP), o recuo foi de 1,23%, com a saca a R$ 40,10. Em Sorriso (MT), a queda foi de 1,82%, com a saca a R$ 27,00. No Porto de Paranaguá, a cotação permaneceu estável em R$ 33,00 a saca do grão.
Por outro lado, o preço subiu 2,71%, com a saca do cereal a R$ 37,12 em Itapeva (SP). No Paraná, nas praças de Ubiratã e Londrina, as cotações voltaram a subir e fecharam o dia a R$ 32,50 a saca, com valorização de 1,56%.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea informou em nota que, a liquidez no mercado continua baixa, um reflexo do receio dos investidores em formar posições mais alongadas, em função das incertezas em relação aos preços nos próximos meses. Contudo, o que se observa é um recuo nos preços do cereal em grande parte das regiões pesquisadas devido à pressão compradora, divulgou a entidade.
"Na última semana, os valores no estado de São Paulo, especificamente, foram pressionados especialmente pela redução dos preços de fretes, que tem elevado a entrada do cereal do Centro-Oeste na região de Campinas (SP)", destacou o Cepea.
Paralelamente, nesse instante, os produtores brasileiros se concentram no plantio do cereal na primeira safra. E, segundo atualização da projeção da INTL FCStone, a área plantada na safra de verão com o cereal deverá ficar próxima de 5,9 milhões de hectares, um crescimento de 9,5% em relação ao ano anterior. E interrompe uma sequência de quedas consecutivas na área da primeira safra de oito anos.
“Mesmo com a produção brasileira de milho ficando cada vez mais concentrada na safrinha, o momento atual, de balanço de oferta e demanda ainda restrito e de preços mais elevados no mercado doméstico, acaba sendo um incentivo ao cultivo no verão”, completa Ana Luiza Lodi, analista de mercado da consultoria.
Além disso, outro assunto em pauta essa semana é a reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para a aprovação ou não de novas variedades transgênicas do cereal dos Estados Unidos. A reunião acontece na próxima quinta-feira (6). Na última semana, a Camex (Câmara de Comércio Exterior) prorrogou por mais 90 dias o período de isenção do imposto de importação para o milho.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou a segunda-feira (3) com queda de 1,41%, cotada a R$ 3,2057 na venda. O valor de fechamento é o mais baixo desde o dia 22 de agosto, segundo informações divulgadas pela agência Reuters. O câmbio foi pressionado pelo ingresso de recursos estrangeiros em meio ao otimismo ocasionado pelo resultado das eleições municipais no Brasil.
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