Em Chicago, milho inicia sessão desta 6ª feira com leves quedas, próximos da estabilidade à espera do USDA
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho iniciaram a sessão desta sexta-feira (30) com ligeiras perdas, próximas da estabilidade. As principais posições do cereal exibiam quedas entre 0,50 e 1,00 pontos, por volta das 8h21 (horário de Brasília). O vencimento dezembro/16 era cotado a US$ 3,28 por bushel, enquanto o março/17 trabalhava a US$ 3,38 por bushel.
Os investidores esperam os números dos estoques trimestrais, que será divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta sexta-feira. Para o milho, as projeções esperadas têm média de 44,63 milhões de toneladas e variam no intervalo de 42,29 milhões a 47,3 milhões de toneladas. Há um ano, os estoques dos EUA do cereal eram de 43,97 milhões de toneladas.
Paralelamente, a colheita americana continua sendo observada pelos participantes do mercado. Após as chuvas das últimas semanas, a perspectiva é que o clima mais firme tenha contribuído para o avanço dos trabalhos nos campos.
Confira como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Após perdas recentes, milho esboça recuperação e fecha pregão desta 5ª feira com alta de até 3% na BM&F
O pregão desta quinta-feira (29) foi positivo aos preços do milho negociados na BM&F Bovespa, depois das quedas recentes. As principais posições da commodity ampliaram os ganhos e encerraram o dia com valorizações entre 1,29% e 3,09%. O novembro/16 era cotado a R$ 41,75 a saca e o março/17 a R$ 39,74 a saca.
"Na bolsa brasileira, as cotações do cereal esboçaram uma reação depois das perdas recentes", disse a analista de mercado da FCStone, Ana Luiza Lodi. Além disso, a moeda norte-americana encerrou o dia com alta de mais de 1%. O câmbio era cotado a R$ 3,2555 na venda, maior nível de fechamento desde o último dia 20, quando o dólar encerrou o pregão a R$ 3,2610.
Segundo informações da agência Reuters, a valorização é decorrente da aversão ao risco observada no mercado internacional. Por sua vez, a movimentação é uma consequência da notícia reportada pela agência Bloomberg que gerou preocupações com o maior banco da Alemanha, o Deutsche Bank.
Enquanto isso, no mercado interno, o dia foi de preços estáveis nas principais praças pesquisadas pela equipe do Notícias Agrícolas. No Porto de Paranaguá, a saca do cereal subiu 3,13% e encerrou o dia a R$ 33,00. Já em Assis (SP), o ganho foi de 5,88%, com a saca a R$ 33,51. Na região de Campo Grande (MS), o valor ficou em R$ 31,00 a saca, com alta de 3,33%.
Os analistas ainda reforçam que as negociações caminham lentamente no Brasil. Grande parte dos compradores ainda se abastece com o produto importado, especialmente vindo do Paraguai e da Argentina.
Ainda hoje, os participantes do mercado estiveram atentos à prorrogação por mais 90 dias o período de isenção do imposto de importação para o milho, medida divulgada pela Camex (Câmara de Comércio Exterior). E a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) informou que voltará a discutir a aprovação ou não de novas variedades transgênicas do cereal dos Estados Unidos. A reunião acontece na próxima quinta-feira (6), segundo informou a assessoria de imprensa da comissão.
No início de setembro, a comissão já havia aprovado o uso no Brasil de apenas uma variedade de milho transgênico da Monsanto comercializada nos EUA. Ainda estão sendo analisadas mais duas variedades da multinacional e uma da Syngenta.
No acumulado entre janeiro e agosto de 2016, o volume de milho total importado ultrapassa 1,087 milhão de toneladas, conforme dados reportados pelo Ministério da Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Somente no mês passado, as importações totalizaram 295,370 mil toneladas do cereal.
Bolsa de Chicago
Depois de testar os dois lados da tabela, as principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a quinta-feira (29) bem próximas da estabilidade. As primeiras posições se mantiveram inalteradas, já os vencimentos mais longos finalizaram o pregão com ligeiras quedas, de 0,25 pontos. O contrato dezembro/16 era cotado a US$ 3,29 por bushel, enquanto o março/17 era negociado a US$ 3,39 por bushel.
"Os futuros do milho encerraram o dia próximos da estabilidade com os participantes do mercado observando os mapas climáticos para o Meio-Oeste, mas também o relatório dos estoques trimestrais, que será divulgado nesta sexta-feira (30) pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos)", disse Bob Burgdorfer, analista e editor do portal Farm Futures.
No caso do clima, a previsão de um tempo mais firme Iowa deverá contribuir para a evolução dos trabalhos nos campos, ainda conforme dados do Farm Futures. Já em relação aos estoques, as apostas do mercado estão próximas de 43,49 milhões de toneladas.
Além disso, ainda hoje, o USDA reportou novo boletim de vendas para exportação. Na semana encerrada no dia 22 de setembro, os números do milho ficaram em 575 mil toneladas, da safra 2016/17. O volume ficou bem abaixo do esperado pelos investidores entre 750 mil a 950 mil toneladas do cereal.
"Os número foram decepcionantes, em partes pela grande venda anunciada na última quarta-feira (28)", relatou Burgdorfer. O departamento reportou a venda de 1.577,340 milhão de toneladas de milho ao México.
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