Setor produtivo quer firmar parceria com Inmet
Representantes da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso), Abrass (Associação Brasileira dos Produtores de Sementes de Soja) e do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) se reuniram, nesta quarta-feira (28), com o ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para discutir uma possível parceria do setor com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
A ideia inicial é que o Inmet forneça aos produtores informações meteorológicas voltadas ao setor agrícola. O ministro defende a criação de um aplicativo com as previsões meteorológicas para a agricultura. Em troca, seriam instaladas novas estações meteorológicas que possibilitem mais informações aos agricultores.
Blairo Maggi ofereceu ainda aos representantes do setor uma parceria com a Embrapa Imagens, sediada na cidade de Campinas (SP), onde são feitas imagens de satélites de todo o território nacional. “O trabalho realizado lá é muito bom. O mapeamento do território é minucioso. Acredito que será muito positivo para o setor”, observou.
O ministro tem defendido o fortalecimento do Inmet por entender a importância do trabalho dos meteorologistas para o setor agrícola. Antes da reunião no gabinete de Blairo Maggi, os representantes da Aprosoja, Abrass e Imea fizeram uma visita ao Inmet com o secretário-executivo adjunto, Francisco Lopes, e demonstraram interesse em firmar parceria com o órgão.
Eles relataram a Blairo Maggi que os técnicos do Inmet propuseram uma maior troca de informações com o setor para que conheçam quais são as principais demandas dos produtores. Dessa forma, os meteorologistas poderão oferecer dados mais detalhados para atender as necessidades do setor.
A reunião no Inmet foi articulada pelo secretário-executivo do Mapa, Eumar Novacki, que conversou com a diretoria do instituto, durante o mês de agosto, para tratar da criação de um aplicativo voltado ao setor agrícola.
2 comentários
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Guilherme Frederico Lamb Assis - SP
Eu, na verdade, gostaria de ver um novo rumo na questão meteorológica, uma nova abordagem, com o governo trabalhando para melhorar o ambiente de negócio no pais -- para que iniciativa privada consiga ser mais competitiva e oferecer serviços a preços mais baixos.
Mirar em exemplos que deram certo, como a imensa rede de estações meteorológicas particulares nos EUA, ligadas todas a bancos de dados on line e acessíveis a qualquer um como o weather underground, que tem as estações de qualquer parte do mundo que são cadastradas pelos seus proprietários alimentando os modelos climáticos e disponíveis para consulta de qualquer um, gratuitamente. Somente nesse site são mais de 16.000 estações automáticas particulares conectadas. https://www.wunderground.com/about/data.asp O brasil tem um número ínfimo dessas estações, há um tempo no site http://deolhonotempo.com.br/index.php/estacoes publicaram o valor exato, mas não passava de 250 unidades se não me engano. O que não é fica obvio, um equipamento Davis modelo 6163 nos EUA custa no varejo em torno de 950,00$, que vai dar em torno de 3081,00 R$. Boa parte dessa diferença se da em tributos diretos e indiretos, a que comprei, chegou aqui por 9000, com frete, taxas e impostos, esse apenas os impostos diretos para quem compra nos EUA. Para quem comercializa aqui paga impostos indiretos sobre folha de pagamento, sobre lucros, sobre operações, etc, os quais são repassados no custo. Aqui o mesmo equipamento é vendido por 20 mil reais no varejo. Nessas condições é difícil consolidar uma rede de coleta de dados. "Parecemos" cachorros correndo atrás do rabo, sempre voltando a entregar tudo na mão do "glorioso" Estado, para que este cuide de nossas vidas. Depois "ficamos" a reclamar dos péssimos serviços públicos e altos impostos cobrados, hipocritamente diga-se de passagem. Muitas vezes já disse que o problema aqui é que não "mudamos" o "remédio" para o problema, apenas "aumentamos" a dose. Quanto a parte que o ministro fala em um sistema dirigido para agricultura, o setor privado já esta oferecendo isso, basta ver o CropView que tem sido amplamente divulgada aqui no site. (Guilherme Frederico Lamb, nova mensagem: a qualidade da precisão da previsão do tempo e previsão climatológica para certos locais é diretamente relacionada com a capacidade de coleta de dados que alimentem esses modelos. Nesse caso nada substitui a rede de estações meteorológicas. Por esse motivo a previsão falha mais em áreas onde há menor numero delas.)Acho que deveria ter mais seriedade nos informes metrológicos...muitas brincadeiras, apelidos e esquecem que estes informes influenciam bolsas de valores, tanto em alta com em baixa e também que milhares de produtores dependem destas informações ...Deveria ter um órgão para pontuar estes informes como bons, ruins ou péssimos...
meteorológicos
a qualidade da precisão da previsão do tempo e previsão climatológica para certos locais é diretamente relacionada com a capacidade de coleta de dados que alimentem esses modelos.
Nesse caso nada substitui a rede de estações meteorológicas. Por esse motivo a previsão falha mais em áreas onde há menor numero delas.
Perfeita tua observação Guilherme.
Vou me corrigir para deixar mais claro:
A qualidade da precisão da previsão do tempo e previsão climatológica está diretamente relacionada com a capacidade de coleta de dados que alimentem esses modelos climatológicos.
Nesse caso nada substitui a rede de estações meteorológicas. Por esse motivo a previsão falha mais em áreas onde há menor número delas e também à disposição/distribuição das mesmas.
Já tive a experiência de ver como funciona nos EUA e eu tenho a estação meteorológica na fazenda.
Sem uma boa rede de estações meteorológicas é impossível ter dados confiáveis para alimentar os modelos climáticos responsáveis por gerar as previsões do tempo (curto prazo) e climatológicas (longo prazo).
Muitos dos nossos dados são interpolados usando regras matemáticas, pois não há cobertura de estações para coletar esses dados in loco, notei isso enquanto assinava um desses serviços de previsão climatológica, os dados eram de uma estação distante que sofriam um interpolação que ajustava-os para o meu local e de radares meteorológicos (temperatura, índices de chuva). Pelo histórico do banco de dados dos serviços eu via as diferenças em relação ao que minha estação coletava, que é um dado real, exato do local.
Chuvas que através desses sistemas eram computadas com 20 mm na aferição real tinha atingido 40 mm.
O nosso problema não será resolvido por decreto ou mais regulação estatal.
DALMO HENRIQUE FRANCO SILVA Dourados - MS
Acho um absurdo só agora estarem pensando nesse tipo de parceria.Quando expresso minhas opiniões sobre a representatividade do setor agropecuário, já fui censurado por isso... mas, com relação a este assunto (parceria com o Inmet) por que já não pensaram isso antes? A representatividade eficiente é isso, antecipar, antever, planejar, defender, etc, mas isso dá trabalho, não é?
Já há bastante tempo, especialmente no MS, precisamos desse instrumento para se planejar melhor a safra, mas curiosamente não temos estações meteorológicas para levantar mais dados, inclusive convênios com os países vizinhos (de onde vem as frentes frias que entram no Brasil)... ACORDA BRASIL!!!!