Frango vivo: Consumo frágil impede valorizações no mercado independente
O fraco desempenho das vendas no varejo vem enfraquecendo o mercado do frango vivo. Ao longo de todo o mês de setembro as cotações permaneceram estáveis nas principais praças de comercialização.
Nem mesmo o esperado incremento da demanda na primeira quinzena foi capaz de modificar as cotações. Agora, com a proximidade do final do mês é comum que o consumo caia com o passar do tempo, reduzindo ainda mais a firmeza do mercado.
Em São Paulo o preço médio negociado está em R$ 3,10/kg, mas segundo a Scot Consultoria há relatos de negócios abaixo da referência. "Para os próximos dias, o mercado deve permanecer mais parado, com as indústrias voltando à atenção para o controle de estoques", afirma em nota.
No atacado, os volumes de negociações diminuíram e os preços cederam. A carcaça passou de R$ 4,75/kg para os atuais R$ 4,55/kg.
Ainda assim, a relação de cotação do animal vivo e o abatido tem apresentado perspectivas opostas. Dados do site AviSite, apontam que penúltimo trimestre do ano o ganho no frango abatido foi de 21%, enquanto no vivo a valorização no período foi de 10%.
A explicação desse cenário é que "com a presente crise de consumo, as integrações recorrerão bem menos ao mercado independente. Com isso, os preços da ave viva devem evoluir de forma bem mais moderada", declarou a publicação.
Como fator positivo estão os dados de alojamentos de pintos em julho, indicando um movimento de ajuste do mercado.
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