Café: Bolsa de Nova York trabalha praticamente estável nesta 6ª feira e mantém patamar de US$ 1,50/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam próximas da estabilidade nesta tarde de sexta-feira (16) em um cenário parecido com o da sessão anterior. O mercado busca direcionamento depois de repercutir muitas variáveis nos últimos dias, desde as incertezas em relação ao potencial produtivo do Brasil na próxima safra, os estoques nos países importadores e exportadores, o câmbio e também realizar ajustes técnicos.
Por volta das 12h20, o contrato dezembro/16 registrava 149,10 cents/lb com 20 pontos de alta, o março/17 tinha 152,15 cents/lb com 5 pontos de avanço. Já o vencimento maio/17 estava cotado a 154,35 cents/lb com 40 pontos de valorização e o julho/17, mais distante, anotava 155,60 cents/lb com 10 pontos negativos.
Segundo o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as bolsas para o café trabalham nesta sexta focadas no câmbio, que impacta diretamente nas exportações da commodity. Às 11h30, o dólar comercial subia 0,22%, cotado a R$ 3,3092 na venda. A moeda já chegou a operar em baixa com a entrada de recursos, mas avança com os dados de inflação nos Estados Unidos.
"A ansiedade com relação à possibilidade ou não de elevação nos juros americanos aliado ao complexo movimento político vivido no Brasil tem deixado as cotações sob pressão e os níveis acima de algumas previsões", afirmou ontem (15) Marcus Magalhães.
Nos últimos dias, as cotações futuras do arábica oscilaram acompanhando as incertezas dos operadores em relação á safra 2017/18 do Brasil após as floradas antecipadas em algumas regiões. Os números dos estoques dos países importadores e exportadores de café também movimentaram os preços. "Os preços continuam a encontrar suporte no clima e nos estoques mais baixos [nos países exportadores]", disse o banco Société Générale na quarta para a Reuters.
"Embora os níveis de estoques nos países produtores estejam próximos das mínimas históricas, os níveis de estoques nos países consumidores estão altos o suficiente para suprimir os preços diante das perspectivas de produção aquém das expectativas", disse o analista do Société Générale, Rajesh Singla, ao site internacional Agrimoney.
Já o Rabobank, outro importante banco especializado em commodities, informou recentemente que os estoques de café "visíveis" – definidos como os da Europa, Japão e EUA, além de estoques não-agrícolas do Vietnã – "estão em níveis recordes".
No Brasil, os negócios com café seguem no mesmo ritmo. Os produtores aguardam melhores patamares para voltarem mais ativamente às praças de comercialização do Brasil. "O mercado interno do café deverá ter um dia lento e com negócios isolados. Preços sustentados", explica Marcus Magalhães. Na quinta-feira (15), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 502,93 e alta de 0,76%.
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