Café: Bolsa de Nova York estende ganhos da véspera nesta tarde de 5ª, mas continua ao redor de US$ 1,50/lb
Os futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) reduziram os ganhos nesta tarde de quinta-feira (15), mas continuam do lado azul da tabela após recuarem nos últimos dias. Com esse novo avanço, os preços externos da variedade voltam a se aproximar do patamar de US$ 1,50 por libra-peso nos vencimentos mais próximos e US$ 1,55/lb nos lotes mais distantes.
Por volta das 11h46, o contrato dezembro/16 registrava 149,20 cents/lb com 30 pontos de alta, o março/17 tinha 152,35 cents/lb com 25 pontos de avanço. Já o vencimento maio/17 estava cotado a 154,05 cents/lb e o julho/17, mais distante, anotava 155,80 cents/lb, ambos os vencimentos com valorização de 10 pontos.
Após recuarem nos últimos dias, as cotações do café arábica no terminal subiram ontem (14) em ajustes técnicos, mas os operadores ainda continuavam bastante atentos às incertezas em relação à safra 2017/18 de café do Brasil e os estoques nos países importadores e exportadores do grão.
"Os preços continuam a encontrar suporte no clima e nos estoques mais baixos [nos países exportadores]", disse o banco Société Générale para a Reuters, acrescentando que o real mais fraco é um fator negativo para os preços.
Nesta quinta-feira, o dólar comercial trabalha praticamente estável à espera dos desdobramentos da Lava Jato e as dúvidas sobre a reunião do Fed (Federal Reserve), banco central dos Estados Unidos, na próxima semana. Às 11h40, a moeda norte-americana caía 0,14%, vendida a R$ 3,3382. As oscilações no câmbio impactam diretamente nas exportações da commodity.
A alta nas exportações do Brasil em agosto também repercute no mercado. O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) informou ontem que as exportações brasileiras retomaram o ritmo de crescimento no mês de agosto de 2016. Até o momento foram registradas 2,69 milhões de sacas de 60 kg de café no mês passado, um crescimento de 37% em relação ao mês de julho, quando o país exportou 1,96 milhões de sacas.
Apesar das oscilações externas, os negócios com café no Brasil seguem lentos. Com a retração vendedora, os preços do grão esboçam reação, mas ainda nada que anime o produtor. "Nas últimas semanas, rumores de que a florada da próxima safra brasileira de arábica seja novamente prejudicada também sustentaram os preços atuais", informou o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da ESALQ/USP) nesta quarta-feira.
Na quarta-feira (14), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 499,14 e alta de 0,11%.
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