Demanda melhora, mas preço das carnes tem dificuldade em subir
Boi Gordo: Margem da indústria melhora, mas preços da arroba demoram a subir
Por Alex Santos Lopes da Silva, zootecnista da Scot Consultoria
A melhora de margem das indústrias após a valorização da carne na última semana, movimento que continuou com os reajustes de hoje para os miúdos e subprodutos, não tem sido suficiente para puxar para cima, de forma consistente, as referências de preços da arroba.
As altas ocorrem, mas são pontuais e refletem a falta de oferta, comportamento que já era observado desde agosto.
As indústrias de grande porte, na maior parte das regiões pesquisadas pela Scot Consultoria, seguem imprimindo mais resistência aos pagamentos maiores. As escalas destes agentes geralmente são mais alongadas, já que contam com estratégias alternativas de compra de matéria-prima.
Em São Paulo, há quem opere com programações de mais de dez dias. Mas esta não é a realidade do mercado.
Os compradores que compram somente no mercado spot têm escalas completas por três dias, em média, isso já considerando um nível de ociosidade consideravelmente maior do que se vê normalmente.
Negócios acima da referência não têm sido incomuns. Em Marabá, por exemplo, há relato de negócios até R$2,00/@ acima da referência. Em Campo Grande os negócios chegam aos R$142,00/@, à vista, e em Belo Horizonte em R$145,00/@, nas mesmas condições.
Os preços da carne bovina ficaram estáveis. Depois da forte alta dos últimos dias, a segunda quinzena do mês diminui o espaço para novos reajustes.
Frango Vivo: Mercado segue com cotações firmes nesta 4ª feira
Por Sandy Quintans
O mercado de frango vivo seguiu com preços estáveis nas principais praças de comercialização nesta quarta-feira (14). Diante deste cenário, Minas Gerais mantém cotação em R$ 3,30/kg e São Paulo a R$ 3,10/kg. Na semana anterior, os preços para o vivo também tiveram estabilidade, após um período de quedas no final de agosto.
Apesar dos preços firmes nas granjas, o momento do mês é propício para novas altas, visto que o recebimento de salários aumenta a procura pela proteína. Com o feriado na semana passada, os negócios ficaram lentos, o que acabou contribuindo para a estabilidade nas cotações.
“A expectativa ainda é por reajustes durante a primeira quinzena de setembro, período que conta com boa fluidez de negócios”, explica o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Além disto, os dados de embarques de setembro têm retomado fôlego, o que ajuda na melhora de preços no mercado doméstico. “Um bom volume de embarques é necessário para manter a oferta interna ajustada em relação ao potencial de consumo”, alerta.
Segundo aponta dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) na segunda-feira, em seis dias úteis, foram embarcadas 115,8 mil toneladas de carne de frango in natura. Com média diária de 19,3 mil toneladas, o resultado é 34,9% superior aos dados por dia de agosto e 21,6% que o mesmo período do ano passado.
Em receita, os dados apontam para US$ 190,1 milhões, com valor por tonelada em US$ 1.642,4.
Suíno Vivo: Após movimentações de preços, cotações fecham estáveis nesta 4ª feira
Por Sandy Quintans
Nesta quarta-feira (14), as cotações para o suíno vivo fecharam com estabilidade, após movimentações na semana. Nos últimos dias, algumas praças interromperam o movimento de baixa e começa a esboçar reação, como São Paulo e Rio Grande do Sul. Em outras regiões, a preços continuam sob pressão, como em Santa Catarina.
Para o presidente da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), Valdecir Folador, apesar da melhora de preços no estado, a situação ainda é de preocupação. Com os custos de produção elevados, as margens nas granjas ainda estão apertadas.
Além disto, a demanda no cenário doméstico segue enfraquecida, o que levou os preços a cederem nas últimas semanas. Segundo informações divulgadas pela ACCS (Associação dos Criadores de Suínos), a baixa procura pela proteína foi um dos principais fatores que propiciou as quedas nesta semana.
Para o presidente da ACCS, Losivânio de Lorenzi, a diferença significativa nos preços é reflexo das dificuldades econômicas do país. “Isso mostra que o consumo interno ainda não melhorou, fazendo com que os preços permaneçam retraídos”, relata.
Apesar disto, as expectativas são positivas para os próximos meses. "Temos a perspectiva de que no segundo quadrimestre do ano teremos recuperação dos preços", acrescenta Folador, em entrevista ao Notícias Agrícolas.
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