Café: Bolsa de Nova York sobe cerca de 150 pts nesta 3ª e fica mais próxima de US$ 1,60/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) operam com alta próxima de 150 pontos nesta tarde de terça-feira (6) e estendem os ganhos registrados nas últimas sessões ainda acompanhando as incertezas em relação à safra 2017/18 do Brasil, a escassez na oferta do grão apontada pelos recentes dados de exportação e o câmbio. Com esse novo avanço, os preços externos da variedade já estão próximos do patamar de US$ 1,60 por libra-peso nos vencimentos mais distantes.
Por volta das 11h53, o contrato dezembro/16 registrava 153,00 cents/lb com 160 pontos de alta, o março/17 tinha 155,95 cents/lb com 145 pontos de avanço. Já o vencimento maio/17 estava cotado a 157,75 cents/lb com 150 pontos de valorização e o julho/17 anotava 159,30 cents/lb com 155 pontos positivos.
A bolsa externa não funcionou ontem (5) por conta do feriado "Labor Day", Dia do Trabalho nos Estados Unidos, no entanto o tom positivo dos últimos dias continuou nesta segunda-feira com os operadores repercutindo as incertezas em relação a próxima safra do Brasil. Com chuvas, algumas regiões produtoras receberam floradas recentemente. No entanto, caso essas condições mudem, pode haver o abortamento, impactando o potencial produtivo das plantas no próximo ano.
"É um mercado de clima novamente. As temperaturas no Brasil devem continuar moderadas nesta semana favorecendo a última parte da colheita, que deve ficar mais ativa. No entanto, o tempo vira e deve ficar seco novamente, e há uma preocupação dos impactos disso na floração", disse o vice-presidente da Price Futures Group, Jack Scoville.
Além disso, também deu suporte aos preços externos do grão na semana passada a divulgação da OIC (Organização Internacional do Café) que apontou queda expressiva nas exportações globais e isso continua permeando o mercado. A organização reportou que em julho as exportações globais do grão tiveram um recuo de 22% ante o mesmo período de 2015, totalizando 7,75 milhões de sacas de 60 kg no mês.
As exportações da variedade arábica tiveram no período recuo de 19,2% em relação a 2015, para 4,78 milhões de sacas. Já as de robusta caíram 26,2% na comparação anual, totalizando 2,96 milhões de sacas.
Nesta terça-feira, o câmbio também acaba favorecendo as cotações do arábica na ICE. Às 11h10, a moeda norte-americana caía 1,02%, vendida a R$ 3,2487, com investidores ainda cautelosos diante do cenário político ainda conturbado no Brasil. O dólar mais baixo em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity, mas dá suporte aos preços.
Apesar das valorizações externas, o mercado interno brasileiro começou a semana lento após esboçar maior liquidez no fim da semana passada. Ainda assim, para o analista de mercado do café do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP), Renato Garcia Ribeiro, o cenário nos preços internos não devem esboçar muitas mudanças nos próximos dias.
"O café já vem se comportando na casa de R$ 490,00 e R$ 500,00 desde junho. Portanto, acredito que esse quadro não deve apresentar mudanças no curto prazo", diz Garcia.
Na segunda-feira (5), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 498,64 com queda de 0,26%.
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