Café: Bolsa de Nova York opera com leves quedas nesta 4ª feira, próximo a estabilidade
Nesta quarta-feira (31), as cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) voltaram a testar os dois lados da tabela repercutindo as incertezas em relação ao potencial produtivo da safra 2017/18.
Por volta das 12h00 (horário de Brasília), o vencimento setembro/16 caia 5 pontos e estava cotado a 144,70 cents/lb, enquanto dezembro/16 anotava 145,90 cents/lb perdendo de 15 pontos. Já o contrato março/17 registrava recuo de 20 pontos e era cotado a 149,05 cents/lb.
Variando próximo a estabilidade, a Bolsa de Nova York iniciou o pregão no quinto dia de altas para o arábica. Para a analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, a tendência é de que o mercado siga lateralizado e opere de forma lenta.
No cenário climático, uma frente fria avança pelo sudeste do país, trazendo chuvas para grande parte do cinturão produtivo, segundo dados da Somar Meteorologia. As precipitações mais fortes são registradas no oeste do Paraná e também em São Paulo.
Veja como fechou o mercado de café na terça-feira:
Café: Bolsa de Nova York oscila dos dois lados da tabela nesta 3ª, mas fecha sessão com alta próxima de 100 pts
Por Jhonatas Simião
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) fecharam em alta nesta terça-feira (30) após oscilarem dos dois lados da tabela durante o dia. O mercado iniciou o dia repercutindo as incertezas em relação ao potencial produtivo da safra 2017/18, mas depois realizou ajustes técnicos à tarde após se aproximar do patamar de US$ 1,50 por libra-peso e voltou a subir no fim do pregão.
O vencimento setembro/16 encerrou a sessão cotado a 144,75 cents/lb com 75 pontos de alta, o dezembro/16 anotou 145,80 cents/lb com 70 pontos de avanço. Já o contrato março/17 registrou 149,25 cents/lb com 100 pontos de valorização, enquanto o maio/17 teve 151,20 cents/lb com 105 pontos positivos.
Com esse novo avanço, os preços externos do café arábica já completam o quarto dia seguido de valorização. A incerteza sobre a safra 2017/18 é grande entre os operadores no terminal externo. "Os futuros do café arábica estão ligeiramente mais altos com o mercado sustentado por preocupações quanto às perspectivas para a safra 2017/18 no maior produtor do Brasil", reportou a Reuters pela manhã.
Diante dessas incertezas, os vencimentos mais distantes testaram o patamar de US$ 1,50 por libra-peso no início da sessão, mas demostraram fraqueza técnica e passaram a despencar nesta tarde de terça e voltaram a subir no fim dos trabalhos desta terça-feira (30). "A maioria [dos operadores] ainda está de olho nas possíveis chuvas e alterações cambiais para poder mudar de lado ou de opinião, para que a tendência de curtíssimo prazo se confirme", explica o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães.
Mapas climáticos apontam que essa semana promete ser de chuva forte em áreas produtoras do Paraná e Oeste de São Paulo, com acumulados entre 20 e 50 milímetros. No entanto, em Minas Gerais, principal estado produtor do grão, no Espírito Santo e na Bahia, as precipitações devem ser fracas e esparsas. Na segunda metade da semana, as temperaturas devem cair em todo o cinturão produtivo.
Essas condições não devem atrapalhar tanto a colheita da safra 2016/17, que está próxima do fim. Na Cooxupé (Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé), os trabalhos estavam em 91,38% até o dia 26 de agosto. O número representa um avanço de 4,14% de uma semana para a outra.
» Café: Colheita dos cooperados da Cooxupé chega a 91,38% da área total
Segundo estimativa da Safras & Mercado, divulgada na quinta-feira (25), a colheita brasileira estava em 91% até dia 23 de agosto. Com a previsão de produção de 54,9 milhões de sacas de 60 kg no Brasil da consultoria nesta temporada, é apontado que já foram colhidas 50,06 milhões de sacas. Os trabalhos evoluíram 5% em relação à semana anterior.
Durante o dia, o câmbio também exerceu influência sobre os preços do café arábica. A moeda estrangeira mais valorizada em relação ao real tende a dar maior competitividade às exportações da commodity, por outro lado, pressiona os preços externos da variedade. A moeda norte-americana subiu 0,24% no dia, vendida a R$ 3,2402.
Mercado interno
Os negócios com café seguem lentos nas praças de comercialização do Brasil, apesar dos preços avançarem na última semana, os produtores ainda esperam pro melhores patamares para voltarem mais ativamente ao mercado interno. "No lado interno, o mercado cafeeiro vai se arrastando sem emoção ou volume negociado. Resumindo, o mercado vive uma sensação de entressafra em plena safra cafeeira", afirma Marcus Magalhães.
O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 600,00 a saca e alta de 1,69%. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Guaxupé (MG) com R$ 564,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Poços de Caldas (MG) com baixa de 0,20% e saca cotada a R$ 496,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação na cidade de Araguari (MG) com R$ 520,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Patrocínio (MG) com R$ 510,00 a saca e alta de 2,04%.
Na segunda-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 483,21 com alta de 0,15%.
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