Seca prejudica safra de algodão no país e produção não deve passar de 1,25 milhões de toneladas, diz FCStone
A FCStone divulgou uma nova estimativa para a safra de algodão, na qual os números apontam um recuo de 20 mil toneladas na produção em relação a primeira estimativa, realizada em maio.
Com cerca de 20% do algodão a ser colhido em algumas regiões, o número atual estima que serão produzidas 1,25 milhão de toneladas de pluma de algodão, um volume considerado pequeno, mas que reflete a menor quantidade de áreas destinadas ao plantio e a quebra de safra devido a intempéries climáticas na Bahia e no Mato Grosso.
O volume é o menos dentro dos últimos cinco anos, mas o analista da FCStone, Eder Silveira, lembra que este número não é, de fato, uma surpresa, uma vez que a redução de área já vinha sido prevista.
A estimativa de demanda, por sua vez, também aponta queda. A estimativa da FCStone é de 650 mil toneladas, enquanto para a Conab, essa estimativa é de 740 mil toneladas. “Vamos precisar de ajustes na tabela para que o estoque de passagem supra o consumo doméstico”, destaca o analista.
A expectativa de exportação é de 700 mil toneladas. No ano passado, foram exportadas 840 mil toneladas, no entanto, o ritmo de exportação, até o momento, é maior do que no ano passado. Segundo o analista, a demanda exterior sinaliza que ainda haverão mudanças até o final do ano.
De acordo com o analista, os preços atuais não trazem garantia de que o produtor vai conseguir praticar esses preços na safra que vem. Há uma necessidade em algumas regiões produtoras-chave, no entanto, de rotação de cultura. O analista lembra que os bons preços do milho podem ser vantajosos para o produtor.
Os preços do algodão estão em torno de R$2,50 por libra, com referência da indústria de São Paulo.
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