Demanda por carnes dará o tom para os negócios com o boi gordo no segundo semestre
A semana no mercado do boi gordo começa com pressão por parte dos frigoríficos, que têm garentido as escala com bois de contrato. Segundo Mariane Crespolini, pesquisadora do Cepea, observa-se uma grande pressão sobre os valores praticados nos negócios diários, mas as ofertas acima das médias tem acontecido para animais padrão exportação.
De acordo com a pesquisadora, o cenário econômico, no entanto, indica tendências positivas. Com a restauração da confiança política e econômica e com o retorno dos investimentos internacionais para o país, é esperada uma melhora no consumo de carne bovina.
O preço nas gôndolas frente ao preço das outras proteínas já é mais competitivo. “Está mais vantajoso comer carne bovina nos últimos meses”, aponta Mariane, que lembra que nos últimos 10 anos, a carne sempre esteve mais cara em relação às substitutas.
Ainda é cedo, portanto, para prever uma melhora na margem dos frigoríficos, que se encontra apertada. A pesquisadora destaca que os frigoríficos buscam estabilidade, logo, a melhora não deve ser imediata.
A tendência mundial também é de que o mundo demande mais carne. A abertura do mercado dos Estados Unidos, país que possui diversas exigências sanitárias, para o Brasil, abre também margem para que outros países também demandem.
A pesquisadora recomenda aos pecuaristas para que tenham visão a longo prazo e para que não fiquem de olho apenas na arroba. “Faça as contas. Aí você não olha mais para a arroba, olha para a margem. A arroba pode cair, mas se seus custos diminuirem, você pode ganhar mais dinheiro”, aconselha.
1 comentário
Radar Investimentos: Frigoríficos têm tentado conter a alta dos preços no mercado físico do boi gordo
Boi/Cepea: Oferta inferior à demanda mantém preços em alta
Scot Consultoria: Cotações estáveis nas praças paulistas
Carne bovina exportada pelo Brasil alcança maior preço médio em dólar dos últimos 17 meses
Radar Investimentos: oferta restrita de animais terminados continua a impulsionar os preços no mercado físico
Scot Consultoria: Sobe a cotação da vaca e da novilha em São Paulo
Eduardo Ferraz Pacheco de Castro Cuiabá - MT
Quando eu vejo a indústria frigorífica reclamar do câmbio eu constato a certeza de muitos produtores que "OS FRIGORÍFICOS CONTINUAM NÃO AGREGANDO GRANDES VALORES À NOSSA CARNE BRASILEIRA, MESMO SENDO ELA DE ÓTIMA QUALIDADE (lembrando o nosso TOPO é o que é Exportado)... OS FRIGORÍFICOS, DE UMA MANEIRA QUASE QUE ABSOLUTA, TÊM SE PRESTADO SOMENTE À NEGOCIAR A ENTREGA DA CARNE CONTRATADA EM QUANTIDADE, DEPOIS LÁ NO FINAL DA NEGOCIAÇÃO TOCAM NO ASSUNTO QUALIDADE... AÍ JÁ FOI...
Está tudo errado, amigos. Vamos passar a vender nossos melhores cortes de dianteiro aos Estados Unidos pra que eles façam carne moída lá, trazendo a níveis saudáveis (toleráveis) os Hamburgueres misturados de Carne Brasileira/Americana. Itens como idade, maciez e marmoreio já foram deixados em segundo plano. Por essa e outras mais, que a cada vez que se busca recuperar a margem da Indústria se orquestra um baixa na arroba. Ora... Por que os Frigoríficos não negociam de uma maneira melhor as nossas carnes, que a cada dia, melhoram e melhoram em qualidade, maciez, marmoreio, quantidade, padronização, sanidade, nutrição, genética e etc's... Repito: está tudo errado, amigos. Vamos em frente! (Sou filho e neto de pecuaristas, dos dois lados. Pecuarista desde 1995. Selecionador desde 1997). (Concordo com os comentários acima, estamos aqui no norte de Mato Grosso - Colíder, produzindo carne de Angus, onde existe praticamente o monopólio do JBS, o qual não recebemos nenhum valor agregado ao nosso produto, hoje estamos conseguindo vender boi de pasto com 20/24 meses com 18@, gado de altíssima qualidade sem qualquer benefício, o ganho que temos hoje é a precocidade. Está tudo errado. // Plinio Francisco Bergamaschi Junior).Bom dia, concordo com os comentários acima, estamos aqui no norte de Mato Grosso - Colíder, produzindo carne de Angus, onde existe praticamente o monopólio do JBS, o qual não recebemos nenhum valor agregado ao nosso produto, hoje estamos conseguindo vender boi de pasto com 20/24 meses com 18@, gado de altíssima qualidade sem qualquer benefício, o ganho que temos hoje é a precocidade. Está tudo errado. Plinio Francisco Bergamaschi Junior