Semana de recuperação para a suinocultura catarinense
A terceira semana do mês de agosto é marcada pela recuperação de preço no mercado suinícola. Na segunda-feira, a Cooper Central Aurora, BRF e Pamplona anunciaram o reajuste de R$ 0,10 no preço pago ao produtor pelo quilo do suíno vivo. A JBS vai reajustar o valor a partir desta quinta-feira (18). Há a expectativa de novas altas nas próximas semanas, fazendo com que o preço base do suíno atinja a casa dos R$ 3,50. “Essa medida é importante para que o produtor possa ver um futuro mais promissor na atividade”, avalia o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio Luiz de Lorenzi.
Desde o início do ano o preço base do suíno registrou consecutivas baixas, sendo que a desvalorização do quilo do animal vivo atingiu R$ 0,30 na integração. O movimento de crise também refletiu no mercado independente, que chegou a fazer negócios na casa dos R$ 2,90. A reação no mercado independente foi meteórica nas duas últimas semanas, quando a bolsa catarinense saltou dos R$ 3,08 para R$ 4,05 – fator que contribuiu para alavancar os preços no mercado independente nesta semana.
Apesar da melhora na remuneração, Losivanio diz que os custos de produção permanecem altos, minimizando a margem de lucro dos suinocultores. Desde o início do ano, o preço do milho está em elevação, sendo que a saca já foi comercializada a R$ 60 em algumas regiões do Estado. O presidente da ACCS lembra que quando o Governo Federal anunciou a isenção do Pis/Cofins na importação de milho dos países do Mercosul, o valor da saca do cereal reduziu R$ 5 no mercado interno. “Mas como o governo só falou e não tomou atitudes concretas, a saca do milho voltou ao patamar dos R$ 50”, enfatiza o presidente da ACCS.
O valor da tonelada do farelo de soja é outro fator de descompasso na relação entre margem de lucro e custo de produção. Nos primeiros seis meses de 2016 o valor médio do produto foi de R$ 1.430,00 contra R$ 1.273,33 no comparativo com o mesmo período do ano passado.
Com a inflação dos principais insumos para a produção da ração animal, Losivanio calcula que a o prejuízo médio atinge R$ 80 por suíno produzido no Estado. “Vai demorar para o produtor ter lucro na atividade. Ele pode começar a ter lucro a partir destes reajustes de preços, mas ao analisar o histórico, ele os produtores precisam recuperar o que perderam ao longo de 2016”.
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