Milho: Com anúncio de venda para o México, mercado tenta segurar leves ganhos nesta 4ª feira em Chicago
Durante o pregão desta quarta-feira (10), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) tentam manter as ligeiras altas. Por volta das 12h44 (horário de Brasília), as principais posições do cereal registravam valorizações entre 2,25 e 2,50 pontos. O vencimento setembro/16 era cotado a US$ 3,24 por bushel, enquanto o dezembro/16 operava a US$ 3,35 por bushel.
Segundo informações das agências internacionais, os preços encontram sustentação no anúncio da venda de 143,650 mil toneladas de milho para o México. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2016/17. As informações foram reportadas na manhã desta quarta-feira pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Por outro lado, os investidores já buscam um melhor posicionamento diante do relatório de oferta e demanda do órgão que será divulgado na próxima sexta-feira (12). A perspectiva é que o departamento já atualize as projeções para a safra americana. Isso porque, diante das boas perspectivas e do clima ainda favorável, há especulações de que a produção ultrapasse as 370 milhões de toneladas nesta temporada.
Até o momento, as lavouras apresentam bom desenvolvimento, com 74% em boas ou excelentes condições, conforme última projeção do USDA. E, no período de 17 a 23 de agosto, o Meio-Oeste ainda deverá receber chuvas, apesar das temperaturas acima da média, de acordo com projeções divulgadas pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - hoje.
BM&F Bovespa
As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa voltaram a trabalhar do lado negativo da tabela nesta quarta-feira (10). As principais posições do cereal exibiam perdas entre 1,28% e 2,28%, por volta das 12h41 (horário de Brasília). O setembro/16, referência para a safrinha, era cotado a R$ 44,80 a saca e o novembro/16 a R$ 45,42 a saca.
No Brasil, os participantes do mercado permanecem observando as informações sobre a oferta e demanda. Ainda ontem, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realizou dois leilões de venda dos estoques públicos, com oferta de 50 mil toneladas do cereal. Porém, apenas 32,06% da oferta foi negociada.
"O resultado do leilão mostra como o mercado também está fraco, não teve boa aceitação. O mercado dá sinais de fragilidade, os compradores não estão agressivos e as exportações não seguem no mesmo ritmo que no ano passado. Ainda hoje, a Conab revisou para baixo em 10 mi de toneladas a projeção para os embarques de milho. E, mesmo com a quebra na safrinha não teremos uma falta do grão", disse o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
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