Café: Após fechar estável na véspera, Bolsa de Nova York opera no campo misto nesta manhã de 4ª
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) trabalham no campo misto nesta manhã de quarta-feira (10) e permanecem próximas do patamar de US$ 1,40 por libra-peso. Sem novidades fundamentais, o mercado segue atento às novidades do financeiro, mas não esboça direcionamento definido.
Por volta das 08h53, o contrato setembro/16 registrava 140,65 cents/lb com 45 pontos de baixa, o dezembro/16 tinha 144,45 cents/lb com 30 pontos de recuo. Já o vencimento março/17 estava cotado a 148,20 cents/lb com 25 pontos de alta, enquanto o maio/17 anotava 149,45 cents/lb com 40 pontos de desvalorização.
Na sessão anterior, as cotações do arábica na ICE fecharam praticamente estáveis diante de um dia tranquilo nos mercados globais, de um modo geral, e com poucas novidades fundamentais que pudessem fazer os preços externos esboçarem recuperação.
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Veja como fechou o mercado na terça-feira:
O mercado do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) teve um dia atípico nesta terça-feira (9) ao fechar praticamente estável. As cotações da variedade chegaram a variar dos dois lados da tabela durante a sessão, mas diante de um dia tranquilo nos mercados globais e com poucas novidades fundamentais, a estabilidade acabou prevalecendo e ficou clara a consolidação do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.
O contrato setembro/16 anotou 141,10 cents/lb – estável, o dezembro/16 teve 144,75 cents/lb com queda de 5 pontos. Já o vencimento março/17 encerrou o dia cotado a 147,95 cents/lb também estável, enquanto o maio/16, mais distante, registrou 149,85 cents/lb com 10 pontos positivos.
De acordo com o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, os investidores continuam observando o desenrolar do mercado sem colocar pressão e isso impede que grandes emoções ou volatilidades sejam presenciadas nas bolsas. "Os níveis internacionais de Nova York e Londres continuam a oscilar dentro de um curto intervalo mercadológico e sem conseguir empolgar nenhum dos lados envolvidos", diz Magalhães.
Para o analista, apesar das oscilações dos dois lados da tabela durante a sessão, as cotações conseguiram manter importantes suportes. "Prevalecerá o mais do mesmo até que surja no front um fato novo que possa impor um novo ritmo as negociações", explica Magalhães.
No início da tarde, o mercado do arábica na ICE sentiu pressão do câmbio e chegou a recuar cerca de 100 pontos. O dólar comercial encerrou a sessão desta terça-feira com queda de 0,84%, cotada a R$ 3,1411 na venda, no menor nível desde 15 de julho de 2015. O dólar mais baixo em relação ao real tende a desencorajar as exportações da commodity e os preços externos tendem a esboçar reação.
Em julho (21 dias úteis), as exportações de café em grão do Brasil totalizaram 1,73 milhões de sacas, com receita de US$ 271,4 milhões. Os dados foram divulgados na segunda-feira (1º) pela Secex (Secretaria de Comércio Exterior), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
No Brasil, a colheita avança nas principais áreas produtoras. No entanto, mapas climáticos apontam que a instabilidade pode voltar ao cinturão nos próximos dias com a ocorrência de chuvas fracas e dispersas sobre o Paraná, São Paulo, Sul do Espírito Santo e Sul e Zona da Mata de Minas Gerais.
Segundo estimativa da Safras & Mercado divulgada na quinta-feira (4), a colheita brasileira 2016/17 foi indicada em 76% até 2 de agosto, uma evolução de 6% em relação à semana anterior. É apontado que já foram colhidas 41,47 milhões de sacas. Agências internacionais reportam que o avanço dos trabalhos no país atua como fator baixista para as cotações.
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revisou nesta terça-feira a safra de café do Brasil em 0,7% ante a estimativa do ano passado, totalizando 49,1 milhões de sacas de 60 kg. O arábica deve ter produção de 40,36 milhões de sacas. Já o robusta deve recuar para 8,74 milhões de sacas.
» IBGE eleva safra de café do Brasil 2016 em 0,7%, para 49,1 milhões de sacas
Mercado interno
Os negócios nas praças de comercialização do mercado físico brasileiro seguem lentos. "O setor produtivo continua arredio à conversas mercadológicas e isso dificulta o retorno da liquidez nas praças de comercialização ao redor do Brasil", afirma Marcus Magalhães.
O presidente da Cooxupé (Cooperativa Regional dos Cafeicultores de Guaxupé) afirmou à Reuters na segunda-feira (8), durante evento em São Paulo, que os produtores da Cooperativa têm relutado em vender o produto abaixo do nível de R$ 500,00 a R$ 510,00 a saca, mas o ritmo de comercialização é "normal".
O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 590,00 a saca e queda de 1,67%. A maior variação no dia ocorreu em Varginha (MG) com queda de 1,89% e saca a R$ 520,00.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Franca (SP) com R$ 510,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Guaxupé (MG) com queda de 2,01% e saca a R$ 487,00.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 520,00 a saca – estável. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Guaxupé (MG) com R$ 477,00 a saca e queda de 2,05%.
Na segunda-feira (8), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 483,70 com queda de 0,19%.
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