Lula: de chefão do mundo a técnico de varzeanos pernas de pau (por REINALDO AZEVEDO)
Como se dizia antigamente, “parem as máquinas”! Lula teve uma ideia para arrumar o PT: recorrer a metáforas futebolísticas! Nunca antes na história deste partido, não é mesmo?
O ex-poderoso chefão do Brasil e cada vez mais poderoso chefão apenas das próprias fantasias resolveu fazer uma reunião em Brasília com dirigentes do partido, deputados e senadores.
Depois de muito refletir, Lula chegou à conclusão de que, para se reconstruir no pós-impeachment de Dilma, os petistas não podem se comportar como atletas individualistas, que buscam jogar sozinhos. Não! É preciso haver união, entenderam? É necessário jogar para o time!
Impressiona que ninguém tenha tido essa ideia antes! Lula é mesmo danado! Quando decide inovar na política, sai de baixo!
Ah, sim! O ex-presidente teve ainda outra ideia de potencial verdadeiramente revolucionário no mundo político-partidário: a necessidade de as várias alas do partido desenvolverem uma “estratégia comum de mobilização”.
Todos concordaram. Só não conseguiram definir que estratégia é essa.
O partido está batendo cabeça. Senadores, por exemplo, ficaram irritados com a forma peremptória como Rui Falcão — que também falou nesta quarta à noite — descartou o plebiscito sobre novas eleições, a genial ideia de jerico que alguns tiveram para enfrentar a aluvião do impeachment.
Não custa notar: Falcão está longe de ser o meu petista predileto — aliás, eu não o tenho. Mas, nesse particular, demonstra um grãozinho a mais de lucidez do que o resto dos malucos. A tese é de tal sorte esdrúxula que não serve nem mesmo como instrumento de resistência.
Por qualquer ângulo que se queira, trata-se de um troço inviável — que, de resto, não mobiliza ninguém. Mais: o pressuposto da proposta seria a volta de Dilma ao poder, o que, como ficou evidente na madrugada de quarta, não vai acontecer.
Com a voz bastante rouca, informa a Folha, Lula, o técnico, falou por longos 40 minutos com os seus pernas de pau.
Cada um jogou a bola para um lado. Falcão nem tocou no impeachment e preferiu falar das eleições municipais. O deputado Afonso Florence (BA), líder do partido na Câmara, decidiu falar da agenda de votações na Casa, e Humberto Costa (PE), líder do Senado, ao comentar o resultado da votação do impeachment, afirmou que o resultado foi o esperado — Dilma só obteve 21 votos — e que é preciso trabalhar para ganhar mais sete.
Ah, bom!
Ocorre que qualquer um sabe que o que está mais próximo de acontecer é a presidente afastada perder mais dois e a turma pró-impeachment ganhar mais três.
Que coisa, né? E pensar que esse partido venceu a eleição presidencial há um ano e dez meses e se preparava para meter goela abaixo da sociedade uma reforma política que tinha o objetivo de eternizá-lo no poder.
E pensar que, não faz tempo, os petistas haviam chegado à conclusão de que já era hora de investir na destruição do PMDB — seu principal aliado, mas também, entendiam eles, a principal dificuldade para construir a hegemonia sonhada. E pensar que, há dois anos, os petistas já falavam abertamente que seria Lula a suceder Dilma, no quinto mandato presidencial consecutivo…
Hoje, o Babalorixá de Banânia não pode nem entrar num restaurante da Rota do Frango com Polenta, em São Bernardo. A recessão obrigou a maioria dos estabelecimentos a fechar as portas.
O Lula que se preparava para governar o mundo, com o seu partido, inclusive, exportando o modelo de caixa dois para países da América Latina, termina seus dias como técnico de um time de varzeanos pernas de pau.
Que fim merecido!
Editorial do Estadão: O que resta a Lula
A estratégia ficou clara diante da reação da defesa de Lula à intimação de sua mulher, Marisa Letícia, e de um de seus filhos, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. A notificação foi determinada pelo delegado da Polícia Federal Márcio Anselmo, que integra a força-tarefa da Lava Jato e quer ouvir esclarecimentos sobre um sítio em Atibaia que Lula jura não lhe pertencer, mas que era frequentado como se fosse seu e de sua família.
Uma reforma feita no sítio em 2014 teria sido paga pela empreiteira OAS, envolvida na Lava Jato. Os investigadores informam que as reformas começaram depois que o imóvel foi oficialmente comprado pelos empresários Fernando Bittar e Jonas Suassuna, que seriam testas de ferro de Lula e de Lulinha. Um laudo da PF aponta “evidências substanciais” de que a reforma da cozinha do sítio – uma “cozinha gourmet”, como qualifica o documento, avaliada em R$ 252 mil – foi “acompanhada por arquiteto da OAS, sob o comando de Léo Pinheiro (dono da empreiteira) e, segundo consta nas comunicações do arquiteto da construtora, com orientação do ex-presidente Lula e sua esposa”.
O laudo apresenta ainda outros claros exemplos de que aquela propriedade estava sendo reformada ao gosto da família Lula, sob a liderança da “Dama”, apelido dado a Marisa Letícia pelos empreiteiros encarregados do trabalho. Por essa razão, Marisa foi intimada a prestar esclarecimentos.
Lulinha, por sua vez, foi chamado a depor porque há dúvidas sobre sua evolução patrimonial e sobre sua relação com Fernando Bittar e Jonas Suassuna, que são seus sócios em negócios que ninguém consegue explicar direito quais são. A polícia quer saber, por exemplo, se Lulinha paga aluguel para morar num apartamento avaliado em R$ 6 milhões cuja propriedade é oficialmente atribuída a Suassuna. Suassuna e Bittar também terão de prestar esclarecimentos à polícia.
Nenhuma autoridade do Judiciário que se deparasse com esses cabeludos indícios de trambiques poderia deixar de tomar as providências que a PF e a equipe da Lava Jato tomaram. No entanto, para a defesa de Lula, o trabalho de investigação, que inclui ouvir os familiares do chefão petista, nada tem a ver com Justiça.
Seus advogados reagiram à intimação de Marisa e de Lulinha afirmando que se trata de “mais uma tentativa da Lava Jato de produzir manchetes contra Lula”. Segundo eles, tudo não passa de “retaliação” pelo fato de Lula “ter exercido o seu legítimo direito de ir à ONU” – referência à patética denúncia que o petista fez à Comissão de Direitos Humanos da ONU, segundo a qual ele estaria sofrendo perseguição política e que “esses abusos não podem ser satisfatoriamente corrigidos na legislação brasileira”.
Ou seja, para os advogados de Lula, todos os policiais e procuradores empenhados em esclarecer as suspeitas sobre o ex-presidente integram uma maligna conspirata contra o “lutador dos direitos dos trabalhadores”, como ele é descrito na denúncia à comissão da ONU. Naquele texto, Lula manda dizer que não tem a “pretensão de estar acima da lei”. Sendo assim, que ele e sua família prestem todos os esclarecimentos que lhes forem solicitados, como qualquer cidadão teria de fazer.
IMPEACHMENT: um senador muda de lado e tira um voto de Dilma; adversários da petista ganham quatro
A situação de Dilma Rousseff piorou da madrugada de 12 de maio para a deste 10 de agosto. Naquela data, 55 senadores votaram a favor da abertura do processo de impeachment — o que levou a petista a se afastar do governo —, 22 se posicionaram contra, houve 3 ausências e 1 abstenção, como agora: a de Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado.
Um senador mudou de ideia: João Alberto (PMDB-MA) votou contra a abertura do processo em maio, mas agora compôs a esmagadora maioria dos 59 que tornaram Dilma ré. Por isso, a presidente afastada, que teve 22 votos a favor naquela jornada, ficou agora com apenas 21.
Dois senadores do PMDB que não participaram daquela votação disseram “sim” ao processo desta vez: Jader Barbalho (PA) e Eduardo Braga (AM), que foi ministro das Minas e Energia de Dilma.
Assim, os 55 votos já se fizeram 58. Falta um: Delcídio do Amaral, então, não votou. Cassado o seu mandato, assumiu a vaga aquele que era seu suplente: Pedro Chaves (PSC-MS). Deu o 59º voto contra Dilma.
Dois senadores que agora votaram a favor de Dilma não participaram daquela votação, mas isso não contribuiu para alterar o resultado: Donisete Nogueira (PT-TO), suplente de Kátia Abreu (PMDB-TO), então ministra, deixou a Casa com a volta da titular. Roberto Muniz (PP-BA), suplente de Walter Pinheiro (Sem Partido), que se tornou secretario de Estado na Bahia, repetiu o voto do titular e se posicionou contra o impeachment nesta madrugada.
VINTE E QUATRO ANOS DEPOIS, PT FAZ MEA-CULPA E DIZ TER ERRADO AO PROMOVER IMPEACHMENT DE COLLOR
E chegou o dia em que o PT caiu de joelhos e pediu desculpas a … Fernando Collor. Sim, isso aconteceu.
É comum a gente usar a metáfora “fundo do poço” para designar alguém ou uma situação que não tem como descer mais. Alguém já brincou certa feita: “No fundo do poço, há um alçapão”. Ali, então, a gente poderia encontrar o PT. Mas não! Isso também já não expressa mais o monturo moral em que se transformou o partido que um dia lançou a palavra de ordem “ética na política”.
Todos vimos a enorme capacidade que tinha o PT de distorcer o passado e de criar ilusões sobre o futuro. Esse partido pegou o trabalho e a biografia de Fernando Henrique Cardozo, que tirou o país do abismo, e o reduziu à pecha de “herança maldita”, sob o olhar e a pena complacentes, quando não entusiasmadas, de alguns colunistas que hoje se colocam como defensores da legalidade — essa estranha legalidade feita da agressão à Lei Orçamentária, feita do assalto aos cofres públicos, feita do atentado às regras básicas da institucionalidade.
O PT, como se sabe, não se contentou, ao longo de seus 13 anos no poder, em tentar enlamear a biografia de lideranças como FHC. Não! Lula, pessoalmente, se encarregou de lavar a reputação de antigos adversários. Os casos mais notórios são José Sarney, Paulo Maluf, Delfim Netto e, sim, Fernando Collor de Mello.
Notem: desde que chegou ao Senado, em 2007, Collor passou a integrar a base de apoio ao PT. Assim, o adversário histórico de Lula da eleição de 1989; o homem contra quem o chefão petista, na prática, liderou a campanha em favor do impeachment, há muito havia se tornado um aliado dos “companheiros”.
Mas atenção! O PT ainda não havia feito um mea-culpa em relação ao impeachment de Collor. Embora aliado há muito do senador por Alagoas, o partido não havia expressado ainda o seu arrependimento por ter defendido o impeachment — e Lula, insisto, foi o grande líder dos atos públicos. Outra estrela, ora vejam!, foi o então jovem cara-pintada Lindbergh Farias (PT), hoje senador pelo Rio.
Jorge Viana
A inacreditável e estupefaciente fala foi de autoria do senador petista Jorge Viana (AC). Ao se referir aos crimes de responsabilidade cometidos por Dilma, o petista afirmou que a Lei 1.079, que os especifica, é inaplicável. Aí, então, olhou para Collor, a quem chamou de “colega” e deixou claro: também o seu parceiro de Senado teria sido vítima da lei.
Depois de se dedicar de forma sistemática à destruição da biografia de seus adversários, o PT, nos seus estertores, decidiu enlamear a sua própria história.
Homem de Marina no Senado defende Dilma aos berros, grita “Fora Temer” e manda os fatos às favas
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tentou matar de inveja, no começo da madrugada desta quarta, os petistas Lindbergh Farias (RJ) e Gleisi Hoffmann (PR) e a comunista Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Nenhum desses três conseguiu rivalizar com o ex-psolista e atual marinista na defesa entusiasmada de Dilma e no furor contra o governo Michel Temer.
Aos berros, Randolfe brandia números para explicar que parte do dinheiro oriundo dos créditos suplementares sem autorização do Congresso tinha sido enviada ao Ministério da Justiça e à Polícia Federal — para, segundo ele, fortalecer a Lava-Jato.
Vale dizer: Randolfe fingia que se estava ali a discutir a finalidade do dinheiro, não o crime em si — abrir o crédito suplementar ao arrepio do Legislativo…
Não parou por aí. Insistiu na falácia de que Michel Temer também havia pedalado. Referia-se a créditos suplementares assinados pelo então vice-presidente quando no exercício do cargo — durante as viagens de Dilma.
A própria Procuradoria-Geral da República já se manifestou a respeito e deixou claro que , quando o então vice assinou os tais créditos, a meta fiscal não havia ainda sido alterada. Portanto, não houve crime nenhum.
E daí? Randolfe estava lá com um único propósito: gritar “Fora Temer”.
Era a contribuição de Marina Silva à democracia.
Oito dos 21 votos a favor de Dilma vieram de senadores de partidos da base de Temer
Veja quem são os parlamentares que votaram contra o relatório de Antônio Anastasia (PSDB-MG)
Oito dos 21 senadores que votaram contra o relatório do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) — e, portanto, contra o impeachment de Dilma — pertencem a partidos da base do governo e são titulares de ministérios: dois do PTB (Armando Monteiro e Elmano Ferrer), dois do PSB (João Capiberibe e Lídice da Mata), dois do PMDB (Kátia Abreu e Roberto Requião), um do PSD (Otto Alencar) e um do PP (Roberto Muniz).
Abaixo, os 21 parlamentares que votaram contra o relatório.
PT
Ângela Portela (RR)
Fátima Bezerra (RN)
Gleisi Hoffmann (PR)
Humberto Costa (PE)
Jorge Viana (PT)
José Pimentel (CE)
Lindbergh Farias (RJ)
Paulo Paim (RS)
Paulo Rocha (PA)
Regina Souza (PI)
PTB
Armando Monteiro (PE)
Elmano Ferrer (PI)
PSB
João Capiberibe (AP)
Lídice da Mata (BA)
PMDB
Kátia Abreu (TO)
Roberto Requião (PR)
PSD
Otto Alencar (BA)
Rede
Randolfe Rodrigues (AP)
PP
Roberto Muniz (BA)
PDT
Temário Mota (RR)
PCdoB
Vanessa Grazziotin (AM)
The Wall Street Journal reconhece que caiu no golpe do Brasil Maravilha: ‘Como Lula enganou o mundo’ (por AUGUSTO NUNES)
Em 2009, quando o Comitê Olímpico Internacional anunciou que o Rio seria a sede dos Jogos de 2016, Lula imaginou que durante a festa de abertura seria alvo dos aplausos da multidão e dos olhares de admiração de todos os governantes estrangeiros presentes à cerimônia. Errou feio. Passados sete anos, o alvo da Lava Jato nem deu as caras no Maracanã.
“Como Lula enganou o mundo”, resumiu o título de uma análise do Brasil olímpico publicada há dois dias pelo Wall Street Journal, escrita pela editora Mary Anastasia O’Grady. Depois de exumar algumas das incontáveis tapeações forjadas por Lula e Dilma Rousseff, a autora destaca a chegada do padrinho ao banco dos réus e a iminente consumação do impeachment da afilhada.
“Se a fraude política que leva uma nação à ruína fosse crime, ambos já estariam na cadeia”, conclui o texto. Demorou, mas a imprensa internacional acordou. E descobriu que, no faroeste à brasileira, o bandido se disfarça de mocinho. Depois de ter caído no golpe do Brasil Maravilha, ficou suficientemente esperta para não cair no golpe do golpe.
Brasil vence Bancada da Chupeta por 59 a 21 e avança rumo ao impeachment de Dilma (por FELIPE MOURA BRASIL)
O Senado Federal aprovou por 59 votos a 21 o parecer de Antônio Anastasia favorável ao impeachment de Dilma Rousseff, que agora vai a julgamento definitivo por crimes de responsabilidade.
Segue a cobertura da noite em tuitadas.
– Repito o PS do post anterior: Incurável, Bancada da Chupeta tentou adiar votação do relatório para quarta-feira, mas senadores que evitaram discursar para dar celeridade ao processo alegaram que não havia razão para isso nem consenso entre os líderes dos partidos sobre a necessidade de adiamento, de modo que Lewandowski decidiu pela continuidade da sessão pela madrugada adentro. Chora, PT.
– Aí Lewandowski decide parar por 30 minutos a sessão para o jantar dos senadores e… OOOOOOOURO de Michael Phelps. O vigésimo.
– Michael Phelps agora ganha a 21ª medalha de ouro olímpica com a vitória dos EUA no revezamento. “Vai precisar alugar um container para levar tanto ouro para casa”, diz Milton Leite.
– Em mais um teatro, José Eduardo Cardozo faz suas analogias deturpadas aos gritos na tribuna do Senado. Só falta falar das frutinhas da xepa.
– Anastasia pode repetir sua frase de maio:
– Serenidade técnica de Anastasia contrasta de tal modo com piti cênico de Cardozo que só mente corrompida por PT não admite razão do relator.
– Fim de jogo em Manaus: Brasil 0 x 0 África do Sul no futebol feminino. Time já havia entrado em campo classificado. Marta só entrou no 2º tempo.
– Meia-noite e meia: Vanessa Grazziotin ainda está fazendo questionamento. Melhor ver Brasil vencendo Canadá no vôlei masculino: quase 3 a 1.
– Brasil vence Canadá por 3 a 1 no vôlei masculino. No Senado, PT segue na catimba, mas vitória do Brasil é prevista para a madrugada.
– 0h40: A denunciada Gleisi Hoffmann (PT-PR), esposa do indiciado por organização criminosa Paulo Bernardo, pede suspensão do relator. Risos.
– Aloysio Nunes ironiza pedido de suspeição de Anastasia: “Para estar no Senado, tem de ser filiado a partido. Ninguém chega da pia batismal.”
– Estranho que ainda seja agosto. Além do clima olímpico, Bancada da Chupeta já cansou tanto Brasil neste ano que parece véspera de Réveillon.
– Lindbergh Farias (PT-RJ) termina seu enésimo esperneio na tribuna do Senado e Magno Malta (PR-ES) ironiza: “Vou chorar, posso chorar?”
– 1h: Senadores tentam entender o que significa SIM e NÃO no voto do destaque. Quando Gleisi e Lindbergh se dizem NÃO, todos entendem: é SIM.
– SIM: 59. NÃO: 21. Placar da votação do destaque (ou preliminar, quem se importa?) é amostra de como deverá ser placar final de aprovação do relatório pró-impeachment.
– Cássio Cunha Lima: “Já estamos debatendo há 4 meses. Não vamos mudar opiniões em 5 minutos. Maioria conclui pelo crime de responsabilidade.”
– Cássio Cunha Lima: “Em poucos minutos, o Senado escreverá uma página importante da nossa história. Fará justiça e votará SIM ao relatório.”
– Simone Tebet (PMDB-MS) exalta o parecer “irretocável” de Anastasia no aspecto jurídico e “demolidor” no político. Tem de ser aprovado. Dilma é culpada.
– Simone Tebet: “O governo (Dilma) agiu como se não houvesse Congresso Nacional, como se não estivesse em uma democracia.” #ForaPT.
– Aberta a votação… Lembrando que nesta etapa basta maioria simples e, no julgamento final, será necessário o mínimo de 54 votos.
– 59 a 21, como previsto! Brasil vence Bancada da Chupeta e Dilma vai a julgamento definitivo! País tem 5 senadores de vantagem e está a um passo da medalha de ouro! Boa noite, querida!
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
O Senado Federal aprovou por 59 votos a 21 o parecer de Antônio Anastasia favorável ao impeachment de Dilma Rousseff, que agora vai a julgamento definitivo por crimes de responsabilidade.
Segue a cobertura da noite em tuitadas.
– Repito o PS do post anterior: Incurável, Bancada da Chupeta tentou adiar votação do relatório para quarta-feira, mas senadores que evitaram discursar para dar celeridade ao processo alegaram que não havia razão para isso nem consenso entre os líderes dos partidos sobre a necessidade de adiamento, de modo que Lewandowski decidiu pela continuidade da sessão pela madrugada adentro. Chora, PT.
– Aí Lewandowski decide parar por 30 minutos a sessão para o jantar dos senadores e… OOOOOOOURO de Michael Phelps. O vigésimo.
– Michael Phelps agora ganha a 21ª medalha de ouro olímpica com a vitória dos EUA no revezamento. “Vai precisar alugar um container para levar tanto ouro para casa”, diz Milton Leite.
– Em mais um teatro, José Eduardo Cardozo faz suas analogias deturpadas aos gritos na tribuna do Senado. Só falta falar das frutinhas da xepa.
– Anastasia pode repetir sua frase de maio:
– Serenidade técnica de Anastasia contrasta de tal modo com piti cênico de Cardozo que só mente corrompida por PT não admite razão do relator.
– Fim de jogo em Manaus: Brasil 0 x 0 África do Sul no futebol feminino. Time já havia entrado em campo classificado. Marta só entrou no 2º tempo.
– Meia-noite e meia: Vanessa Grazziotin ainda está fazendo questionamento. Melhor ver Brasil vencendo Canadá no vôlei masculino: quase 3 a 1.
– Brasil vence Canadá por 3 a 1 no vôlei masculino. No Senado, PT segue na catimba, mas vitória do Brasil é prevista para a madrugada.
– 0h40: A denunciada Gleisi Hoffmann (PT-PR), esposa do indiciado por organização criminosa Paulo Bernardo, pede suspensão do relator. Risos.
– Aloysio Nunes ironiza pedido de suspeição de Anastasia: “Para estar no Senado, tem de ser filiado a partido. Ninguém chega da pia batismal.”
– Estranho que ainda seja agosto. Além do clima olímpico, Bancada da Chupeta já cansou tanto Brasil neste ano que parece véspera de Réveillon.
– Lindbergh Farias (PT-RJ) termina seu enésimo esperneio na tribuna do Senado e Magno Malta (PR-ES) ironiza: “Vou chorar, posso chorar?”
– 1h: Senadores tentam entender o que significa SIM e NÃO no voto do destaque. Quando Gleisi e Lindbergh se dizem NÃO, todos entendem: é SIM.
– SIM: 59. NÃO: 21. Placar da votação do destaque (ou preliminar, quem se importa?) é amostra de como deverá ser placar final de aprovação do relatório pró-impeachment.
– Cássio Cunha Lima: “Já estamos debatendo há 4 meses. Não vamos mudar opiniões em 5 minutos. Maioria conclui pelo crime de responsabilidade.”
– Cássio Cunha Lima: “Em poucos minutos, o Senado escreverá uma página importante da nossa história. Fará justiça e votará SIM ao relatório.”
– Simone Tebet (PMDB-MS) exalta o parecer “irretocável” de Anastasia no aspecto jurídico e “demolidor” no político. Tem de ser aprovado. Dilma é culpada.
– Simone Tebet: “O governo (Dilma) agiu como se não houvesse Congresso Nacional, como se não estivesse em uma democracia.” #ForaPT.
– Aberta a votação… Lembrando que nesta etapa basta maioria simples e, no julgamento final, será necessário o mínimo de 54 votos.
– 59 a 21, como previsto! Brasil vence Bancada da Chupeta e Dilma vai a julgamento definitivo! País tem 5 senadores de vantagem e está a um passo da medalha de ouro! Boa noite, querida!
Felipe Moura Brasil ⎯ https://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil
1 comentário
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UMA BALANÇA ANALITICA DE DIVISÃO DE 0,0001gramas, OU UM PAQUIMETRO DIGITAL COM RESOLUÇÃO DE 0,01 mm? Porque usar ferramentas com precisões tão ínfimas? É que para medir o caráter da maioria dos políticos brasileiros, quer na esfera federal, estadual ou municipal, está cada vez mais difícil encontrar essa qualidade. Quando se fala que há corrupção em todos os níveis da administração pública, de pronto, a população faz um juízo de desvios de dinheiro. Não senhores, a realidade é mais grave, a corrupção degrada o caráter das pessoas e, o caráter é o feitio moral do individuo. O QUE SERÁ DE UMA SOCIEDADE DE INDIVIDUOS SEM CARÁTER ???Sr Paulo seus raciocinios sao dificeis de entender pois estao muito altos, por favor desca aqui com nos' para a gente poder entender suas ideias.
Sr. Carlo, desculpe-me, mas já de longa data tenho reiterado que sou um escrevinhador, ou seja, meus escritos são "meia boca", mas sou teimoso de nascença e, por isso continuo escrevinhando. ... Quanto a mensagem acima, tentei mostrar que para se medir a moral da maioria dos políticos, só usando ferramentas que medem porções muito pequenas, pois a moral é um artigo que infelizmente está em falta no meio político. O Sr. não acha?
Sr Paulo ---so' estamos batendo papo nesta maravilha de internet-----O senhor deve ter escolaridade elevada e amplos conhecimentos de filosofia por isso
quando escreve o faz como se todos os comentaristas tivessem seus conhecimentos---------por isso nao pode ser sucinto a maioria quer entender e aprender juntos pois ja' falamos NA e' cultura de tudo lado.
Sr. Carlo, sou só um velho matuto, curioso e amador, algumas poucas coisas que leio "ponho reparo", mas infelizmente me atropelo na hora de expressar-me, coisas de neófito...