Café: Após consecutivas quedas, Bolsa de Nova York vira no fim da sessão desta 5ª e fecha acima de US$ 1,40/lb
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) acabaram fechando a sessão desta quinta-feira (4) com alta próxima de 200 pontos após operarem em baixa durante a maior parte do dia com o mercado realizando ajustes técnicos. No fim dos trabalhos, recompras de fundos foram registradas e os preços externos voltaram a ficar acima do patamar de US$ 1,40 por libra-peso.
O contrato setembro/16 encerrou o dia cotado a 142,10 cents/lb com 170 pontos de avanço, o dezembro/16 registrou 145,70 cents/lb com 185 pontos positivos. Já o vencimento março/17 anotou 148,80 cents/lb também com 185 pontos de valorização, enquanto o maio/17 fechou o dia a 150,60 cents/lb com 185 pontos positivos.
Durante quase toda a sessão, as cotações do arábica na ICE estendiam a queda dos últimos dias e completavam o quarto pregão consecutivo de baixa em ajustes técnicos e repercutindo a queda de outros mercados. No entanto, segundo o analista da Maros Corretora, Marcus Magalhães, recompras de fundos acabaram garantindo o tom positivo para o café no fim do dia.
"O mercado abriu inalterado, mas as cotações entraram em espiral de baixa, rompendo suportes e levando as mesmas para níveis abaixo de 140,00 cents/lb. No final dos trabalhos, recompras foram vistas e deram o fôlego que o mercado precisava para recolocar as cotações no campo positivo", explica Magalhães.
Para amanhã, o analista de mercado acredita que ajustes técnicos ainda podem ser realizados nas bolsas. "Deveremos ter uma sexta-feira marcada por um processo de acomodação especulativa", afirma Magalhães. Com a alta de hoje, os preços externos do arábica nos lotes mais distantes ficaram mais próximos de US$ 1,50/lb.
O dólar comercial fechou a sessão de hoje com queda de 1,43%, cotado a R$ 3,1945 na venda, e também contribuiu para os ganhos no mercado. A moeda estrangeira menos valorizada ante o real sempre tende a desencorajar as exportações da commodity e acaba dando suporte aos preços externos do arábica.
No Brasil, a colheita avança nas principais origens produtoras com o clima favorecendo os trabalhos no campo. Segundo estimativa da Safras & Mercado, a brasileira 2016/17 foi indicada em 76% até 2 de agosto, uma evolução de 6% em relação à semana anterior. É apontado que já foram colhidas 41,47 milhões de sacas.
» Café: Safras & Mercado estima colheita 2016/17 no Brasil em 76% até 2/08
Mercado interno
Apesar do avanço na colheita, poucas amostras de café de qualidade chegam efetivamente ao mercado, segundo analistas. O Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da ESALQ/USP) informa que a liquidez no arábica segue restrita, enquanto que no robusta está em alta.
"Muitos produtores têm optado por negociar o grão de qualidade inferior, que está com preço mais atrativo. Muitas torrefadoras nacionais, inclusive, entram no mercado buscando café arábica de menor qualidade, já que a oferta de robusta é baixa – produtores seguem retraídos, impulsionando ainda mais os preços da variedade", reportou o Cepea.
» Café: Liquidez de arábica é baixa; robusta segue em alta
O tipo cereja descascado fechou o dia com maior valor de negociação em Espírito Santo do Pinhal (SP) com R$ 600,00 a saca e alta de 7,14%. Foi a maior variação no dia dentre as praças.
O tipo 4/5 teve maior valor de negociação em Varginha (MG) com R$ 505,00 a saca e avanço de 1,00%. A maior oscilação no dia dentre as praças verificadas.
O tipo 6 duro registrou maior valor de negociação em Araguari (MG) com R$ 525,00 a saca e valorização de 0,96%. A maior oscilação no dia dentre as praças ocorreu em Patrocínio (MG) com alta de 2,00% e saca cotada a R$ 510,00.
Na quarta-feira (3), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 486,70 com queda de 0,68%.
Bolsa de Londres
A Bolsa de Londres (ICE Futures Europe) para o café robusta, antiga Liffe, fechou a sessão desta quinta-feira com leve baixa. O contrato setembro/16 anotou US$ 1818,00 por tonelada e queda de US$ 9, o novembro/16 teve US$ 1846,00 por tonelada com desvalorização de US$ 7 e o janeiro/16 anotou US$ 1863,00 por tonelada com recuo de US$ 8.
Na quarta-feira (3), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 421,26 com recuo de 0,05%.
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