Endividamento e previsões climáticas preocupam os produtores brasileiros para a safra 2016/17
Publicado em 29/07/2016 11:35
Para essa temporada, alguns produtores poderão ficar sem acesso ao crédito. Cenário pode ocasionar redução nos investimentos em tecnologia e também na área cultivada. No clima, chuvas poderão chegar mais tarde na faixa central do Brasil e há previsão de tempo seco em janeiro/17. Liderança reforça a importância de um seguro eficiente aos produtores.
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2 comentários
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Eduardo Lima Porto Porto Alegre - RS
Excelente Entrevista. Há muito tempo que não ouvia uma Liderança Agrícola tão lúcida em seus posicionamentos e coerente na avaliação dos cenários de mercado. Concordo totalmente que o Seguro Agrícola é um dos pontos nevrálgicos que precisam ser resolvidos no País, mas considero que a viabilização desse instrumento passa pela cobertura dos Custos de Produção denominados naquilo que foi investido pelo Produtor e não por uma Projeção de Faturamento que está sujeita a variações imprevistas, o que torna o Premio do Seguro muito caro. Há que se diferenciar também os fatores de risco que são diferentes de uma região para outra. A tentativa de colocar a todos numa cesta para se chegar a uma média é uma utopia porque a conta simplesmente não fecha. A crise que a Agricultura está atravessando no momento poderá ser a grande oportunidade para corrigir distorções que há muito tempo estão impedindo um desenvolvimento mais sadio.
Sejamos práticos e objetivos, precisamos de redução do estado para haver uma redução geral da carga tributaria, isso seria o melhor "seguro" para o produtor rural, custo de produção baixo da maior margem para suportar quebras de safra sem depender da "vontade" de terceiros.
O seguro agrícola precisa ser feito individualmente como nos EUA, onde o nível de cobertura se da com o histórico de produtividade de cada produtor e se possível como lá fazer seguro do preço com base no valor corrente de mercado.
Que se for o caso no Brasil, deixe esse negocio entre produtores e seguradoras, de maneira que o produtor tenha liberdade de escolha de contratar ou não o serviço de acordo com o preço cobrado, visto que subvenção estatal no Brasil se situa na casa da utopia ou piada macabra.
Como disse Harry Browne, "O Governo é bom em uma coisa. Ele sabe como quebrar as suas pernas apenas para depois lhe dar uma muleta e dizer: "veja, se não fosse pelo governo, você não seria capaz de andar!"."
Esse seguro que pagamos na safra passada para mim não virou nada, simplesmente nada, o valor foi de 98 mil para 463 há , no caso seguro de faturamento, paguei 30 mil na contratação do custeio com o valor da saca em média de 72 reais, o governo ficou de pagar 68 mil de subvenção, mas não pagou até hoje , tive que pagar do bolso na hora de quitar o custeio, ficou o seguinte,
Sucupira TO 2900 kgs por há
Contratei 65%
Sendo 1885 sacas por há
Em sacas 31,4 sacas por há, mais ou menos no papel, como vcs vêem não cobre nem o custo de produção que de 38 sacas por há sem arrendo, no meu caso,
Agora na prática,
Colhi 7,5 sacas por há , certo,
O corretor do Brasil não me falou que tinha uma produtividade mínima de 20%,
Sendo o mínimo que o seguro cobre no meu município e de 9,66667 sacas por há, sendo, colhi 7,5 menos 9,66667 , dançou 2,16667 sacas por há, um dos fatores, outro fator, no caso do cálculo do faturamento e em cima de um preço de 79,1818, sendo que vendi no mercado com os contratos a 61,06 livre de funrural, chegando a conclusão, uma indenização de quase 1500 reais por há , o que paga isso, se o custo e de 2500 reais por há , para que serve esse seguro , a não ser enriquecer o seguro e quebrar o produtor rural, seguro para inglês vê, não cobre nada,nada, nada, simplesmente...!
Digo corretor do banco do Brasil.
Sr. Wellington, sou um produtor rural assim como o senhor, pelo que entendi o sr. recebeu R$1.500/hect. para um desembolso de R$212,00/hect(98.000/463=212). Sei que isso não cobre todos os custos de produção, mas ainda assim restou uma pequena margem de R$1.288,00/hect.. Não teria sido pior sem o seguro?
Com certeza senhor cadore, seria muito pior, talvez nem planetária essa safra que vem, quero que vocês observem e o seguinte, total do seguro contratado 31.4 sacas,
Menos 9,66666 que é o mínimo do seguro: 21,75 sacas, de garantia de seguro, certo
Vamos lá: 21,75x 70,1712: 1526 reais por há,
1526 - 212 - 134( 2,16 sacas que não cobre, colhi 7,51 sacas por há): 1180 reasi o líquido do seguro indenizado, certo,
Vamos
Então 2500 (custos)- 1180 ( indenização): 1320 reais +466: 1786 reais com a produção,
2500 - 1786: 714 reais por há de prejuízos, 463x714: 330.582,00 , fica muito longe de você lucrar com os seguros, somente eles lucram você não tem direito, isso é que nós temos que ficar atentos, então o que falta pagar? Investimentos, seu salário, custo máquinas, enfim não vou por capital investido, nem depreciação de bens nada disso, mais um ano você velho e adoecendo, enfim está muito longe de sermos bem remunerados pelo nosso país , resumindo trabalhar de graça para esse bando de urubus famintos, entende essa é minha indignação, nos produtores se contentam com muito, muito pouco, não tem condições alguma de sobreviver dessa forma, entra ano sai ano, máquinas mais velhas, você mais velho, não é fácil...
Senhor Cadore, peço licença para contribuir nesse debate. Produzir no Brasil é uma tarefa hercúlea, literalmente coisa pra Macho, com todo o respeito às Mulheres que atuam muito bem no Setor! Quero dizer que é uma atividade para gente preparada tecnicamente, com vontade de trabalhar e com nervos de aço. Não é coisa pra frouxos.
Quando não são os impostos escorchantes, as distorções no mercado de insumos que tornam os preços mais elevados do que outros países competidores pagam, os juros excessivos, a falta de uma malha logística decente, a insegurança jurídica causada pelo Governo ou pelos "Movimentos Sociais", vivemos numa eterna incerteza se amanhã estaremos vivos ou não. Temos ainda por cima que saber como nos virar com os Caprichos do Clima. Acho que independentemente do Governo que assuma, essas questões continuarão em maior ou menor grau sempre presentes.
No que se refere ao Seguro Rural, me parece que essa ferramenta essencial está sendo desvirtuada há muito tempo no Brasil, na tentativa nobre, mas inviável, de se estabelecer um "Prêmio Justo" que cubra as expectativas de Renda dos Produtores do Oiapoque ao Chuí.
A dificuldade técnica disso é absurda. Imagine que uma Seguradora ganha dinheiro quando a quantidade de Sinistros ou de Coberturas que ela deve indenizar for menor do que os valores arrecadados na forma dos Prêmios. É assim que funciona no Mundo inteiro. Ao se pensar numa Política Brasileira de Seguro Agrícola que não leve em consideração os fatores de risco regionais, estaremos diante de Preços ou valores de Prêmios que apresentarão distorções muito sérias. Nos locais de baixo risco, os Prêmios simplesmente não serão interessantes para o Produtor porque estarão muito acima da sua capacidade de pagamento ou do prejuízo potencial que pode vir a ocorrer. Nos locais de alto risco de Sinistros, a disposição das Seguradoras sempre será menor de participar se elas não contarem com uma reserva bancada por outras fontes. A dificuldade de implementação do Seguro Agrícola olhando apenas por essas duas razões já é grande, sem falar quando se incluem outras questões na Balança. Por isso que me posiciono sempre contrário a tentativa de uma "Cobertura de Renda" a nível nacional, mesmo entendendo que a intenção é ótima, porque entendo que é uma Utopia. Na minha visão e (abordei isso num Artigo publicado aqui ontem), o Seguro Rural deveria ter um foco bem definido sobre o Custo de Produção determinado no somatório dos desembolsos dos Insumos, mais os outros componentes como Combustível, Mão de Obra e até o Pró-labore do Produtor. Dessa forma, se elimina o Risco do Agricultor ficar insolvente por falta de capacidade de honrar seus compromissos com terceiros, dito de outra forma, se evita a falência do Produtor e também de quem lhe forneceu Insumos ou Serviços. O Prêmio sobre essa exposição de Risco deve necessariamente ser menor do que é cobrado nas Apólices que levam em conta o Faturamento, pois se elimina a variável incontrolável desse cálculo que é o comportamento dos Preços e a variabilidade dos rendimentos agrícolas, de região para região e de propriedade para propriedade. De maneira simplificada, a Apólice seria semelhante a de um veículo que é proporcional ao valor de mercado do mesmo, no caso Rural se contemplaria o valor desembolsado individualmente pelo Produtor (que pode variar muito numa região) e levaria em conta a incidência de problemas climáticos de cada local. O Seguro sobre os Preços que afeta o Lucro do Produtor pode ser feito diretamente na Bolsa de Futuros & Opções, seja BM&F ou Chicago. Aí existem mecanismos eficientes e que podem ser operados a valores acessíveis para se garantir um nível adequado de Preços, conforme o plano de cada Produtor. Outra confusão conceitual que muita gente comete está relacionada a remuneração sobre os investimentos como um fator agregado dos custos. O "Custo de Oportunidade" é uma medida que todo Investidor ou Agricultor deve levar em conta quando avalia a conveniência ou não de plantar, comparando com outras opções de maior ou menor Risco. Decidir não plantar em anos desfavoráveis ou quando se está completamente descapitalizado é muito melhor do que planta de qualquer jeito. Ninguém obriga o Agricultor a plantar e tampouco diz o que ele deve fazer dentro da sua Propriedade, assim como não importa a absolutamente ninguém o Lucro que alguém tenha numa atividade lícita e muito necessária como a Agricultura. Dessa forma, me parece que também não podemos culpar a Sociedade quando os resultados não saem como esperado, tampouco exigir-lhes que participem do nosso Risco através de subsídios, subvenções ou medidas do gênero. Se o Lucro é sagrado e pertence a quem o gerou, o mesmo vale para o Prejuízo. Do contrário, estaremos fomentando a instauração de um Regime Comunista que irá interferir no quanto, como e quando iremos plantar e a que preço teremos que vender. Provocará o que o MST tanto deseja que é o extermínio do conceito de Propriedade. Deixo essas reflexões.
Guilherme Frederico Lamb Assis - SP
Fui ao Banco do Brasil na quinta-feira, o gerente me disse que não vai liberar custeio para safra sem que o produtor contrate o inútil "seguro agrícola"... estão ignorando a Lei que impede obrigar a contratação! Outro detalhe importante: Também a subvenção do seguro agrícola da safra atual não foi paga ainda --, portanto o produtor vai ter que pagar integralmente o lixo de seguro agrícola que foi obrigado a contratar! o Banco do Brasil deveria ser investigado!
Estou na mesma situação aqui em Gurupi, só sai custeio com o inútil seguro agrícola, sendo contratado juntamente com a cédula, e tive que pagar a subvenção de + 68 mil reais, que não foi pago pelo governo federal na safra passada, teve uma grande promessa dia13 de julho que o dinheiro estava liberado para subvenção, mas até agora nada, tive que tirar dinheiro dos investimentos infelizmente para custear o restante do custeio da safra 2015/2016, isso é Brasil, isso é um país de malandros, quem realmente trabalha não vale mais do que uma caixa de fósforos, faço a seguinte pergunta, até quando vamos suportar essa situação? Quando vamos criar coragem e virar homens e encarar de frente esse governinho de merda? Só sei de uma coisa eles tem muito dinheiro para suportar vários anos pisando em nossos pescoço s, e nós temos muitas dívidas para pagar com nosso suor, a que ponto chegamos....
Esse ano não vou financiar mais em banco, dependendo de como terminar a safrinha.
Estou comprando tudo a prazo direto com os fornecedores, o custo financeiro real é muito menor que o custo real do empréstimo bancário. Mas ainda tenho que tirar dinheiro do bolso para pagar esse lixo de seguro agrícola, que vai ficar muito mais caro ainda do que foi me passado na contratação do finame. Dinheiro que vou ter que tirar também do já combalido caixa da fazenda, que para nós reflete diretamente em cortes de despesas, mesmo que sejam despesas fundamentais, pois ao contrário das estatais não expropriamos os recursos de ninguém para recompor o caixa.
Essa diferença que o banco está cobrando da subvenção do seguro que não veio seria o dinheiro que iria usar para despesas do dia a dia da propriedade para chegar até a colheita da soja no que vem. Agora a única esperança é esperar que o milho suba mais para compensar essa perda extra, senão terei que procurar algum meio de emprestar esse dinheiro em algum lugar.
Guilherme, esses são os interesses especiais de que Sérgio Moro está falando constantemente. "Interesses especiais não podem se sobrepor à lei". Mas no Brasil é assim, o João Martins fala pessoalmente com o presidente, e fingem estar tudo bem. Conversinha para protocolo, midia. Ele esteve com o Temer e falou em melhorar os instrumentos de politica agricola, quando o certo seria pagar. Para eles a lei é apenas um detalhe, que importa se o financiamento não sai para o Wellington, para o Guilherme, se para eles basta um telefonema e o dinheiro está na conta?! A politica do Banco do Brasil, apesar dos slogan bonitinhos, sempre foi de concentração de recursos nas mãos de poucos, quem é que não sabe disso?, exatamente o contrário daquilo que pregam e divulgam à sociedade, os produtores ficam quietos, mas a sociedade vê. Vejam só o exemplo do Romero Jucá, participou de um evento junto com o João Batista, acho que em Roraima, e disse que estava a favor do povo, dos agricultores, que o governo isso e aquilo, para agora aparecer ao lado de um dos maiores criminosos do país, Renan Calheiros, ladrões, bandidos. E cadê as entidades representativas do agronegócio para cobrar do STF a prisão desses vagabundos? Será o rabo preso? E a outra metade dos produtores rurais quem comentam ou leêm nossos comentários que desaprovam que sequer se fale nesse assunto? Afinal quem financia a bancada ruralista, a sociedade ou os produtores rurais?
Isso ai e tudo jogada o produtor pagou suas contas e se capitalizou. Essa foi a maneira de fazer com que ele queime o pouco d caixa q fez .
pq.pq.pq. e a pergunta
Para dai venderem seus produtos pois as empresas especuladores cooperativas estao preecisando comprar barato e com o produtor capitalizado nao conseguem...
Sr. Rodrigo, diz-se que as leis seguem os costumes e as tradições de um povo.
Na Constituição de 1824 o Art. 99 declarava que a "pessoa do Imperador é inviolável e sagrada; ele não está sujeito à responsabilidade alguma". No caso, a figura do Imperador está de uma forma difusa ou, bem escrachada dos presidentes e presidentAs salvadores da pátria, quase que sagrados, pois é um sacrilégio ousar acusá-los de algum malfeito.
Quanto aos 3 poderes, comum em sistemas democráticos, tínhamos naquela Constituição e, acredito que até hoje, pois os costumes no âmbito político no Brasil são imutáveis, o "quarto" poder, O PODER MODERADOR.
O Poder Moderador é o que se sobrepõe aos poderes Legislativo, Judiciário e Executivo, cabendo ao seu detentor força coativa sobre os demais.
Não está na hora de exigirmos... MUDANÇAS !!!
O famigerado seguro agrícola só vai fazer sentido quando realmente cobrir os interesses dos produtores, e não apenas os das instituições financeiras, cooperativas e lojas de insumos! Será que é tão difícil fazer ou entender, que o agricultor precisa, que ele sobrevive da renda de suas lavouras? Precisamos de um seguro de renda, que possa garantir a nossa continuidade na agricultura, pois qualquer outro sistema que ignore isso, não é digno de ser contratado! Pagamos as contas, e dai, ficamos a pão e água? Cadê a bancada ruralista, cadê o pessoal da confederação, estão de férias com nosso dinheiro?
Beto, é mais ou menos isso, o governo quer dar um jeito de manter o produtor eternamente refém (ou dependente) do Estado e de entidades "paraestatais".
Se o produtor se capitaliza e deixa de depender do custeio oficial como esses bancos vão arrancar em torno de 25% a 30% de juros ao ano (esse é o valor que tenho pago somando tudo que cobram na contratação do custeio, que no final das contas, são todas taxas e juros, pois nada traz beneficio real ao produtor.
Juros, IOF, seguro agrícola que não "assegura nada", seguro de vida onde o banco é o beneficiário, cartório, imposto (IOF), aplicações financeiras e as perdas inflacionarias das mesmas, consórcios com mesmas perdas (custo de oportunidade do capital), taxa de 0,75% sobre liberação do dinheiro (BB agro), etc etc etc...
É como em toda ditadura comunista que precisar manter o povo refém, dependente do estado.
"Deixe-me dizer em que acredito: no direito do homem de trabalhar como quiser, de gastar o que ganha, de ser dono de suas propriedades e de ter o Estado para lhe servir e não como seu dono. Essa é a essência de um país livre, e dessas liberdades dependem todas as outras." Margaret Thatcher
"Os socialistas gritam ?Poder ao Povo' e erguem o punho cerrado enquanto o dizem. Todos nós sabemos que o que realmente querem dizer é ?Poder sobre as pessoas, Poder ao Estado?." Margaret Thatcher