Café: Em ajustes e com pressão do câmbio, Bolsa de Nova York recua cerca de 100 pts nesta tarde 5ª feira

Publicado em 28/07/2016 13:17

As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) trabalham com queda próxima de 100 pontos nesta tarde de quinta-feira (28) e estendem as perdas da sessão anterior. O mercado realiza ajustes técnicos, mas também sente a pressão do câmbio, que impacta diretamente nas exportações da commodity.

Às 12h48, o vencimento setembro/16 registrava 140,35 cents/lb e o dezembro/16 anotava 143,50 cents/lb, ambos com queda de 85 pontos. Já o contrato março/17 estava cotado a 146,35 cents/lb com 95 pontos de baixa, enquanto o maio/17 tinha 148,30 cents/lb com 70 pontos negativos.

Para o analista de mercado da Maros Corretora, Marcus Magalhães, as bolsas para o café operam lateralizadas nesta quinta-feira. "Não vejo no curto prazo nenhum mudança drástica no cenário, tanto em Nova York quanto em Londres", pondera o analista.

O dólar comercial opera com leve alta na sessão de hoje. Às 12h19, a moeda norte americana subia 0,248%, cotada a R$ 3,2791 na venda, repercutindo o movimento dos mercados externos. O dólar mais valorizado que o real tende a dar maior competitividade às exportações da commodity, mas pressiona os preços externos.

Apesar da queda no mercado, os operadores ainda estão atentos às incertezas com a oferta de café do Brasil na temporada 2016/17. "Os leilões de café planejados pela Conab sinalizam um aperto no mercado físico brasileiro, embora o impacto sobre os preços possa ser atenuado pelo fato de o problema ser em grande parte doméstico", disse o analista de commodities agrícolas do Agrimoney, Shweta Upadhyaya, à agência de notícias Reuters.

A colheita da safra 2016/17 avança nas principais origens produtoras do Brasil, mas segundo analistas, pouco café tem chegado às praças de comercialização do país. "A falta de liquidez é notória e isso contribui para a sustentação dos preços internos do café", explicou ontem (27) Marcus Magalhães.

Na quarta-feira (27), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 485,63 com queda de 0,33%.

Segundo a Safras & Mercado, a colheita brasileira da safra 2016/17 estava em 70% até dia 26 de julho. Tomando por base a estimativa para a produção do Brasil em 54,9 milhões de sacas de 60 kg, é apontado que foram colhidas 38,27 milhões de sacas até o dia 26.

» Café: Safras & Mercado estima colheita 2016/17 no Brasil em 70% até 26/07

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Por:
Jhonatas Simião
Fonte:
Notícias Agrícolas

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