Participação na balança comercial é a maior dos últimos 20 anos no Porto de Santos
O Porto de Santos apresentou no primeiro semestre deste ano as maiores participações mensais na movimentação da balança comercial brasileira nas duas últimas décadas. Todos os índices mensais obtidos até junho deste ano ficaram acima dos registrados em anos anteriores, inclusive no segundo semestre. Em janeiro, o Porto de Santos respondeu por 28,0% da movimentação da balança comercial. O crescimento em fevereiro foi para 30,7%, em março para 30,8%, em abril para 30,1%, em maio atingiu 29,4% e em junho 29,0%.
No primeiro semestre, a movimentação do porto, em valores, atingiu US$ 45,6 bilhões, 29,0% do total Brasil (US$ 156,9 bilhões). As exportações somaram US$ 26,8 bilhões, 29,7% do total Brasil (US$ 90,3 bilhões) e as importações US$ 18,8 bilhões, 28,2% de tudo o que o país importou (US$ 66,6 bilhões).
Os cinco países dos quais o Brasil mais importou, através do Porto de Santos, foram a China (19,7%), os Estados Unidos (17,6%), a Alemanha (10,5%), o Japão (4,8%) e a Coréia do Sul (4,3%). Já os principais destinos das exportações brasileiras foram a China (19,5%), os Estados Unidos (11,0%), a Argentina (6,0%), os Países Baixos (4,6%) e o México (3,1%).
Entre as cargas mais importadas através de Santos aparecem o gasóleo (óleo diesel), vindo, principalmente, dos Estados Unidos, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos, representando 1,69% das importações; seguido de outras caixas de marchas, provenientes do Japão, Indonésia e Coréia do Sul, com participação de 1,30%, e outras partes para aviões ou helicópteros, vindas do Japão, Estados Unidos e Espanha, com 1,26%.
Nas exportações sobressaíram-se a soja, embarcada para a China, Tailândia e Irã, com participação de 17,0%; o açúcar, para a China, Argélia e Índia, com 9,38%, e o café, para os Estados Unidos, Alemanha e Japão, com 6,7%.
Movimento Físico – Já na movimentação física (em toneladas), o Porto de Santos atingiu, no primeiro semestre deste ano, o maior movimento de cargas de sua história para o período, somando 57,77 milhões t, registrando seis recordes mensais sucessivos. O número supera em 4,7% o recorde registrado no mesmo período do ano passado (janeiro a junho), que atingiu 55,19 milhões t. Açúcar, soja e milho responderam por 41,5% do total movimentado.
As exportações também foram recorde, com 43,25 milhões t, ficando 11,1% acima do volume embarcado nesse período do passado (38,94 milhões t) e as importações (14,51 milhões t) recuaram 10,7% em relação a 2015 (16,25 milhões t).
O complexo soja (grãos e farelos) foi o destaque nas exportações do período, com embarques de 16,01 milhões t, ficando 17,4% acima do ano anterior. O açúcar, segunda carga de maior movimento, atingiu 8,33 milhões t, acréscimo de 15,5%.
O adubo, com 1,24 milhão t, foi a carga de maior volume nas importações, atingindo um crescimento de 34,4% em relação ao ano passado (928,59 mil t).
As cargas conteinerizadas somaram 1,68 milhão teu (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), apresentando redução de 8,1% se comparado ao primeiro semestre do ano passado (1,83 milhão t).
0 comentário
CNA projeta queda de 1,9% no valor bruto da agropecuária do Brasil em 2024
Líderes do Agro: A importância do treinamento do engenheiro agrônomo para a agricultura brasileira
Prosa Agro Itaú BBA | Perspectivas para a indústria da soja e a Lei "Combustível do Futuro"
Fertilizantes produzidos com tecnologias sustentáveis reduzem emissões de gases nocivos e integram nova etapa da agricultura regenerativa
FPA leva produção agropecuária do Brasil para a COP-29
Brasil e China estão perto de acordo em miúdos suínos e pescados, dizem fontes