Syngenta vê acordo com ChemChina concluído este ano; lucro do 1º semestre decepciona
SÃO PAULO (Reuters) - A Syngenta, a maior fabricante de agroquímicos do mundo, que está sendo assumida pela estatal ChemChina, ainda espera que o acordo seja fechado neste ano apesar de preocupações de que reguladores dos Estados Unidos possam dificultar os trabalhos, disse a empresa nesta sexta-feira.
As ações da companhia suíça caíram após ela reportar uma queda pior do que esperada no lucro da primeira metade do ano nesta sexta-feira.
"Estamos tendo discussões construtivas com todas as autoridades reguladoras que reforçam nossa confiança em fechar a transação até o fim do ano", disse o novo presidente-executivo Erik Fyrwald no relatório de resultados da Syngenta.
As ações da Syngenta caíram 0,2 por cento, a 387 francos suíços, após a fabricante de pesticidas e sementes dizer que o lucro líquido da primeira metade do ano caiu 13 por cento, afetado por fracos mercados agrícolas, um verão chuvoso na Europa que impediu fazendeiros de pulverizarem e um declínio contínuo nas vendas na América Latina.
O preço da ação está bem abaixo da oferta da ChemChina de 465 dólares (458 francos suíços) por ação, mais um dividendo especial de 5 francos, favorecendo os acionistas.
No entanto, há preocupações persistentes nos mercados financeiros de que o acordo poderia ser inviabilizado pelo Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS, na sigla em inglês). A Syngenta obtém cerca de um quarto de suas vendas da América do Norte.
(Por Paul Arnold)
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