Café: Bolsa de Nova York demonstra fraqueza técnica e despenca mais de 500 pts nesta 6ª feira
As cotações futuras do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) despencam mais de 500 pontos nesta tarde de sexta-feira (22), mais uma vez demonstrando fraqueza técnica, e voltam a ficar mais distantes do patamar de US$ 1,50 por libra-peso. Ainda assim, o mercado segue atento a alguns fatores altistas, como o clima no Brasil e o câmbio.
Por volta das 12h, o vencimento setembro/16 anotava 141,85 cents/lb com 500 pontos de baixa, o dezembro/16 tinha 144,95 cents/lb com 495 pontos de queda. Já o contrato março/17 registrava 147,80 cents/lb com 490 pontos de recuo, enquanto o maio/17, mais distante, estava cotado a 149,30 cents/lb com 495 pontos de desvalorização.
Durante a semana, os preços externos do café arábica na ICE esboçaram reação repercutindo as incertezas em relação ao potencial produtivo da safra 2017/18 devido a recente onda de frio no Brasil. Geadas de média e baixa intensidade afetaram áreas produtoras do Paraná, São Paulo e Minas Gerais, e isso pode comprometer os cafezais.
No entanto, apesar dos fundamentos serem altistas no mercado, as cotações resistem em avançar acima de US$ 1,50/lb e recuam forte. Na sessão anterior, o mesmo movimento prevaleceu no mercado. No entanto, a queda foi bem menos expressiva. Cerca de 100 pontos nos principais vencimentos.
O dólar comercial opera com leve alta nesta sexta-fera, cotado a R$ 3,2935 na venda com 0,363% de avanço. A moeda estrangeira mais valorizada em relação ao real tende a encorajar as exportações da commodity, mas pressiona os preços externos.
No Brasil, seguem isolados os negócios com café. "Pesquisadores do Cepea indicam que alguns pequenos lotes da variedade têm sido negociados, mas, no início desta semana, o mercado esteve mais calmo", reportou o "Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Esalq/USP) na quarta-feira
Na quinta-feira (21), o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, teve a saca de 60 kg cotada a R$ 502,54 com alta de 0,23%.
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miguel moura abdalla piraju - SP
CAFÉ: MERCADO NÃO É DEFINIDO COM BOATOS, PAPEL E GRÁFICOS.
MERCADO SE DEFINE COM A LEI DE ONASSIS (LEI DA OFERTA E PROCURA). A PRODUÇÃO DO BRASIL NÃO SUPRIRÁ O MERCADO INTERNO E MUITO MENOS O EXTERNO NOS ANOS DE 2016/17/18.