Milho: Previsão de clima quente e chuvas abaixo da média impulsionam preços na CBOT nesta 4ª feira
As preocupações com o clima nos Estados Unidos voltaram a impulsionar as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta quarta-feira (13). As principais posições do cereal exibiam ganhos entre 10,25 e 14,25 pontos, por volta das 12h23 (horário de Brasília). O vencimento julho/16 era cotado a US$ 3,64 por bushel. Já o março/17 era negociado a US$ 3,80 por bushel.
Segundo informações reportadas pelas agências internacionais, o mercado tomou novo fôlego diante dos novos mapas climáticos indicando um período mais quente e seco mais adiante. Conforme dados divulgados pelo NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - no período de 20 a 26 de julho, as temperaturas deverão ficar acima da normalidade em grande parte do país.
Temperaturas previstas nos EUA entre os dias 20 a 26 de julho - Fonte: NOAA
No caso das chuvas, no mesmo período, o volume acumulado deverá ficar abaixo da média, ainda de acordo com dados do serviço. "O mais recente modelo indica uma área maciça de calor no coração do Cinturão de milho. Isto é acompanhado por precipitação inferior ao normal. Parece que o mercado está empurrando um prêmio de risco firmemente nos mercados de soja e milho", informou o site internacional Agrimoney.
Chuvas previstas nos EUA entre os dias 20 a 26 de julho - Fonte: NOAA
Nesse instante, as lavouras de milho estão, em sua maioria, na fase crítica de desenvolvimento, a polinização. Ainda assim, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) elevou para 76% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições até o último domingo. Ainda ontem, o departamento estimou a safra norte-americana em 369,34 milhões de toneladas.
Já os estoques finais da safra 2016/17 ficaram em 52,86 milhões de toneladas, contra as 55,6 milhões de toneladas estimadas pelos participantes do mercado. O órgão ainda estimou a produção total de milho 2015/16 do Brasil em 70 milhões de toneladas. Em junho, o número era de 77,5 milhões de toneladas.
"E, por isso, as projeções para as exportações norte-americanas foram revistas diante da perspectiva de uma safra menor no Brasil, o que deverá fazer com que os compradores internacionais se voltem aos Estados Unidos", reportou o site Farm Futures. O país deverá exportar 52,07 milhões de toneladas do cereal ao longo da temporada.
BM&F Bovespa
A alta registrada em Chicago também influencia as negociações na BM&F Bovespa. Nesta quarta-feira (13), as principais posições do cereal trabalham em campo positivo e exibiam altas entre 0,99% e 2,15%, perto das 12h34 (horário de Brasília). O contrato julho/16 era cotado a R$ 42,73 a saca e o setembro/16, referência para a safrinha brasileira, era negociado a R$ 44,70 a saca. Apenas o janeiro/17 testava ligeira perda, de 0,21%, a R$ 46,90 a saca.
Enquanto isso, o dólar era cotado a R$ 3,2962 na venda, com leve queda de 0,05%, perto das 12h29 (horário de Brasília). Segundo dados do site G1, o bom humor dos mercados globais diante da perspectiva de novos estímulos econômicos acaba influenciando o andamento dos negócios. Contudo, o movimento é limitado já que os investidores estão cautelosos antes da votação da presidência da Câmara dos Deputados e também pela atuação do Banco Central no mercado.
Paralelamente, no mercado interno, os participantes têm acompanhado as informações a respeito da colheita da segunda safra. Por enquanto, os produtores têm conseguido evoluir com os trabalhos nos campos e a medida que o trabalho avança a quebra na safra fica mais evidente. A perspectiva é que sejam colhidas 43 milhões de toneladas do grão na segunda safra, conforme dados divulgados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
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