Ano safra 2015/2016 chega ao fim com Receita Cambial de mais de US$ 5,3 bilhões nas exportações de café
O Brasil exportou mais de 35 milhões de sacas de café no ano safra (julho de 2015 a junho de 2016), ao preço médio de US$ 151,26, gerando US$ 5,3 bilhões em receita. Os dados foram anunciados pelo Cecafé – Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. O café arábica se destacou, respondendo por 83,2% das exportações (mais de 29,4 milhões de sacas), enquanto o robusta representou 6,5% (mais de 2,3 milhões de sacas).
O ano safra 2015/2016 foi encerrado no último mês de junho, quando a entidade registrou mais de 2,3 milhões de sacas, responsáveis por uma receita de mais de US$ 350 milhões. Com relação ao ano civil (janeiro a junho de 2016), o Brasil exportou 16,2 milhões de sacas, com destaque para o crescimento de 2% nos embarques de arábica, resultando numa receita cambial de US$ 2,3 bilhões.
“Por conta de fatores climáticos e baixos estoques, houve uma retração nos últimos meses. Mas, a expectativa com a abertura da nova safra é que as exportações voltem ao patamar de crescimento ao longo do ano”, afirma Nelson Carvalhaes, Presidente do Cecafé.
Um ponto que deverá manter as exportações de café aquecidas e em crescimento no país é o aumento do consumo mundial, que segundo dados da OIC (Organização Internacional do Café) deverá saltar de 152,1 milhões de sacas consumidas em 2015 para até 170 milhões até 2020.
“A produção de café cresceu em um ritmo de 0,7% ao ano nos últimos cinco anos, enquanto o consumo aumenta a uma taxa de 2,2%. Sendo assim, o Brasil, que exerce papel de protagonismo mundial no segmento, certamente vai investir cada vez mais para ampliar sua fatia neste mercado”, finaliza Nelson.
Principais destinos
No ano safra (2015/2016), 127 países consumiram o café brasileiro. Os EUA tem a liderança, com 7.265.327 sacas, seguido pela Alemanha, com 6.345.101 sacas. A Itália fica no terceiro lugar, com 2.969.065 sacas.
No ano civil (de janeiro a junho de 2016), a Alemanha segue como o maior consumidor, com 3.028.164 de sacas, seguida de perto pelos EUA, com 3.005.333 de sacas. O Japão segue uma tendência de aumento do consumo (4% acima do mesmo período do ano anterior, com 1.258.257 sacas), assim como a Federação Russa (22,11% a mais, com 431.086 sacas).
Especificamente em junho deste ano, o país que mais consumiu café brasileiro foi os EUA, com 503.126 sacas.
Diferenciados
Os cafés diferenciados atingiram 7.800.485 sacas no ano safra (2015/2016), resultando em uma receita superior a US$ 1,6 bilhões. Os principais destinos seguem sendo os EUA (1.825.974 sacas), Alemanha (1.017.630 sacas), Japão (946.404 sacas), Itália (825.324sacas), Bélgica (716.479 sacas), Reino Unido (282.716 sacas), Canadá (211.490 sacas), Espanha (182.456 sacas), Suécia (157.835 sacas) e Austrália (147.843 sacas).
Os cafés diferenciados já atingiram mais de 3,2 milhões de sacas no ano civil (de janeiro a junho de 2016), o que representa cerca de 19,9% das exportações, resultando em uma receita de mais de US$ 605 milhões. Os principais destinos seguem sendo os EUA (608.491 sacas), Japão (455.965 sacas), Alemanha (387.023 sacas), Itália (364.152 sacas), Bélgica (337.595 sacas), Reino Unido (104.314 sacas), Espanha (100.880 sacas), Austrália (79.994 sacas), Suécia (75.424 sacas) e Canadá (72.734 sacas).
Preços
O preço médio registrado ao longo do ano safra (2015/2016) foi de US$ 151,26. Em junho de 2016, o valor médio registrado do café foi de US$ 147,29, uma ligeira alta em relação aos quatro meses anteriores.
Portos
O Porto de Santos concentrou a maior parte das exportações do ano safra (2015/2016), com 83,7% do volume embarcado (29.637.538 sacas). O Porto do Rio de Janeiro também teve um desempenho expressivo, com 12,0% dos embarques (4.235.636 sacas) do período.
Em junho de 2016, 84,9% dos embarques passaram por Santos (2.021.488 sacas).
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