Colheita da safrinha de milho chega a 70% em Tapurah (MT) e perdas superam os 25%

Publicado em 06/07/2016 11:31
Nesta safra, produtividade média das lavouras deve ficar próxima de 70 scs/ha, contra a média de 100 scs/ha do ano anterior. Com a colheita, preços já recuaram R$ 10,00 por saca na região. Atualmente, milho é cotado a R$ 25,00/sc. Parte dos produtores pode segurar o produto e negociar mais adiante.

Na região de Tapurah (MT), a colheita do milho safrinha já está completa em 70% da área plantada nesta temporada. E a perspectiva é que as perdas superem os 25% devido ao clima seco registrado especialmente ao longo do mês de abril. Em todo o estado, cerca de 25,78% da área já foi colhida, conforme último levantamento realizado pelo Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).

De acordo com o produtor rural da região, Silvésio de Oliveira, a produtividade média das lavouras deve ficar próxima de 70 sacas do grão por hectare. A projeção está abaixo do registrado no anterior, de 100 sacas por hectare. “A quebra de safra foi grande, em algumas regiões choveu bem menos do que a média. O cenário acabou comprometendo a umidade no solo e afetou o desenvolvimento da cultura”, completa.

Além da quebra da safra, os produtores estão preocupados com o cumprimento dos contratos fechados anteriormente. “Há uma apreensão muito grande, muitos contratos deverão ficar descobertos, pois não há como cumprir. A princípio, há um entendimento entre os produtores e as empresas. Talvez as dívidas sejam pagas na próxima temporada”, destaca Oliveira.

Preços

Em meio ao avanço dos trabalhos nos campos, os preços do cereal já recuam R$ 10,00 por saca na localidade. Atualmente, as cotações giram entre R$ 25,00 a R$ 26,00 a saca de milho. Contudo, os valores estão acima do registrado na temporada passada, entre R$ 14,00 a R$ 15,00 a saca do grão.

“Os atuais patamares ainda cobrem os custos de produção. Mas as negociações evoluem lentamente, o que era para ser vendido já foi e os produtores que possuem estoques deverão vender mais ao final do ano, na tentativa de conseguir melhores preços”, reforça o produtor rural.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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