Milho: Com altas em Chicago e preocupação com o clima no Brasil, preços voltam a subir na BM&F nesta 4ª feira
As cotações futuras do milho voltaram a trabalhar em campo positivo no pregão desta quarta-feira (8). As principais posições do cereal registravam valorizações entre 0,55% e 1,42%, por volta da 12h06 (horário de Brasília). O vencimento julho/16 era cotado a R$ 45,90 a saca, já o setembro/16, referência para a safrinha, era negociado a R$ 43,00 a saca.
De acordo com o analista de mercado da FocoMT Agentes Autônomos, Marcos Hildenbrandt, as cotações acompanham os ganhos registrados na Bolsa de Chicago (CBOT). No mercado internacional, os preços também operam do lado positivo da tabela nesta quarta-feira. Por sua vez, as posições da commodity encontraram sustentação em vários fatores como a demanda aquecida pelo milho nos EUA, o clima no país, a alta registrada no petróleo e a queda do dólar no cenário internacional.
No caso do Brasil, os participantes do mercado ainda acompanham as informações sobre as geadas no Paraná. Muitas localidades do estado registraram temperaturas negativas ao longo da madrugada desta quarta-feira, como é o caso de General Carneiro, onde a temperatura chegou a -4ºC. Já em Palmas, os termômetros marcaram -3ºC e em Guarapuava, a temperatura atingiu -1ºC.
E para essa quinta-feira (9), o Simepar (Sistema Meteorológico do Paraná) mantém o alerta de geada para o estado. O evento climático pode ocorrer com forte intensidade em Ponta Grossa, Castro, Laranjeiras do Sul, Pitanga, Pato Branco, Irati e Francisco Beltrão. Nas regiões de Cascavel, Cianorte, Ivaiporã e Umuarama, a geada deverá ser de fraca intensidade, ainda segundo dados divulgados pela entidade. Em recente entrevista à agência Reuters, o analista de milho do Deral (Departamento de Economia Rural), Edmar Gervásio, disse que "o risco maior está em 26 por cento da área do Estado, nas regiões oeste, centro e no sul".
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho trabalham em forte alta na sessão desta quarta-feira (8). As principais posições do cereal registravam altas entre 8,00 e 9,00 pontos, por volta das 12h42 (horário de Brasília). Todos os vencimentos operam acima dos US$ 4,30 por bushel. O julho/16 era cotado a US$ 4,36 por bushel e o março/17 a US$ 4,46 por bushel.
Os analistas ponderam que a demanda aquecida pelo produto norte-americano continua a dar sustentação aos preços do cereal. Além disso, em seu comentário diário, a Labhoro Corretora reportou que o dólar mais fraco e o petróleo firme também contribuem para a sustentação das commodities em Chicago. A alta no petróleo superava 1,7% e o barril era negociado acima de US$ 51 o barril.
"Os futuros dos grãos são mais elevados hoje, com novos contratos de milho e soja apostando nas preocupações climáticas", disse Bryce Knorr analista e editor do portal Farm Futures. Isso porque, as previsões mais alongadas, no período de 15 a 21 de junho, o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - prevê temperaturas acima da média em praticamente todas as áreas de produção do Meio-Oeste, Sudeste, Delta e Planícies, com exceção de Ohio.
No mesmo período, as chuvas deverão ficar abaixo da média para o Meio-Oeste e Planícies do Oeste. As informações foram reportadas pela Labhoro Corretora. O plantio está praticamente finalizado e cerca de 74% das lavouras do cereal apresentam boas ou excelentes condições, segundo dados reportados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no início da semana.
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