Suíno vivo vai a R$ 4,00 com valorização de 32% em SP no mês de maio, mas atual patamar está longe de cobrir o custo de produção
A cotação do suíno vivo apresentou valorização expressiva em maio na maioria das praças de comercialização. De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) no acumulado do período de 29 de abril a 31 de maio, o preço subiu quase 32% em São Paulo, registrando o maior crescimento mensal desde julho/12, R$ 4,00/kg.
Segundo o pesquisador do Centro, Augusto Maia, a melhora na demanda - consequência do período mais frio e do Dia da Mães - fez as cotações subiram até R$ 1,00/kg em algumas praças.
Além disso, o volume de suíno para abate está menor, devido à redução nos alojamento que foi promovida pela pressão nos custos de produção e o mercado em queda no primeiro trimestre.
Maia relata que houve um grande volume de animais descartados neste período, abates de matrizes e redução nos investimentos, que enxugaram o mercado.
O avanço, no entanto, "ainda é pouco, o suinocultor precisa de um preço melhor, porque os custos estão muitos altos", destaca Maia.
De acordo com levantamento do Cepea, o valor de comercialização deveria estar acima de R$ 5,30/kg para que o setor começasse a ter lucro.
Para os próximos meses são aguardadas novas valorizações. "No segundo semestre temos historicamente um patamar de preço melhor, porque as exportações crescem e o consumo interno é maior", explica Maia.
A preocupação no momento é de que forma queda no poder aquisitivo da população poderá limitar os avanços da matéria prima. O analista lembra que a alta para o consumidor final possivelmente reduzirá a demanda. "É preciso equalizar um meio termo para o produtor e os consumidores", pondera.
Nos custos não há expectativa de declínio nos próximos meses, visto as reduções nas projeções da safrinha de milho.
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