Novo caso de gripe aviária atinge rebanho de peru no estado de Missouri

 avicultura americana foi novamente ameaçada com um surto de gripe aviária, embora este último surto seja uma versão mais suave do que o vírus que atingiu rebanhos de frango e peru durante o surto de 2015.

O Departamento de Agricultura de Missouri confirmou que um surto de gripe aviária de baixa patogenicidade foi descoberto em 30 de abril em uma fazenda de perus comercial no Condado de Jasper, que se estende até a cidade de Joplin.

Todos os 39.000 perus no rebanho foram sacrificados para evitar a propagação da doença e todos os rebanhos comerciais a cerca de 10 km da fazenda que apresentaram resultados negativos.

Outras medidas tomadas incluíram quarentena, controle de movimento, zonas e vigilância na zona de contenção.

Os perus pareciam saudáveis e foram descobertos estarem infectados quando as amostras foram enviadas para laboratórios como parte dos requisitos pré-abate de um programa nacional de prevenção de influenza aviária, National Poultry Improvement Plan Avian Influenza Clean Program.

A cepa H5N1 que afeta o rebanho no Missouri foi considerada de baixa patogenicidade, o que significa menos contagiosa ou mortal do que outras variedades da doença. No entanto, qualquer cepa é motivo de preocupação para as autoridades de saúde, pois pode sofrer mutações para a versão de alta patogenicidade mais perigosa do vírus.

Acredita-se que as aves selvagens são as responsáveis por espalhar o vírus e a cepa encontrada em Missouri teve sua linhagem em aves selvagens na América do Norte, disseram autoridades.

O surto no Missouri marca a segunda vez em 2016 que a gripe aviária atingiu aves nos EUA.

Em janeiro, 10 casos de gripe aviária foram relatados em Dubois County, Indiana. Dos 10 casos, um foi a gripe aviária H7N8 altamente patogênica, oito casos foram a gripe aviária de baixa patogenicidade e o sorotipo exato do 10º caso não foi determinado. Mais de 400.000 aves em  10 fazendas de foram mortas.

Indiana anunciou recentemente que cada um dos 10 locais tinham completado 90 dias sem um surto de gripe aviária e todas as quarentenas tinha sido reforçadas nesse estado.

As autoridades também têm apontado que a cepa de Influenza aviária de alta patogenicidade que vem afetando o local em Indiana era diferente das cepas que causaram o surto de 2015, que devastou criações de aves dos EUA.

Durante  o surto de gripe aviária de alta patogenicidade de 2015, Serviço de Inspeção de Saúde Animal e Vegetal dos Estados Unidos – USDA - registrou 223 detecções que afetam 48 milhões de aves em 21 estados. Os mais atingidos foram rebanhos de perus em Minnesota e poedeiras em Iowa - ambos os estados sendo os maiores produtores dessas aves.

O USDA despovoou 7,5 milhões de perus e 42 milhões de frangos e galinhas jovens, representando cerca de 3 por cento da produção de peru anual americana e aproximadamente 10 por cento da população de galinha de postura.

O último caso confirmado de Influenza aviária de alta patogenicidade do surto de 2015 ocorreu em junho, quando quase 1 milhão de galinhas poedeiras em Iowa foram afetados pela doença.

Desde aquela época, o APHIS colocou em prática um plano de preparação e resposta  para o combate a futuros surtos de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP). O plano fornece informações para quatro áreas principais: (1) que previnam ou reduzam futuros surtos, (2) melhorar a prevenção, (3) Melhorar e racionalizar as capacidades de resposta e (4) que se preparam para o potencial uso de vacinas de influenza aviária.

Surtos no mundo

Outros países continuam a ser afetados por surtos de gripe aviária. Alguns dos mais recentes relatórios vêm de Itália, França, Mianmar, Taiwan e no Iraque.

Itália: Um surto de gripe aviária H7N7 altamente patogênica causou a morte de 17.000 galinhas poedeiras no norte da Itália, de acordo com um relatório da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

As fazendas comerciais free-range / orgânicas das aves é na cidade de Portomaggiore, na província de Ferrara. Duas mil aves ficaram doentes e 600 delas morreram. As 16.400 restantes foram sacrificadas para conter o surto.

França: O país continua a lutar contra surtos de gripe aviária. Um surto de H5N1 foi descoberto em uma fazenda de frango em Dordogne em novembro e numerosos focos H5 foram relatados desde então no sudoeste da França.

Um total de 77 de surtos de gripe aviária de alta patogenicidade em aves de capoeira foram detectados em nove divisões no sudoeste da França, o ultimo, em 19 de Abril, foi um surto de GAAP em aves de criação guiné na cidade Labstide-Gabausse na divisão de Tarn. As 6.050 aves foram sacrificadas para evitar a propagação da doença.

As preocupações com a gripe aviária resultou em uma proibição de três meses sobre a produção de foie gras na França. A proibição afeta fazendas e matadouros de patos e gansos em 18 distritors na parte sudoeste do país. Os produtores de foie gras disseram que vão perder milhões de euros, como resultado da proibição. É esperado 9 milhões a menos de patos no mercado e o preço de foie gras, como resultado, vai subir.

Taiwan: Em relatórios à OIE, Taiwan declarou um surto H5N8 ocorreu em um abatedouro de frangos em Kaohsiung City. A inspeção post-mortem de duas carcaças desencadearam testes no matadouro, que revelou o vírus. As carcaças foram destruídas e os restantes das 613 aves foram sacrificadas.

Além disso, dois surtos H5N2 foram detectados em braços comerciais reprodutores de ganso, na mesma cidade em Chiayi County.

Entre as duas instalações, 668 mortes foram relatadas de 3.555 aves. Os gansos restantes foram acrificadoss para conter a propagação do vírus

Myanmar: O surto em Myanmar, em uma fazenda na região Sagaing, na parte central do país, foi a primeiro desde fevereiro de 2015. O surto, que começou a 11 de abril, levou à morte de 18 dos 500 frangos susceptíveis. As aves restantes foram abatidas, o local desinfetado e uma zona de proteção estabelecida em torno da área.

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