Oferta supera demanda e pressiona cotações do boi gordo, frango e suíno vivo
Boi Gordo: Com queda de 0,6% desde o início da semana o preço em Araçatuba-SP está R$ 153,50/@
Por Isabella Camargo, zootecnista da Scot Consultoria
Mercado pressionado.
Em Araçatuba, São Paulo, a arroba do boi gordo está cotado em R$153,50, à vista, queda de 0,6% desde o início da semana.
Embora existam ofertas de compra abaixo da referência são poucos os negócios consolidados. Os compradores que ofertam nestes patamares acabam comprando nos estados vizinhos.
No restante do país, a situação não é diferente. As escalas evoluem gradualmente o que mantém o viés de baixa do mercado.
Das trinta e uma praças pesquisadas pela Scot Consultoria, houve desvalorização em onze para o boi gordo.
No mercado atacadista de carne com osso, o início do mês não deu folêgo para melhora no escoamento da carne. Os preços estão estáveis.
O boi casado de animais castrados está cotado em R$9,20/kg.
Frango Vivo: Demanda de inicio de mês reduz movimento de baixa nos preços
Por Larissa Albuquerque
Os preços do frango vivo pago ao produtor independente vinham registrando consecutivas baixas nas últimas semanas. No entanto, o incremento na demanda, típica de inicio do mês e do feriado de dia das mães, limitou as baixas no mercado.
Embora o ligeiro crescimento no consumo não tenha força para promover altas, o fator já limita os recuos. Em São Paulo a referência para os negócios permanece em R$2,50 o quilo do animal vivo, desde a última sexta-feira (29). Nos últimos 30 dias, no entanto, a praça paulista registrou um recuo de 4% no valor médio das comercializações.
Em Minas Gerais, as cotações também não apresentaram alteração nesta quarta-feira (04). Segundo dados da AVIMIG (Associação dos Avicultores de Minas Gerais) o preço médio do quilo do animal vivo, posto granja, fechou em R$ 2,35, mesmo valor registrado no fechamento da semana anterior.
De acordo com o Cepea, a principal causa de quedas expressivas nas cotações em abril foi o aumento na oferta. “Segundo pesquisadores do Cepea, mesmo com a demanda enfraquecida do atacado, a oferta de animais para abate continuava maior que a procura”, aponta o Centro.
Produção de pintos de corte
Ao contrário do que era esperado, a produção de pintos de corte no primeiro trimestre registrou aumento expressivo. De acordo com informações da Apinco somente em março, o avanço em relação a 2015 foi de 7%.
No período foram produzidos 1,66 milhões de cabeças, contra 1,55 no mesmo período do ano passado.
Suíno Vivo: Quarta-feira de estabilidade nas cotações
Por Larissa Albuquerque
As cotações do suíno vivo no mercado independente encerraram estáveis nesta quarta-feira (04), após baixa no Rio Grande do Sul e manutenção nos preços em São Paulo.
A bolsa de suíno paulista manteve as cotações nesta semana, com preços entre R$ 58 e R$ 59/@ – o mesmo que R$ 3,04 a R$ 3,15 pelo quilo. A expectativa da APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos), no entanto, é de melhora na referência em função da queda na temperatura, primeira quinzena do mês e feriado de dia das mães.
Na segunda-feira, o preço do suíno vivo pago ao produtor independente do Rio Grande do Sul sofreu nova baixa. De acordo com a pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul), a queda foi de R$ 0,02 deixando a cotação em R$ 3,05/kg posto indústria.
O aumento na disponibilidade de animais e o enfraquecimento da demanda são os principais fatores de pressão neste período. As vendas externas, contudo, vem demonstrando bom desempenho ainda que representem um pequeno percentual do mercado (15%).
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), até abril já foram comercializadas 192,5 mil toneladas de carne suína in natura no mercado internacional, volume 71,41% maior que nos primeiros quatro meses do ano passado, somente no último mês foram 52,9 mil toneladas.
Com esse desempenho o país poderá superar o recorde embarcado em 2005 de 625 mil toneladas exportadas de carne suína. De acordo com o diretor executivo da ABCS (Associação Brasileira dos Criadores de Suínos), Nilo de Sá, é projetado para esse ano um aumento de 70 a 100 mil toneladas (2% a 3% respectivamente), o que obrigaria elevar as exportações em 100 mil toneladas - em comparação ao ano passado de 558 mil t - para que a oferta não seja maior que a demanda interna
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