Kátia Abreu se divide entre deixar ministério da agricultura ou o PMDB

Publicado em 21/03/2016 13:06
Segundo o Valor Econômico, mesmo sendo próxima de Dilma, ministra estaria sendo pressionada por entidades do agronegócios e correligionários. E briga com internautas (Gazeta do Povo)

iante do agravamento da crise política e da maior expectativa em relação a um impeachment da presidente Dilma Rousseff, a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, estaria dividida entre deixar o cargo ou se desfiliar do PMDB, que deve desembarcar do governo no final deste mês, segundo informações do jornal Valor Econômico.

Mesmo sendo muito próxima de Dilma, a ministra estaria sendo pressionada por entidades do agronegócios e correligionários, como o presidente do Senado, Renan Calheiros, que defendem o impedimento da petista.

Na semana passada, instituições como Abag , Aprojosa e a bancada ruralista do Congresso criticaram abertamente as dificuldades do governo de achar soluções para as crises política e econômica e defenderam o impeachment de Dilma.

Para não deixar o governo, a ministra teria que voltar ao antigo partido, o PSD . Convite já teria sido feito por Gilberto Kassab, que é o atual presidente do partido.

Leia a reportagem completa no site Terra

 

Kátia Abreu briga com internautas e diz que acredita em Dilma (na GAZETA DO POVO)

Na semana passada, surgiram rumores de que a ministra teria decidido sair do governo antes mesmo da decisão oficial do PMDB, prevista para o fim do mês

 

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, sofreu uma série de ataques no microblog Twitter depois de comentar sobre o sermão feito pelo padre na igreja que frequenta. Parte dos que acompanham o perfil da ministra entenderam que a fala seria um recado político, o que ela rebateu.

“O sermão de hoje na Igreja foi sobre o julgamento e a crucificação de Cristo. É difícil crer que a turba absolveu um criminoso e condenou Jesus”, disse a ministra no Twitter. Em seguida a essa mensagem, ela recebeu centenas de respostas, algumas a acusando de comparar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Jesus.

Parte das mensagens trazia memes, figuras de vídeo ou foto com humor e sarcasmo, que colocavam o rosto de Lula na imagem de Jesus. Muitas das mensagem eram agressivas, o que parece ter irritado a ministra.

Kátia Abreu lembrou aos seus seguidores que ontem era o último domingo da Quaresma e que no próximo domingo é a Páscoa. “Escrevo o que dá vontade. Não aceito patrulha. Não estou comparando ninguém com Jesus. Por favor, me respeitem. Não sou obcecada com um único tema”, rebateu a ministra.

Depois dessa mensagem ela recebeu mais críticas e algumas pessoas fizeram piadas comparando o governo ao Titanic, navio britânico que ficou famoso depois de afundar em sua viagem inaugural em 1912.

A ministra continuou a responder e pediu mais tranquilidade por parte dos internautas. “O ódio na internet está insuportável. Estes obcecados não irão me pautar. Continuarei escrevendo o que me der vontade”, disse. “Como, por exemplo, continuarei escrevendo que acredito na honestidade da presidente Dilma Rousseff até que me provem o contrário. Pedalada não é argumento”, defendeu.

Em meio ao debate, a ministra recebeu mais dezenas de ataques e foi agredida virtualmente com afirmações machistas, palavrões e xingamentos. A um dos internautas que a agrediram, disse em tom grave: “Me mande seu endereço, covarde”.

Em seguida, tentou apelar para o bom senso. “O ódio não ajudará em nada. De nenhum lado. Justiça e a urgência nos julgamentos têm que ser para todos”, afirmou. “Que a Justiça continue fazendo o seu trabalho. Confio nisto. Tudo será esclarecido e os culpados punidos, mas pela Justiça do Brasil”, disse. Kátia Abreu ainda disse aos antagonistas que enquanto for ministra continuará a trabalhar pelo agronegócio e que continuará a cumprir com o seu dever.

Na semana passada, surgiram rumores de que a ministra teria decidido sair do governo antes mesmo da decisão oficial do PMDB, prevista para o fim do mês. Fontes disseram ao Broadcast Agro que Kátia Abreu não havia digerido a entrada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no staff presidencial, como ministro da Casa Civil. Na sexta-feira, ela comentou no Twitter que não mencionou “este assunto com ninguém”. “São apenas ilações.”

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Fonte:
Terra (O Financista) / Gazeta

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2 comentários

  • João Alves da Fonseca Paracatu - MG

    Rodrigo, o que que esta senhora (Kátia Abreu) trouxe de positivo para o agro???... Passei a acompanhá-la desde os primeiros tempos de CNA, e o que consegui ver só foi promoção pessoal e ações de camaleão, se adaptando e trocando de lado conforme suas conveniências..., antes ela se dizia contra a CPMF, e agora? Antes chamava o pessoal do PT de bandido, e agora? Hoje diz que a Dilma é correta, e amanhã?... Será possível que os pamonhas (como diz o sr. Dalzir) dirigentes do agro vão aceitar e engolir mais este engodo??? Sei não, mas acho que estamos num mato sem cachorro... Saudações mineiras, uai!

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    • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

      Exatamente Sr. João, metade ou mais da bancada ruralista diz uma coisa e faz outra, as entidades do agro estão coalhadas de mediocres aproveitadores, fingidos, o dominio dos incapazes capazes de tudo. O modelo corrupto utilizado nas instituições e organizações do agro é o mesmo do PT e seus lideres. Agora querem desembarcar do governo, como se fosse possivel sairem limpinhos de toda essa sujeira. O PP é o exemplo, Heize, Goergen, e vários outros, todos denunciados na lava jato e fazendo discurso de oposição ao governo.

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    • Luiz Alfredo Viganó Marmeleiro - PR

      Ah se não fosse a malfada "contribuição sindical" compulsório que somos obrigados a recolher à CNA o que seria da Katia Abreu??? Nada, uma insignificância nos rincões do Brasil Central...

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    • Valdomiro Rodante Junior Porangatu - GO

      Parabéns Sr Rodrigo, em poucas palavras retratou , meu sentimento , e também da maioria os produtores, não estamos no mato sem cachorro não !!! Estamos é na lavoura sem representantes !! Saudações goianas !!!

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    • Carlos William Nascimento Campo Mourão - PR

      Cada classe ou povo tem o representante que merece naquele momento da história. Se existe Kátia é porque a maioria dos agricultores deixaram. Se existe Dilma é porque o povo assim o quis. Infelizmente agricultor não é muito de acompanhar e se interessar pelos seus dirigentes. Veja o exemplo das cooperativas, que são feudos de uma turma por décadas. Não largam o osso. Vão distribuindo sobras(restos/migalhas) e os associados vão aplaudindo. Tem que distribuir os lucros. Mas isso só vai mudar quando a mentalidade do agricultor mudar, questionando mais. Fica acomodado achando que não depende de ninguém para sobreviver.

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    • Luiz Alfredo Viganó Marmeleiro - PR

      Cooperativas, sindicatos, federações, o legislativo e o judiciário, funcionam como "capitanias hereditárias" onde os laços pessoais e familiares, a "política de compadres" é que funciona. Vamos levar décadas ou séculos pra mudar isso no país, quem sabe a lava-jato não seja um inicio, mas confesso que sou cético quanto ao futuro, acho que "tudo muda pra continuar na mesma". Basta ver as opções ao PT no cenário nacional: Aécio, Temer, a "fada da floresta" e assim por diante, é deprimente.

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  • Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC

    Kátia Abreu tenta claramente dar força ao discurso petista citando o Evangelho. Quer derrubar todo o sistema judiciário com a estória de que Dilma e Lula são inocentes, perseguidos por criminosos instalados no próprio sistema judiciário ... que pertencem à elite, que fazem oposição, que querem um golpe... Na verdade, é o governo que quer dar um golpe aos berros dizendo que "não vai ter golpe". É isso o que Kátia Abreu é, uma golpista descarada.

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