"Está na hora" de a política ajudar a economia, diz ministro da Fazenda Nelson Barbosa

Publicado em 18/03/2016 11:28

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SÃO PAULO (Reuters) - O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, disse nesta sexta-feira que "está na hora" de a política ajudar na recuperação da economia, reconhecendo que o ambiente está bastante conturbado.

"Propostas extremas, seja de um lado ou de outro, não são sustentáveis", afirmou ele durante evento em São Paulo. "Incerteza política atrasa a recuperação econômica."

O ministro citou a ida do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil como um ponto positivo para construir soluções políticas e econômicas. Por enquanto, uma liminar impede que Lula exerça o cargo e sua volta ao governo gerou fortes e contrárias manifestações populares, que pedem o fim do governo da presidente Dilma Rousseff.

"Nossa obrigação é continuar propondo medidas para melhorar a economia mesmo num ambiente político conturbado", acrescentou Barbosa.

Ele disse que ainda há incerteza sobre quando a economia pode voltar a crescer, mas repetiu que o cenário trabalhado pelo ministério é de que o país pode voltar a expandir no final do ano. Em 2015, o Produto Interno Bruto (PIB) do país despencou 3,8 por cento e, segundo projeções em pesquisa Focus do Banco Central --que ouve semanalmente uma centena de economistas--, deve recuar 3,54 por cento este ano.

Ele repetiu que o governo está trabalhando em duas frentes para buscar estabilizar a atividade, com medidas de curto prazo e de longo prazo, com propostas de reformas. Também reafirmou que a volta da CPMF é a "melhor alternativa" para aumentar temporariamente as receitas.

O ministro disse ainda que a inflação já começou a cair e que, a partir de março e abril, deve haver redução sobre um ano antes por conta dos preços de energia elétrica.

MAIS CRÉDITO

Questionado pela plateia se haveria a preparação de novas medidas para fornecer crédito para empresas, que sofrem com falta de liquidez, Barbosa disse que o Ministério da Fazenda estudava junto com o Banco Central algo neste sentido.

"Isso não é uma decisão formada, com várias ideias de como se dar assistência de liquidez via compulsório (bancário). Mas isso tem de ser feito com muito cuidado. Simplesmente baixar o compulsório não garante que isso vai chegar na ponta", afirmou ele, acrescentando que mudanças na regulação também poderiam ocorrer para a administração de crédito e rolagens de dívidas.

(Reportagem de Erick Noin; Texto de Patrícia Duarte)

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Fonte:
Reuters

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