Clima faz Tocantins colher a pior safra de grãos em 5 anos

Publicado em 10/03/2016 07:24

Depois de dois anos de frustração, o Matopiba abre neste mês a colheita de uma safra para esquecer. Conturbado do início ao fim, o ciclo 2015/16 é citada pelos produtores do Tocantins como a pior temporada dos últimos cinco anos, conferiu a Expedição Safra em roteiro pela região nos últimos dias. O clima desfavorável preocupou bastante na largada do plantio e o retorno das chuvas em janeiro chegou a inspirar previsões mais otimistas, mas a estiagem voltou com força no mês passado, derrubando qualquer esperança de recuperação.

A combinação de falta de umidade, temperaturas elevadas e radiação solar fez a soja derreter no campo. Do plantio, ao florescimento, ao enchimento de grãos, nenhuma fase do ciclo passou ilesa às intempéries do clima, relata João Batista de Oliveira Neto, presidente do Sindicato Rural de Gurupi, no Sul do estado. “Ano passado não foi bom, teve lavoura que passou 32 dias sem água. Mas este ano, com 23 dias sem chuva, está muito pior”, conta Gustavo Colombo, gerente da Fazenda Guarida, em Peixe, na região de Gurupi. Após colher 52 sacas por hectare no ano passado, o produtor calcula agora um rendimento de 30 sacas/ha. O índice fica bem abaixo da média histórica da região, de 58 sc/ha. “Umidade até tinha, o problema maior foi a temperatura”, explica o produtor Rodrigo Ferrari, de Guaraí, no Norte do Tocantins.

As dificuldades começaram já no início do ciclo. Vários produtores relataram à Expedição problemas com a qualidade das sementes. Afetados pela seca no ano passado, campos de produção de algumas regiões do país geraram sementes com porcentual de germinação abaixo do permitido na legislação, comprometendo o potencial produtivo de largada da safra. Em alguns casos, testes feitos por produtores ouvidos pela equipe na fazenda acusaram índices abaixo de 60%. “teve talhão que, de 15 nasceram só nove plantas. E com diferença de até cinco dias na germinação entre uma planta de outra”, descreve Ferrari. Ele havia investido apostando em uma produtividade de 55 sacas por hectare, mas agora calcula que colherá “no máximo 35 sacas, se tiver sorte.”

Leia a notícia na íntegra no site Gazeta do Povo.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
Gazeta do Povo

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário