O tamanho das manifestações de 13 de março decidirá o destino do governo

Publicado em 26/02/2016 09:10
POR AUGUSTO NUNES, DE VEJA.COM
Direto ao Ponto, POR AUGUSTO NUNES, DE VEJA.COM
 

O tamanho das manifestações de 13 de março decidirá o destino do governo

 

A prisão do marqueteiro João Santana e sua mulher Mônica Moura avisa que a Lava Jato tem provas de sobra de que Dilma foi reeleita com dinheiro sujo. Isso é mais do que suficiente para justificar o afastamento da presidente que manteve o emprego com a utilização de métodos criminosos. Sem que o segundo mandato tenha sequer começado, o governo acabou. A nau infestada de incompetentes e gatunos afunda cada vez mais rapidamente.

A gangrena acelerada pelo triplex do Guarujá e pelo sítio em Atibaia transformou Lula num cadáver adiado. As mobilizações do PT hoje juntam menos gente que procissão de vilarejo. A oposição partidária enfim começou a cumprir o dever de opor-se, até por entender que o Brasil devastado pela conjunção de crises não sobreviverá a mais três anos de domínio lulopetista sem danos irreparáveis.

Tudo somado, o que falta para que a nação comece a percorrer o caminho da salvação? Falta o povo nas ruas. O tamanho das manifestações de 13 de março decidirá o destino do governo. Se tiverem a mesma amplitude dos protestos ocorridos há quase um ano, a Era da Canalhice será sepultada antes que o outono chegue ao fim.

O marqueteiro que assustou os pobres com mesas vazias só escapará da comida de cadeia se engolir a delação premiada

Entre tantas outras vigarices, o marqueteiro João Santana pariu na campanha presidencial de 2014 uma invencionice especialmente sórdida. Se Dilma Rousseff não fosse reeleita, alertavam comerciais exibidos no horário do PT, a comida sumiria da mesa dos pobres ─ para divertimento dos banqueiros que debochavam da desgraça dos desvalidos. A safadeza terrorista funcionou sobretudo nas urnas dos grotões do Brasil.

Nesta semana, em companhia da mulher e sócia, Mônica Moura, o fabricante de fantasias foi apresentado ao país redesenhado pela Lava Jato. O vendedor de fumaça que só frequentava restaurantes estrelados agora deve contentar-se com as refeições servidas à população carcerária.

Os primeiros depoimentos em Curitiba informam que o casal engaiolado não tem explicações convincentes para os milhões de dólares sujos escondidos nas contas abertas em bancos estrangeiros. É provável que a dupla já tenha entendido que não está lidando com eleitores assustadiços e desinformados, mas com investigadores que sabem quase tudo. Estão apenas completando o mosaico.

Para mudar o cardápio, portanto, Santana e Mônica terão de engolir a delação premiada. Pode parecer amargo, mas é bem melhor que comida de cadeia.

Carlos Alberto Sardenberg: São quatro crises

Publicado no Globo

Se fosse verdade, como disse Lula, que tem uma elite aqui no Brasil “que não gosta de dividir a poltrona do avião com o nosso povo”, então essa elite deveria estar apoiando a presidente Dilma. O povo já foi colocado para fora dos aviões, como mostram os dados do Banco Central, aliás divulgados na mesma terça-feira em que Lula atacava os opositores do governo.» Clique para continuar lendo

Valentina de Botas: Ufanismo de pixuleco

VALENTINA DE BOTAS

A semana passada foi especialmente repugnante na crônica lulopetista. O jeca farsante cavou uma fuga vergonhosa para adiar o encontro com a justiça; o banditismo degenerado em lulolatria mostrou, na pancadaria em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda onde o ídolo de lodo deporia, do que é capaz para defendê-lo; reforçou-se o feixe bolivariano no STF e na PGR para, imolando o país, salvar os nefastos Lula e Dilma enquanto as leis e o país que se danem.

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1 Minuto com Augusto Nunes: Comandante do naufrágio diz que a culpa é dos afogados

Na missa negra disfarçada de comercial do PT, Lula explicou que o naufrágio econômico que comandou, em parceria com Dilma Rousseff, é coisa de afogados que insistem em lamentar o que aconteceu. Os culpados pelo desastre, recitou o Exterminador do Plural, são “as pessoas que falam em crise, crise, crise, repete (sic) isso todo santo dia e fica (sic) minando a confiança no Brasil”.

A conversa de 171, abafada pelo desmoralizante panelaço que acelerou o aquecimento para um histórico 13 de março, reiterou que, na cabeça baldia do ex-presidente, qualquer problema desaparece se a palavra que o identifica deixar de ser pronunciada. Como disse o mestre aos discípulos que resistem à tentação da debandada, basta ignorar uma encrenca para que tudo se resolva.

Foi por isso que o restante do sermão não reservou uma única e escassa vírgula ao triplex do Guarujá, nem ao sítio em Atibaia, muito menos à segunda-dama Rosemary Noronha. Lula e o que sobrou da seita ainda não entenderam que as coisas mudaram depois da Lava Jato. Se espera que as delinquências que protagonizou sejam esquecidas, é bom esperar sentado.

Bem mais sensato seria providenciar algum esconderijo reformado por empreiteiros amigos ─ antes que chegue o Japonês da Federal.

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Fonte:
Blog Augusto Nunes, de veja.com

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