Petróleo tem novo dia de altas e sobe mais de 6% em NY com sinais de menor produção nos EUA
Os preços do petróleo voltaram a subir de forma expressiva no mercado internacional neste início de semana. Durante os negócios desta segunda-feira (22), os futuros em Nova York registravam altas que superavam 5%, estimulados por dados vindos dos EUA sobre o xisto. Em Londres, os futuros do Brent também avançam.
Segundo noticiou a agência internacional Reuters, as expectativas são de que a produção de gás de xisto nos Estados Unidos caía neste ano e também no próximo, o que poderia, portanto, reduzir o excesso dos estoques. Segundo reportou a Agência Internacional de Energia (IEA), a produção norte-americana deverá recuar, agora em 2016, cerca de 600 mil barris por dia e, em 2017, 200 mil barris/dia.
O elevados estoques e mais a concorrência maior do xisto foram dois dos mais importantes fatores que provocaram a derrocada dos preços do petróleo iniciada em meados de 2014. A commodity, com isso, chegou a operar em seus menores níveis em mais de uma década. De lá para cá, os futuros do petróleo já cederam, aproximadamente, 70%.
Além disso, os preços do petróleo encontram suporte ainda no menor número de sondas operando nos EUA - o mais baixo desde 2009, segundo reportado na última sexta-feira (19) pela companhia de serviços Baker Hughes em seu aguardado relatório - e também por uma recuperação que vem sendo acompanhada ainda no mercado global de ações, segundo explicam especialistas.
A primeira sessão da semana se mostrou bastante positiva para as ações chinesas, que fechou a sessão desta segunda com altas de mais de 2%, registrando suas máximas em quatro semanas. "Os investidores comemoraram a decisão de Pequim de substituir o chefe do principal regulador de valores mobiliários e sinalizar que o governo está aumentando seus esforços de estímulos econômicos", informou a agência de notícias Reuters.
"O sentimento mais positivo no mercado de ações e o impacto de uma redução no número de sondas dos Estados Unidos trouxe alguma suporte aos preços do petróleo", disse Hans van Cleef, economista sênior de energia do banco internacional ABN Amro à Reuters.
Dessa forma, a aposta dos especuladores começam a dar sinais de um apetite maior por ativos mais "sensíveis ao risco", já que não só os preços do petróleo operam em campo positivo nesta segunda-feira, como também os futuros dos grãos na Bolsa de Chicago, as soft commodities em Nova York, além do cobre.
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Minério de ferro salta 7% na China com recuperação nos preços do aço
MANILA (Reuters) - Os preços do minério de ferro no mercado à vista da China saltaram 7 por cento nesta segunda-feira, para mais de 50 dólares por tonelada, acompanhando movimento de alta nos mercados futuros de minério de ferro e de aço, em meio a sinais de recuperação da demanda.
"Os baixos estoques de aço, a recuperação sazonal da demanda após o feriado de Ano Novo na China e um aumento na utilização de altos-fornos resultaram em uma alta nos preços do aço e do minério de ferro", disse a analista da Argonaut Securities Helen Lau em nota a clientes.
O minério com entrega imediata no porto chinês de Tianjin subiu 7 por cento, para 50,30 dólares por tonelada, o maior nível desde 27 de outubro, segundo dados compilados pelo The Steel Index.
O índice de referência do minério saltou quase 9 por cento na semana passada, maior alta semanal desde abril.
(Por Manolo Serapio Jr)
Dólar cai em direção a R$3,95 por bom humor com China e petróleo
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar recuava em direção a 3,95 reais nesta segunda-feira, após a China adotar novas medidas para enfrentar a turbulência nos mercados financeiros e em meio a nova alta dos preços do petróleo.
Às 10:29, o dólar recuava 1,18 por cento, a 3,9760 reais na venda, após avançar 0,83 por cento na semana passada. Na mínima desta sessão, a moeda chegou a 3,9581 reais.
"A semana começa com um tom favorável nos mercados internacionais. Resta saber se vai durar, porque o mercado tem estado muito volátil nas últimas semanas", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa.
No fim de semana, a China removeu o chefe da agência reguladora de mercados de capitais e indicou em seu lugar um alto executivo do setor bancário. Sinais de que o governo chinês está intensificando seus estímulos também contribuíam para o bom humor.
Outro fator positivo era a alta dos preços do petróleo, após a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) informar que espera que a produção de xisto nos Estados Unidos recue neste ano e no próximo, possivelmente aliviando a sobreoferta global.
No cenário local, investidores continuavam apreensivos com as perspectivas fiscais para o Brasil, após o governo anunciar propostas que abrem espaço para novo déficit primário em 2016.
"Não tem como fugir, o câmbio vai continuar volátil por bastante tempo. O governo ainda não tem credibilidade com o mercado e isso faz o investidor trabalhar no curtíssimo prazo", disse o operador de uma corretora internacional.
Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março, que equivalem a 10,118 bilhões de dólares, com oferta de até 11,9 mil contratos.
(Por Bruno Federowski)
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