Diretor do BC ouve preocupações renovadas com crise externa e cenário fiscal no país, dizem fontes
BRASÍLIA (Reuters) - O diretor de Política Econômica do Banco Central, Altamir Lopes, ficou mais calado em reunião com economistas, após adotar uma postura mais ativa na véspera, e ouviu preocupações apontadas pelos participantes com as incertezas externas e com o conturbado cenário fiscal no país.
Segundo duas fontes ouvidas pela Reuters que estiveram no encontro desta terça-feira em São Paulo, Lopes falou pouco e incentivou os presentes a avaliarem os impactos da crise internacional no Brasil.
A primeira fonte apontou que, usualmente, o cenário externo é tratado após temas domésticos, o que não aconteceu desta vez, numa sinalização de que o tópico ganhou mais relevância.
Os economistas, segundo a mesma fonte, estão enxergando muita incerteza sobre os rumos da economia global e como isso poderá impactar o Brasil.
"Será quadro pra gente aguardar e ver o efeito líquido que isso vai ter com, de um lado, o câmbio depreciando, e, de outro, preço de commodities caindo", afirmou. "Não há unanimidade, nem perto disso, dos economistas."
As duas fontes também destacaram a preocupação levantada pelos participantes com o estado das contas públicas e com a meta fiscal de 2016, já vista como "missão impossível".
"A percepção de risco fiscal aumentou, então cada vez mais as pessoas estão discutindo risco de ter que socorrer banco, Petrobras <PETR4.SA>, Estados e municípios quebrados...", disse a primeira fonte.
Na véspera, o encontro trimestral de Lopes com economistas foi no Rio de Janeiro, onde o diretor do BC foi mais participativo e reforçou um discurso menos duro em relação à política monetária. [nL2N15U0ST]
(Por Marcela Ayres)
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