Silvinho Pereira se diz 'à disposição' da Lava Jato e preocupa o PT
Apontado pelo lobista ligado ao PT e delator da Operação Lava Jato Fernando Moura como um dos precursores do esquema de propinas instalado na Petrobras, em 2003, no início do primeiro mandato do ex-presidente Lula, o ex-secretário-geral do partido Sílvio Pereira comunicou ao juiz federal Sérgio Moro que se dispõe a "prestar os esclarecimentos porventura necessários". Subscrita pelos advogados Mariângela Tomé Lopes e André Augusto Mendes Machado, a petição ao juiz da Lava Jato se reporta às informações divulgadas nas últimas semanas sobre a delação premiada de Moura, preso em agosto de 2015 na Operação Pixuleco, a 17ª fase da operação.
Desfiliado do PT desde 2005, ano em que ficou conhecido como "Silvinho Land Rover" por ter sido presenteado com um jipe da marca britânica pelo dono da GDK, empresa que tinha contratos com a Petrobras, Pereira é um personagem emblemático da histórica política recente do país. No escândalo do mensalão, ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República pelo crime de formação de quadrilha, mas acabou contemplado com um acordo homologado pela Justiça. O ex-secretário-geral petista foi o único dos 40 acusados no mensalão a ter essa oportunidade, porque a pena prevista para o delito que lhe foi imputado era inferior a um ano de prisão.
Para obter a suspensão condicional do processo criminal, Pereira teve de prestar serviços comunitários na subprefeitura do Butantã, zona oeste de São Paulo. Ele cumpriu uma jornada de 750 horas como avaliador da situação de praças, fiscalizou poda de árvores e desobstrução de bocas de lobo.
Leia a notícia na íntegra no site da Veja como informações do Estadão Conteúdo.
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