Ações na Europa atingem menor nível desde setembro de 2013 e bancos estendem perdas
As ações europeias caíram pela sétima sessão seguida nesta terça-feira para tocar o menor nível em mais de dois anos com preocupações sobre o impacto dos bancos sobre as sustentadas baixas taxas de juros que mantêm o sentimento frágil.
O índice pan-europeu FTSEurofirst 300 perdeu 1,6 por cento para fechar em 1.219 pontos depois de cair até 2,6 por cento no menor nível desde setembro de 2013.
O índice europeu de bancos caiu 4 por cento, revertendo ganhos de segunda-feira de 5,6 por cento. O índice teve a sétima queda seguida, a pior perda semanal desde 1998, com investidores preocupados com a ameaça à lucratividade dos bancos e força do capital de margens comprimida por taxas de juros.
As ações do Deutsche Bank caíram 4,3 por cento. As ações caíram 9,5 por cento na segunda-feira sob preocupações de sua habilidade de manter o pagamento de títulos.
Ainda no setor bancário, o UniCredit caiu 7,9 por cento com resultados melhores do que o esperado incapazes de tranquilizar investidores. Credit Suisse, UBS e Barclays tiveram quedas entre 4,6 e 8,4 por cento.
Analistas disseram que o setor estava propenso a uma fraqueza adicional a curto prazo. Entre os poucos ganhadores, Vestas subiu 4 por cento depois do maior fabricante de turbinas eólicas do mundo superar as previsões de lucros, enquanto a Telecom Italia subiu 3,6 por cento sob expectativas do novo plano de negócios da companhia telefônica italiana na próxima semana.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 1 por cento, a 5.632 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,11 por cento, a 8.879 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,69 por cento, a 3.997 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve baixa de 3,21 por cento, a 15.913 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou queda de 2,39 por cento, a 7.927 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 caiu 2,39 por cento, a 4.657 pontos.
Bolsas europeias operam em baixa pressionadas pelo setor financeiro (na FOLHA)
Os mercados europeus voltaram a cair nesta terça-feira (9), puxados pelas ações de bancos e ainda afetados pela sessão de baixas da véspera vistas tanto na Europa quanto nos Estados Unidos.
Persistem os temores em relação ao setor financeiro e as dúvidas em relação ao crescimento da economia global.
As principais bolsas europeias operam no terreno negativo, ainda que menos acentuado nesta segunda-feira (8)
Há pouco, a Bolsa de Paris caía 2,14%; Frankfurt, -1,52%; Madri, -2,51%; Milão, -3,2%; e Londres, -1,07%. Faltando uma hora e meia para fechar, a bolsa de Atenas perdia quase 5%.
"Os operadores esperavam uma semana tranquila devido ao fechamento dos mercados chineses em função no Ano Novo Lunas. Mas, ao contrário, tem sido brutal", disse Michael Hewson, analista da CMC Markets.
Na Ásia, a Bolsa de Tóquio fechou em baixa de 5,4%.
Em Wall Street, o Dow Jones perdia 0,27% por volta das 12h45. No mesmo horário, o S&P 500 caía 0,90%.
A bolsa brasileira está fechada para o Carnaval e reabre na quarta-feira (10) à tarde.
Bolsas europeias voltam a despencar por medo da recessão (no EL PAÍS)
As Bolsas europeias não conseguem se recuperar. Após uma abertura com leve aumento, os principais mercados europeus fecharam a terça-feira no vermelho com quedas generalizadas nos principais índices.
Um dos mais castigados entre os principais mercados é o Ibex espanhol, com uma queda de 2,39%, seguido pelo FTSE Mib italiano e o CAC 40 francês, que caíram 2,57% e 1,63% respectivamente. Frankfurt caiu 0,94% e Londres, 0,87% em outro dia ruim para os investidores. Os mercados foram afetados pela incerteza diante do crescente risco de recessão sobre a economia global e as dúvidas sobre a saúde dos bancos em vários países europeus, entre eles a Alemanha — com o gigante Deutsche Bank com problemas — e a Itália. O petróleo, transformado nos últimos meses em referências dos investidores, se mantém praticamente plano e deixa de ser uma desculpa para a tormenta nas bolsas.
O índice espanhol acumula uma queda de quase 17% em 2016. Mas é o mercado italiano que soma as maiores perdas deste ano — por lá, a queda já ultrapassou os 25% pelas dúvidas sobre a saúde de seus bancos.Com a queda das Bolsas, os prêmios de risco dos países periféricos voltaram a subir. O diferencial entre o bônus espanhol a 10 anos e os bônus alemães fechou em 151 pontos, nível semelhante aos 153 do fechamento de segunda-feira.
Todos os mercados europeus acumularam enormes perdas na segunda-feira. A Bolsa espanhola caiu 4,4%. A italiana, quase 4,7%. Os mercados dos Estados Unidos também tiveram fortes quedas durante a maior parte de sua sessão, mas suavizaram o golpe ao final do dia com uma queda de 1,1%. Dessa forma os principais mercados permaneceram fechados pela comemoração do Ano novo chinês. A Bolsa de Tóquio (Japão), entretanto, permaneceu aberta e também terminou no vermelho, despencando 5,4%, sua maior queda desde as perdas do final de agosto, quando os mercados caíram pelo temor da real situação da economia chinesa.
Os investidores temem uma nova manifestação da Grande Recessão, dessa vez com epicentro nos países emergentes. Os últimos dados da produção industrial na Alemanha, referentes a dezembro e tornados públicos na terça-feira, mostram um enfraquecimento do setor secundário alemão pela queda da economia chinesa, que acaba de ser desbancada pela Índia como a economia de crescimento mais rápido do G20. O gigante asiático é o quarto maior comprador de produtos alemães.
Também existem dúvidas sobre a situação real de boa parte dos bancos europeus após o gigante alemão Deutsche Bank cair quase 10% na segunda-feira e os principais bancos italianos sofrerem fortes quedas. No gigante alemão, são avaliadas as dúvidas sobre sua solvência, após os resultados ruins apresentados duas semanas atrás e após o conhecimento de que seu custo de financiamento disparou desde agosto. A direção do Deutsche Bank reafirmou na terça em um comunicado sua capacidade para realizar o pagamento de seus bônus mais arriscados, os chamados CoCos, e frisou sua “forte posição de capital”.
No caso das entidades transalpinas, as dúvidas estão na configuração do bad bank (entidade financeira que compra os chamados ativos tóxicos [ativos contabilizados no balanço de um banco por um valor supervalorizado] com a finalidade de salvar o sistema financeiro) que deveria permitir aos bancos desfazerem-se de seus ativos tóxicos. Esses fatores somam-se às dificuldades no negócio tradicional de todos os bancos da zona do euro em uma região de juros zero e com a euribor (European Interbank Offered Rate — uma das principais taxas de referência do mercado monetário da zona euro) no negativo.
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