Depois de uma primavera seca, chuvas se regularizam no Centro-Oeste e devem continuar ao longo de janeiro
Após sofrer uma primavera bastante seca, o Brasil Central deve voltar a receber bons volumes de chuva até janeiro. Em algumas regiões como Mato Grosso, Tocantins, Bahia e Goiás já começaram a apresentar precipitações mais regulares nas últimas semanas.
Essa melhora nas condições climáticas tem beneficiado a cultura da soja nessas localidades. De acordo com o meteorologista da Climatempo, Alexandre Nascimento no MT, oeste de MS, DF e no centro-norte de GO, a previsão para os próximos dias é de pancadas de chuva que intercalam com rápidas aberturas de sol.
Nós últimos dez dias as chuvas em toda a faixa que cobre desde a Amazônia até o sul de Minas, passando por Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo, tiveram um acumulado médio de 100 mm. Já a região sul, especialmente o Rio Grande do Sul, teve um descanso no intenso volume de chuvas que vinham castigando o estado no segundo semestre de 2015.
Nos próximos 15 dias é esperado mais 200 mm de chuvas para a região Centro-Oeste, o que deve regularizar as condições das lavouras nesses estados. "No Matopiba também é esperado precipitações até acima da normalidade para algumas localidades, como no sul do Maranhão, Piauí e Bahia, assim como no Tocantins", explica Nascimento.
Ainda assim, o meteorologista afirma que as chuvas devem irregulares nessas regiões, mas em melhores condições do que vinham apresentando.
Sul
Os modelos meteorológicos indicam que a região sul ainda terá forte influencia de frentes frias, mas o volume de chuva reduzirá significativamente nesses Estados, "e os intervalos entre as precipitações começam a ser maiores a partir de agora", ressalta Nascimento.
Sudeste
A maior preocupação para essa região é o Espírito Santo que tem recebido baixo volume de chuvas nos últimos meses. Segundo o agrometeorologista, a exemplo do que ocorre na região litorânea do Nordeste, o ES deve continuar com precipitações bastante irregulares, o que preocupa os produtores de café robusta.
Para as regiões produtoras de arábica, as chuvas já começaram a se normalizar e devem ocorrer com maior força na segunda quinzena do mês de janeiro.
Comparativo de chuvas entre os meses de 2014 e 2015:
1 comentário
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Angelo Miquelão Filho Apucarana - PR
Em áreas onde houveram perdas acentuadas não há chuva que faça milagres, o tempo da soja já passou. Em áreas de re-plantio a produtividade também já foi comprometida, isso é fato incontestável! O que vai ocorrer daqui para frente é pressão psicológica e especulações em torno da real situação... Mesmo onde as chuvas são intensas, onde sobram (como no Paraná), há perdas importantes! Ou seja, quem tiver folego para guardar a colheita vai ter bons preços à disposição, pois os chineses precisam comprar, seja do Brasil ou dos EUA, isso não vem ao caso..., os preços irão crescer, quer queiram ou não!
Acho que você tem razão Sr. Angelo, com todo o efeito, a bomba de hidrogênio é da China, em todas as bolsas mundiais, efeitos devastadores só por uma alta de juros de 0,25% nos juros americanos, o preço da soja e do milho estão consolidados, quer dizer, tudo indicava queda forte e ao invés disso, até agora, o preço está consolidado nos 8,60. Longe de fazer pressão psicológica, gosto de especular, manipular dados para traçar cenários, e um modelo de cálculo que me veio à cabeça é o seguinte: Normalmente os produtores plantam de 20 à 25% da área de soja precoce, uns um pouco mais, outros menos. Bem, os primeiros relados dão conta de uma produtividade, no PR, entre 40 e 50 sacas/ha, arredondando 45. Vamos lá, comparando com a produtividade média do ano passado, segundo o mesmo entrevistado que foi de 60 sc/ha, temos uma perda de, veja só, 25% redondo. Agora, ampliando esse cálculo para o Brasil, temos para uma produção estimada em 100 mi de ton, uma perda de 25% em 22,5 mi de ton, dá um total de 5,6 mi de ton perdidas só na soja precoce. Essa é realmente uma possibilidade, podendo a perda total chegar ao dobro disso, mas ao mesmo tempo, mesmo que disso tivéssemos certeza absoluta, até quanto vai subir? Qual será o teto? O que penso é o seguinte, só especula alto, quem pode perder muito, ou deixar de ganhar, e a maioria pensa que especulador só ganha, o que não é de modo nenhum verdade, pois quem especula pode perder também, ou deixar de ganhar. A maioria quando deixa de ganhar, mesmo não tendo perdido nada, sente a mesma dor de como se tivesse realmente perdido.