PF fará acareação entre Bumlai e Baiano sobre propina para campanha de Dilma

Publicado em 15/12/2015 22:00
Objetivo é esclarecer o papel do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci na arrecadação de dinheiro, em veja.com (+ UOL + FOLHA)

A Polícia Federal pretende promover uma acareação no início de janeiro entre o pecuarista José Carlos Bumlai e o lobista Fernando Baiano para esclarecer o papel do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci, homem forte dos governos Lula e Dilma, na arrecadação de propina utilizada na campanha da petista em 2010. Bumlai depôs nesta terça-feira nas investigações sobre a atuação de Palocci no escândalo do petrolão e negou ter promovido uma aproximação entre o ex-ministro e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa para a discussão de dinheiro sujo ao processo eleitoral.

Em acordo de delação premiada, o lobista Fernando Baiano disse à força-tarefa da Lava Jato que o pecuarista amigo do ex-presidente Lula agendou a reunião em que Palocci teria pedido 2 milhões de reais para a campanha de Dilma em troca do apoio do PT à permanência de Costa no cargo de cúpula da Petrobras. Na versão de Bumlai, porém, ele próprio só se encontrava com Palocci "de vez em quando" e durante reuniões do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), grupo de empresários e autoridades que se reunia no governo Lula para discutir propostas de políticas públicas.

Em novo depoimento à Polícia Federal, Bumlai disse que tinha apenas "relações comerciais" com Fernando Baiano. Voltou a comentar que é amigo do ex-presidente Lula e negou ter laços de amizade com políticos do PT.

O caso de Antonio Palocci tramita na 1ª instância, em Curitiba, porque o petista não tem direito a foro privilegiado. Em março, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia determinado que fossem enviadas para o juiz Sergio Moro as suspeitas de que o ex-ministro arrecadou propina para a campanha presidencial de 2010.

Em acordo de delação premiada, o ex-diretor Paulo Roberto Costa afirmou que, em 2010, o doleiro Alberto Youssef intermediou, em nome de Palocci, propina de 2 milhões de reais para a campanha de Dilma. Os valores deveriam ser retirados da propina de 2% cobrada pelo Partido Progressista (PP) em contratos com a Petrobras. "No ano de 2010, [Paulo Roberto] acredita que quando Antonio Palocci já não ocupava nenhum cargo no governo federal, recebeu uma solicitação, por meio de Alberto Youssef, para que fossem liberados 2 milhões de reais do caixa do PP, para a campanha presidencial de Dilma Rousseff", diz trecho da delação do ex-diretor da petroleira.

"O declarante autorizou referida entrega, sendo que Youssef operacionalizou o pagamento e confirmou ao declarante posteriormente", afirmou Costa ao Ministério Público. O doleiro Alberto Youssef, porém, contestou oficialmente a versão. A defesa de Antonio Palocci nega as acusações.

O empresário e pecuarista José Carlos Bumlai é escoltado por policiais federais enquanto deixa o Instituto de Ciência Forense em Curitiba (PR) - 24/11/2015 O empresário e pecuarista José Carlos Bumlai é escoltado por policiais federais enquanto deixa o Instituto de Ciência Forense em Curitiba (PR) - 24/11/2015(Rodolfo Buhrer/Reuters)

À PF, Bumlai fala do caso Celso Daniel

Amigo de Lula disse que repassou 12 milhões de reais para o caixa do PT – e só quando Valério ameaçou contar o que sabia descobriu que parte do dinheiro foi repassada a chantagista

 

SUPERCREDENCIAL - José Carlos Bumlai, amigo íntimo do presidente Lula, estava autorizado a entrar quando quisesse, na hora em que bem entendesse
Bumlai confessou ter repassado empréstimo milionário no banco Schahin ao caixa dois do PT(Cristiano Mariz/VEJA)

Reportagem de capa de VEJA revelou em novembro de 2012 que o publicitário Marcos Valério procurou o Ministério Público citando três personagens sobre os quais teria muito que dizer: o ex-presidente Lula, o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel. Condenado a mais de 40 anos de cadeia no julgamento do mensalão, Valério contou que o PT lhe pediu para conseguir dinheiro para calar um empresário que ameaçava envolver Lula no caso Celso Daniel. O operador do mensalão afirmou que não quis se envolver na história, mas que o dinheiro da chantagem acabou sendo pago pelo pecuarista José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, por meio de um empréstimo contraído no Banco Schahin. Preso pela operação Lava Jato, Bumlai foi questionado pela Polícia Federal sobre o caso - e descreveu a negociação do empréstimo.

Conforme revelou VEJA, Valério disse ter sido convocado pelo PT em 2003 para uma reunião com Ronan Maria Pinto, empresário de Santo André apontado pelo Ministério Público como integrante de um esquema de recolhimento de propina incrustado na prefeitura da cidade na gestão de Celso Daniel. A missão passada a Valério seria conseguir dinheiro para calar o empresário, que ameaçava envolver Lula e o ex-ministro Gilberto Carvalho no misterioso caso do assassinato do ex-prefeito. "Nisso aí eu não me meto não", teria respondido o publicitário.

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Empréstimo a Bumlai foi ligado por Marcos Valério ao caso Celso Daniel

José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente Lula preso em Curitiba por envolvimento no escândalo da Petrobras, confessou ontem em depoimento à Polícia Federal que tomou emprestados 12 milhões de reais do banco Schahin em 2004 e repassou 6 milhões ao caixa dois do PT de Santo André. Outra parte do dinheiro, conta o amigo de Lula, foi enviada a Campinas (SP) para quitar dívidas de campanha.

Bumlai afirmou ao delegado federal Filipe Hille Pace, no entanto, que não sabia qual seria o destino do dinheiro e só descobriu quando Marcos Valério ameaçou contar o que sabia ao MPF. O pecuarista confessou também que sua dívida com o banco nunca foi quitada e o pagamento que anteriormente declarou ter feito, por meio da venda de embriões bovinos, foi uma simulação. A dívida de Bumlai com o Schahin, segundo o Ministério Público Federal, foi perdoada quando a empresa passou a operar o navio sonda Vitória 10 000, da Petrobras, num contrato de 1,6 bilhão de reais.

Caso Celso Daniel - Prefeito de Santo André e coordenador da campanha de Lula, Celso Daniel foi sequestrado ao sair de uma churrascaria e morto em circunstâncias misteriosas em janeiro de 2002. O caso chocou o país. As investigações também: seguindo um estranho roteiro, a procura pelos assassinos esbarrava sempre em evidências de corrupção. E mais mortes. Sete pessoas ligadas ao crime morreram em circunstâncias também misteriosas, entre acusados, testemunhas, um agente funerário, um investigador e o legista do caso.

Conforme a versão da polícia, abraçada pelos petistas, Celso Daniel foi vítima de crime comum: extorsão mediante sequestro, seguido de morte. Já familiares afirmam desde o início do caso que a morte do prefeito é um crime político em torno de um esquema de propina em Santo André que era do conhecimento da cúpula petista. É também a tese do Ministério Público: desentendimentos sobre a partilha dos recursos teriam motivado o assassinato.

 

Dilma e Temer são parte do mesmo problema, por Josias de Souza (UOL)

Já não havia muitas dúvidas. Mas o penúltimo lance da Lava Jato revelou que a política conduziu o Brasil para uma espécie de beco sem saída. Dilma Rousseff encontra-se cercada de aliados tóxicos. E Michel Temer, a alternativa constitucional, toca trombone sob o imenso telhado de vidro do PMDB.

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Operação Lava Jato da PF236 fotos

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15.dez.2015 - Movimentação de policiais federais em frente à casa do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. A Polícia Federal faz nesta terça-feira (15), por ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), uma operação de busca e apreensão na casa de Cunha. O deputado é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro pela Procuradoria-Geral da República nas investigações da Operação Lava Jato Leia mais Fábio Motta/Estadão Conteúdo

Nas primeiras horas desta terça-feira (15), um auxiliar de Dilma celebrava o fato de a Polícia Federal ter varejado a intimidade de Eduardo Cunha às vésperas da reunião do STF sobre o processo de impeachment. Mais tarde, ao saber que a ação policial fora bem mais ampla, o colaborador da presidente reteve os fogos.

Varejaram-se também os endereços de cupinchas de Renan Calheiros. Gente como o ex-senador Sérgio Machado, um apadrinhado que Renan manteve por 12 anos na presidência da Transpetro, braço naval da Petrobras. Ou o deputado Aníbal Gomes, acusado de intermediar rendosos petronegócios em nome do presidente do Senado.

Os agentes federais só não tocaram a campainha de Renan, hoje o principal aliado de Dilma no Congresso, porque o ministro Teori Zavascki, do STF, indeferiu o pedido da Procuradoria da República. O receio de Dilma é o de que a atmosfera conturbada que seu governo respira na Câmara contamine também o Senado, responsável pelo eventual julgamento do impeachment.

Como se fosse pouco, as batidas policiais alcançaram os endereços de dois ministros das safras mais recentes de nomeações de Dilma: Henrique Alves (Turismo) e Celso Pansera (Ciência e Tecnologia). Ambos do PMDB. O primeiro ligado ao vice-presidente Michel Temer. O outro, tachado de “pau mandato de Eduardo Cunha'' pelo delator Alberto Yoysseff, foi à Esplanada por indicação de Leonardo Picciani, que acaba de ser apeado da liderança do PMDB por excesso de governismo.

Em nota, o Planalto disse esperar “que todos os fatos investigados na nova fase da Operação Lava Jato, envolvendo ministros de Estado e outras autoridades, sejam esclarecidos o mais breve possível, e que a verdade se estabeleça.” Mais: “Que todos os investigados possam apresentar suas defesas dentro do princípio do contraditório, e que esse processo fortaleça as instituições brasileiras.”

Quer dizer: o governo não tem o que dizer. Afastar os ministros sob suspeição? Nem pensar! Isso irritaria o PMDB, sócio majoritário do conglomerado govenista. A exemplo de Dilma, também o seu vice está condenado ao silêncio. A maioria dos encrencados do PMDB é composta de interlocutores de Temer, não de desafetos.

Na noite de segunda-feira, Cunha conversara com Temer. Acertaram a convocação de uma reunião da Executiva do PMDB. Na pauta, a instalação de um ferrolho na porteira do partido. Deseja-se impedir a entrada de deputados recrutados em outros partidos com o propósito de reforçar o grupo que deseja devolver Leonardo Picciani à liderança do PMDB. A PF transformou essa pauta em piada.

Presidente do PMDB, Temer decidiu que não irá à reunião da Executiva que ele próprio convocou. Delegará a condução dos trabalhos a um dos vice-presidentes da legenda. Uma ala do partido já defende o cancelamento do encontro, sob a alegação de que eventuais decisões podem ser tomadas isoladamente por Temer, para posterior ratificação do colegiado.

Eduardo Cunha defende algo mais impactante: deseja que a Executiva inclua na pauta a antecipação da convenção em que o PMDB discutirá em março de 2016 o rompimento com o governo Dilma. Como sempre, Cunha se diz vítima de perseguição. Acusa o governo de retaliá-lo por ter deflagrado o processo de impeachment. É mais ou menos como se um rato colocasse a culpa no queijo.

Chega-se, assim, ao beco sem saída. Fica-se com a impressão de que o Brasil só se salva recomençando do ponto em que começa a filosofia: no início absoluto.

 

Economia de outro impeachment

Por VINICIUS TORRES FREIRE, na FOLHA DE S. PAULO

Caso Dilma Rousseff seja deposta, seu ministro da Fazenda, Joaquim Levy, estará fora do governo, claro. Caso Dilma Rousseff permaneça, Levy estará dentro do nada.

O ministro estreou no cargo com um plano ambicioso de "reformas". Foi lascado mês a mês, até restar agora o toco no qual discute décimos de um superavit primário em que ninguém acredita, de uma política econômica que não existe, política na qual jamais acreditou essa presidente.

Levy terá existência decorativa a não ser que uma sobrevivente Dilma Rousseff na prática renuncie em seu nome, lhe dê "carta branca" e, de quebra, quase tão inviável, sobrevenha um acordo político a fim de dar sustentação ao governo dessa presidente na prática exilada.

A composição dessas duas probabilidades mínimas resulta em nanoprobabilidades: não vai acontecer. Caso permaneça no cargo, Levy terá sorte se puder tocar uma política econômica "feijão com arroz", muito insuficiente, dado o tamanho do nosso desastre osso duro de roer, que pede muita carne e tutano.

O diagnóstico, de resto, vale também para um governo que venha a suceder o de Dilma Rousseff, em caso de deposição.

Lembre-se de Itamar Franco. Assumiu sob um pacto precário, que não passava do começo da dispersão do desfile que depôs Fernando Collor. Entre sua posse provisória em outubro de 1992 e maio de 1993, Itamar teve três ministros da Fazenda. Cada um durou dois meses e meio.

Todos assumiram com diagnósticos corretos e razoáveis do que fazer da economia ("ajuste fiscal", bidu, "reformas", juros altos, abertura etc.). Além de rolos circunstanciais ou anedóticos, foram triturados e caíram porque não tinham crédito, representatividade ou projeto de longo prazo crível e politicamente articulado. A economia reencaminhava-se para a hiperinflação. O país debatia, bidu, a revisão da Constituição de 1988, marcada para 1993. Dizia-se então, mais ou menos como agora, que o governo do Brasil era economicamente inviável com a "Constituição Cidadã".

Em medida importante, Itamar renunciou ao governo da economia quando deu carta branca a Fernando Henrique Cardoso, que nomeou ministro da Fazenda em maio de 1993, uma espécie de rendição incondicional, dada a ruína crescente.

FHC não foi apenas capaz de rapidamente arranjar apoios, da elite mundial aos poderes brasileiros. Arrumou uma equipe de economistas respeitáveis, em parte mais sabida porque curtida nos fracassos dos planos anti-inflacionários dos anos 1980. Mais importante, FHC articulou, como diz hoje, um novo "bloco de poder", do que fala com conhecimento prático de causa. Encarnava a reforma da ordem econômica da Constituição de 1988 e parecia um candidato confiável e capaz de derrotar Lula da Silva, então o terror de muitas elites.

O "Plano FHC", como um dia se apelidou o Real, era muito mais que um plano de combate à inflação. Em 1998, FHC diria o seguinte, com a modéstia e ironia habituais, mas certeiro: "Quem acredita em economista? Eu sou sociólogo, por isso que o plano deu certo".

Note-se, ao pé da página: a queda de Levy pode dar em coisa ainda pior, mas sua permanência nas atuais condições tende a fazer menos e menos diferença.

 

A que horas vem o povo?

Por ELIO GASPARI, na FOLHA DE S. PAULO

Quem foi para a rua em 2013 e viu a polícia do governador Geraldo Alckmin ligar o motor das manifestações que passaram a influenciar a política nacional estarreceu-se com o resultado da pesquisa do Datafolha feita na avenida Paulista na tarde de domingo. Há dois anos a rua foi ocupada por muita gente que ia ao centrão de São Paulo, andava de ônibus e pedia o cancelamento de um aumento de tarifas nos transportes públicos. Domingo, pediam o impedimento da presidente da República.

A manifestação de 2013 não tinha articulações políticas mas a de domingo era depositária das esperanças de Eduardo Cunha, que luta pela sobrevivência política e até mesmo pela liberdade pessoal. Além dele, o impedimento da doutora Dilma interessa à banda de deputados que controla, ao PSDB, a boa parte do PMDB e ao vice-presidente Michel Temer. Todos ajudaram a colocar Cunha na presidência da Câmara. Um verdadeiro saco de gatos onde entraram bichos de outras espécies.

Todos sabem que o impedimento da doutora depende da rua. O Datafolha mostrou a rua que estava na avenida Paulista.

Foram ouvidas 1.351 pessoas. Numa época em que é enorme a desilusão com o governo de Dilma, só 3% dos manifestantes haviam votado nela. Perto da metade das pessoas entrevistadas (44%) tinham renda familiar superior a R$ 7.880 mensais. Para 4%, ela era superior a R$ 39.400. (A renda média das famílias de São Paulo é de R$ 4.151.)

Havia 40 mil pessoas na rua, mas a rua não foi para a avenida. Elas não eram sequer um bloco representativo do eleitorado de Aécio Neves, apenas uma amostra do seu estrato superior. Mesmo assim, 40 mil manifestantes são gente para ninguém botar defeito. Em 1983, quando o PT quis mostrar sua força arrancando sozinho numa campanha pelas eleições diretas, levou 15 mil pessoas para a frente do estádio do Pacaembu.

Se o Brasil é uma Belíndia, uma parte da Bélgica saiu de casa, mas a Índia, que estava desacompanhada em 2013, faltou ao encontro.

Seria exagero espichar os números da Datafolha para concluir que a rua ficará fora de uma crise que vai se agravar, mas na Paulista viam-se alguns dos ingredientes que afastaram a Índia e uma parte da Bélgica desse domingo na avenida.

Fazia um calor de rachar e a tripulação de um dos carros de som abandonou a área ensolarada que lhe servia de palanque. Ligaram uma gravação aos alto-falantes e foram para a sombra.

Se 98% dos entrevistados pelo Datafolha queriam que Dilma fosse embora (o óbvio), só 19% faziam fé num governo de Temer (ótimo ou bom) e 28% anteviam-lhe um desempenho ruim ou péssimo. Para 72%, Temer fará melhor que Dilma mas 21% acham que vai se trocar seis por meia dúzia. (Numa próxima manifestação, seria bom procurar a percentagem das pessoas interessadas em mandar a Constituição de 1988 para o espaço.)

O pedaço da Bélgica que foi para a avenida é capaz de perder uma tarde de domingo para pedir a saída de Dilma, mas expõe sua incerteza em relação ao próximo passo. A confusão aumenta quando se vê que 91% dos manifestantes querem a cassação do mandato de Eduardo Cunha.

Em Brasília, os sábios do tucanato articulam um provável ministério de Temer, que se mantém a prudente distância de Cunha. Todos acreditam que essa armação será consagrada pelo ronco da rua. 

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Fonte:
veja.com + UOL + FOLHA

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1 comentário

  • Carlos Massayuki Sekine Ubiratã - PR

    Dói muito saber o quanto estamos abaixo das nossas possibilidades. O Brasil é um gigante muito maior do que a miudeza desses parasitas corruptos que tomaram o poder. Não somos qualquer republiqueta de bananas, somos um país-continente, abençoado por Deus e com um potencial enorme. Temos recursos naturais abundantes e gente que, apesar de pouco educada, em sua maioria é trabalhadora e em idade produtiva. Não temos furacões, terremotos ou nevascas, nem guerras ou conflitos, a não ser aqueles promovidos por baderneiros e terroristas a soldo do governo. Temos tudo para crescer. O problema é que o país está entregue a uma quadrilha que é muito maior do que pode parecer à primeira vista, pois envolve, além dos políticos, os empresários apadrinhados, funcionários públicos, marajás da previdência, grupos de interesse como sindicatos, ONGs, movimentos sociais etc...todos parasitas do sistema. Vivemos em um país onde o trabalho, o estudo, a honestidade e a meritocracia não têm valor. Criou-se uma sociedade baseada na esperteza, onde não há estímulo para produzir riqueza, e sim para pilhar o que é produzido pelos outros.

    Ayn Rand, filósofa e escritora russa do século passado, descreveu bem essa situação:

    "Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem nada produz; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pela influência, mais que pelo trabalho; e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a honestidade se converte em sacrifício, então poderá afirmar, sem receio de errar, que sua sociedade está condenada".

    A situação descrita pela filósofa se refere à Rússia comunista, mas a similaridade com o caminho que o nosso país está tomando é assustadora. O país está tomado pela corrupção, sufocado pela burocracia e imobilizado pelo peso do Estado. Típico de regimes socialistas, alguns poucos, ligados ao governo, estão ficando ricos à custa do nosso trabalho, enquanto o país afunda na crise.

    Não podemos permitir que a nossa sociedade seja condenada. Temos que tirar essa quadrilha do poder e retomar as rédeas do nosso futuro.

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    • Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR

      Sr. Carlos, a presidenta do país prima pela instabilidade, está em seu imo. Veja no seu comportamento, a "estabilidade" de suas falas, após sua explanação, como "estocar vento", nem com uma banca de especialistas analisando-os há um consenso, do quis se dizer.

      Quanto ao seu governo, ela atuou em todas as frentes, provocou: INSTABILIDADE política, INSTABILIDADE econômica, INSTABILIDADE social.

      Ouso afirmar que:

      A EX-TERRORISTA É UM "TERROR AMBULANTE" !!!

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    • João Alves da Fonseca Paracatu - MG

      Sr.Carlos ,quando o povo votou e elegeu o Lula,o sindicalista que se dizia metalúrgico,mas que nunca passou de um bom falante,agitador e que a história mostrará como um dos maiores engodo já visto e este se valendo das prerrogativas que tinha nos impôs esta senhora Dilma que sequer foi capaz de gerir uma lojinha de 1,99...Tudo isto associado a um idealismo de manutenção do poder,corrupção desenfreada,apoderamento dos bens públicos como se fossem seus,incompetência e irresponsabilidade...O brasil ainda vai sair desta ,mas vai ser bem machucado.Saudações mineiras,uai!

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    • Carlos Massayuki Sekine Ubiratã - PR

      Tomara que saia Sr. João, mesmo que machucado, e que as cicatrizes que ficarem sirvam de lição para que o que está acontecendo agora não volte a acontecer. Dilma faz parte do resquício, do último ranço daqueles que tiveram o sonho de implantar no Brasil um regime comunista como o de Cuba e foram impedidos pelos militares. Esse sonho que no resto do mundo virou pesadelo e, graças a Deus, virou passado. Que este último "ranço" vá embora junto com Dilma e seus companheiros e nunca mais volte.

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