Suíno Vivo: Preços contrariam expectativa de mercado e apenas MG e GO registram alta na semana
Nesta sexta-feira (04), os preços para o suíno vivo voltaram a registrar estabilidade. Apesar do bom desempenho nas exportações – que atingiu maior volume do ano -, no cenário doméstico a comercialização segue lenta para o período do ano. Além disto, poucas praças registraram mudanças de preços.
Em Santa Catarina, a bolsa de suínos voltou a definir referência estável para a praça, que segue negociando a R$ 3,70/kg. Segundo o presidente da ACCS (Associação Catarinense de Criadores de Suínos), Losivânio de Lorenzi, a estabilidade é motivo de preocupação para o setor, que apostava em alta de preços para as festas de final de ano.
No estado de São Paulo, o cenário também foi de estabilidade de preços. No início da semana, a bolsa de suínos de São Paulo definiu referência entre R$ 82 a R$ 83/@, o mesmo que R$ 4,37 a R$ 4,43/Kg. Já em Rio Grande do Sul, a ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) divulgou sua pesquisa semanal, que definiu preço médio em R$ 3,89/kg, assim como na referência anterior. A saca de milho teve aumento e o valor médio ficou em R$ 33,40, enquanto a tonelada do farelo de soja teve recuo, negociado a R$ R$ 1.262,50.
De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apenas Minas Gerais e Goiás registraram alta nesta semana – de 4,88%. Segundo informações da ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), apesar do acréscimo, há a dificuldade de repassar os preços ao consumidor final. Por outro lado, suinocultores esperam que com o recebimento dos salários, a entrada de décimo terceiro, proximidade com as festividades de final de ano e os baixos estoques dos frigoríficos para este período, novas altas possam registradas.
Já em Mato Grosso, o cenário é de baixa de preços, em que as cotações cederam 3,56% na semana. Com isso, a referência de negócios no estado passam de R$ 3,37/kg para R$ 3,25/kg. Veja no gráfico:
Segundo o analista da Safras & Mercado, Allan Maia, no decorrer da semana os negócios ficaram lentos em grande parte das regiões, apesar da expectativa de alta de preços com o recebimentos dos salários e décimo terceiro. “A população segue contendo gastos, por conta da crise, e restringindo a demanda por carnes em geral. Isso ocorreu com o frango e também com o suíno nesta semana”, disse.
De acordo com o boletim do Cepea, em novembro os preços para o vivo chegaram a cair 26,4% em São Paulo, em comparação com o mesmo período de 2014. Além disto, as cotações também cederam no comparativo com outubro deste ano, cerca de 6,9%. “Nem mesmo a reação das exportações em novembro foi suficiente para impedir as quedas nos preços domésticos”, analisa os pesquisadores.
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Exportações
No início da semana, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou os embarques de carne suína in natura do mês de novembro, que encerrou com números recordes. Em volume, as exportações atingiram 55,3 mil toneladas, com média diária de 2,8 mil toneladas. Em comparação com outubro, houve um aumento de 31,8%, enquanto que com novembro de 2014 subiu 50,5%.Em receita, o acumulado chegou a US$ 122 milhões, com o valor por tonelada a US$ 2.207,4. O resultado é 18,4% maior que outubro deste ano.
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De acordo com a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), os embarques não mantiveram o ritmo registrado na metade do ano por problemas internos, que prejudicaram o escoamento da produção. “Em novembro, além da recuperação dos embarques do mês anterior, vimos a Rússia alavancar suas importações, como tradicionalmente faz nesta época do ano, frente ao congelamento de diversos de seus portos”, explica Rui Eduardo Saldanha Vargas, vice-presidente de suínos da ABPA.
» Acesse as cotações na íntegra para o suíno vivo
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