Milho: Após altas, mercado busca direcionamento e inicia a sessão desta 6ª feira em campo misto na CBOT
As principais posições do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta sexta-feira (4) em campo misto. O vencimento março/16 era cotado a US$ 3,76 por bushel, com queda de 0,25 pontos e as posições mais longas registravam altas entre 0,25 e 0,50 pontos, por volta das 7h34 (horário de Brasília). Já o contrato dezembro/15 estava estável em US$ 3,70 por bushel.
O mercado ainda busca um direcionamento e exibe ligeiras movimentações. Ainda ontem, as cotações foram impulsionadas, especialmente pela forte queda do dólar índex, em torno de 2% e exibiram ganhos de mais de 6 pontos. Além disso, as agências internacionais destacaram que a forte alta observada no petróleo, de 4% e no trigo também contribuíram para dar suporte aos preços em Chicago.
Paralelamente, o foco dos investidores também permanece na situação na Argentina. Diante da perspectiva de que o presidente eleito, Maurício Macri, cumpra a promessa feita durante a campanha de reduzir as taxas de exportação do cereal, a estimativa é que os produtores aumentem a área destinada ao grão, já nesta temporada.
Confira como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Milho: Queda do dólar impulsiona preços em Chicago e mercado fecha sessão desta 5ª feira com ganhos de mais de 6 pts
A sessão desta quinta-feira (3) foi extremamente positiva aos preços futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT). Ao longo do dia, as cotações do cereal reverteram as perdas e voltaram a trabalhar com ganhos expressivos. As principais posições da commodity fecharam o pregão com valorizações entre 6,25 e 6,75 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,70 por bushel. A última vez que o contrato tinha tocado o patamar foi no dia 06 de novembro, quando chegou a US$ 3,73 por bushel.
Segundo informações da Labhoro Corretora, a volta dos investidores à ponta compradora do mercado acabou impulsionando as cotações do grão. Outro fator que também contribuiu para dar suporte aos preços foi a queda do dólar índex, cerca de 2%.
E, nem mesmo a queda expressiva registrada nas vendas para exportação, foram suficientes para pressionar os preços futuros. Na semana encerrada no dia 26 de novembro, as vendas do grão ficaram em 499,4 mil toneladas. Um recuo de 76% em comparação com a semana passada, na qual, foram vendidas 2.036,3 milhões de toneladas do cereal. Já no comparativo com as últimas 4 semanas, a queda é de 50%.
O volume também ficou abaixo das expectativas dos participantes do mercado, entre 500 mil a 1.100 milhão de toneladas do cereal. As informações foram divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) nesta quinta-feira. Segundo informações do site internacional Pro Farmer, as vendas estão 25% atrás do registrado no mesmo período do ano anterior.
Diante da finalização da safra americana, o foco dos participantes do mercado está nas informações vindas do lado da demanda e também na América do Sul. Para a Argentina, a preocupação é com a promessa do novo presidente eleito do país, Maurício Macri, de retirar as taxas de exportação do grão. Os rumores dão conta que a medida poderá ser colocada em prática ainda esse mês.
Com o estímulo, a perspectiva é que haja um incremento na área cultivada com o milho ainda nesta safra. Ainda nesta quarta-feira, um dos consultores mais respeitados do mundo, Michael Cordonnier, ressaltou que, a situação é bem mais otimista ao grão e os investimentos devem ser maiores na cultura.
Para o Brasil, a Informa Economics revisou para baixo a projeção para a safra de milho do Brasil para 81,3 milhões de toneladas. Anteriormente, a consultoria havia estimado a produção em 81,8 milhões de toneladas.
Mercado interno
Com a influência do dólar, o preço da saca do milho recuou 2,86% no Porto de Paranaguá e retomou o patamar de R$ 34,00. As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa também foram influenciadas e fecharam a sessão desta quinta-feira (3) do lado negativo da tabela. As principais posições do cereal registraram perdas entre 0,52% e 1,19%. O vencimento janeiro/16 encerrou o pregão a R$ 35,90 a saca, com desvalorização de 0,83%.
Por sua vez, a moeda norte-americana encerrou a quinta-feira com perda de 2,26%, cotada a R$ 3,7488 na venda. Na mínima do dia, o câmbio tocou o patamar de R$ 3,7338. A principal informação no mercado foi a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Ainda assim, buscando a avaliação da medida sobre a economia do Brasil.
Ainda na visão dos analistas, o dólar é o principal componente de sustentação aos preços do cereal. E tem estimulado as exportações brasileiras, que nesta temporada, deverão atingir um novo recorde, podendo até mesmo superar as 34 milhões de toneladas, conforme apostam alguns especialistas. Até o momento, no acumulado entre fevereiro e dezembro, contabilizando volume embarcado e nomeações, as exportações chegam a 30,5 milhões de toneladas.
Em novembro, os embarques bateram novo recorde e alcançaram 4.757,1 milhões de toneladas, segundo informações da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). O volume diário ficou em 237,9 mil toneladas, uma alta de 59,7% em comparação com o mesmo período de 2014.
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