João Batista Olivi foi a Mogi Guaçu-SP conhecer o tomate produzido em estufa, que emprega alta tecnologia e se destaca pela qualidade
Apesar de a maior parte do cultivo de tomate ser realizado a campo, a produção em estufas tem sido cada vez mais importante no suprimento de frutos frescos e de boa qualidade para mercados locais.
Na unidade da Mallmann - maior produtor de tomate do país - em Mogi Guaçu (SP) a variedade produzida em estufa é a Sweet Grape, onde se obtém em média de 3 a 5 mil quilos por dia.
Diferente dos cultivos por curtos períodos a campo, a produção de tomate em estufa pode ser mantida por até 11 meses. Plantas em estufa são normalmente colhidas verdes e amadurecem durante o transporte e nas prateleiras. Esses frutos tendem a apresentar maior vida de prateleira, melhor sabor e maior valor de mercado que os tomates produzidos em campo aberto.
"Não tem mais veneno, há um controle químico sim, mas 80% do manejo é biológico", explica o jornalista João Batista Olivi. De acordo com o proprietário da Mallmann, Nelson Mallmann, na produção em estufa é utilizado biofungicidas, biobactericidas e bioinseticidas de fabricação própria, além de controle com vespinhas, visando sempre diminuir a aplicação de produtos químicos.
Além da preocupação com a qualidade da produção, a atividade também tem um grande potencial econômico. Segundo Olivi o setor do hortifruti gera por ano 20 milhões de empregos - 3 vezes mais que o cultivo da soja -.
"É um cultura muito delicada, onde uma pessoa consegue cuidar de apenas mil plantas, diferente do que acontece no campo com outros produtos. Mas infelizmente hoje nós não temos linhas de crédito disponíveis para conseguir avançar nesta área", declara Mallmann.
Recentemente, 120 hectares de tomate da Mallmann foram atingidos por granizo onde se perdeu toda a produção estimada em aproximadamente 300 carretas. Sem subvenção de seguro e com altos custos fica inviável expandir a produção. De acordo com Nelson, para cultivar 1 hectare de tomate convencional o investimento necessário é de 800 mil reais, contra R$ 2.000,00 para produzir a mesma área de soja.
3 comentários
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Carlos Massayuki Sekine Ubiratã - PR
Parabéns aos dois. João Batista Olivi e Nelson Mallmann, vocês são pessoas que renovam nossas esperanças e nos fazem acreditar que esse país ainda tem jeito. E vamos em frente!!!
Telmo Heinen Formosa - GO
Meus efusivos parabéns ao grande amigo e competente jornalista João Batista Olivi pela excelente reportagem na linha investigativa das CAUSAS do problema, neste caso a cultura do tomate. Tenho dito desde há muito que um dos problemas insolúveis do Brasil é o costume de se ficar dia e noite discutindo apenas os efeitos dos problemas. É pródigo da maioria da nossa imprensa. Só se chega a soluções discutindo as causas dos problemas, com certeza. Chega de Engenheiros de Obras feitas. Urge conduzir o país por intermedio de Administradores PROFISSIONAIS!
Dalzir Vitoria Uberlândia - MG
Mais um exemplo de quem desbravou as coisas novas no Brasil...assim foi com soja..milho..e agora em SP com tomate...bem depois os cara da embrapa falam que foram eles que desenvolveram o Brasil...embora as vezes meio fanfarão mas este mérito é dos BOMBACHUDO...parabéns Joao Batista pela entrevista...mas ja que voce tem contato com canal rural podia sugerir ao jornalista investigativo e INVESTIGAR a operação entre o BNDES e o JBS..onde o prejuizo do BNDES foi muito grande...quem sabe o canal rural investiga este assunto!!!!!!
Excelente entrevista João!!! Importante mostrar o trabalho de produtores nas mais diversas culturas. Oxalá que o exemplo do Nelson Mallmann inspire e contagie a muitos outros. Estamos precisando de Líderes.