Perdas no porto de Itajaí (SC) impactam em empregos e impostos
O vaivém de navios que fez de Itajaí a primeira economia de Santa Catarina enfrenta a sombra de uma crise. Amarrado por alterações na legislação que regulamenta os portos, assolado por intempéries e pela perda de linhas, o Porto de Itajaí enfrenta um inferno astral sem precedentes, que ameaça interromper um ciclo de prosperidade que durou mais de 20 anos, desde a municipalização. Nesse período, o terminal cresceu mais de 1500%.
Nos últimos dois meses, a estrutura perdeu metade da movimentação para outros portos e enfrentou mais de 30 dias de fechamento e restrições à movimentação de navios devido à forte correnteza. O primeiro impacto foi nos cofres públicos: em outubro, primeiro mês após a perda de 50% das linhas, a arrecadação do imposto sobre serviços (ISS) da atividade portuária caiu de uma média de R$ 400 mil mensais para R$ 200 mil em Itajaí.
O período de porto fechado agravou o prejuízo, e a estimativa da Secretaria da Fazenda é que, somente durante os dias de restrição, tenha deixado de recolher R$ 320 mil em ISS.
Foram os empregados, porém, os que mais sentiram a perda. Em Itajaí, assim como nos demais portos públicos do país, o serviço é responsabilidade de trabalhadores portuários avulsos (TPAs), que recebem de acordo com a produção. E se as cargas reduzem, diminuem também os ganhos. De agosto para setembro, os TPAs viram os salários despencarem 50%. Em outubro, com o fechamento do porto devido à forte correnteza, o percentual de redução chegou a 65%.
Leia a notícia na íntegra no site do Diário de Catarinense
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