Milho: Mercado espera boletim do USDA e mantém tom negativo em Chicago nesta 3ª feira

Publicado em 10/11/2015 07:22

Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado negativo da tabela nesta terça-feira (10). As principais posições do cereal exibiam perdas entre 1,50 e 2,50 pontos, por volta das 12h14 (horário de Brasília). O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,65 por bushel.

O mercado exibe ligeira movimentação, uma vez que os investidores esperam pelos números do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O boletim será reportado no final da tarde de hoje. E a perspectiva dos participantes do mercado é que haja uma revisão para cima na safra americana, que poderá subir de 344,32 milhões para 344,54 milhões de toneladas.

O rendimento médio das lavouras também poderá ficar acima do indicado no mês anterior, de 177,8 sacas por hectare e, totalizar 178,02 sacas por hectare. Para os estoques americanos, os participantes do mercado apostam em 40,57 milhões de toneladas, contra as 39,65 milhões de toneladas reportadas pelo departamento em outubro. E os estoques globais deverão somar 188,43 milhões de toneladas, contra as 187,83 milhões de toneladas projetadas pelo USDA.

Confira como fechou o mercado nesta segunda-feira:

Milho: Em véspera de relatório do USDA, mercado recua e fecha sessão com perdas de mais de 5 pts em Chicago

As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sessão desta segunda-feira (9) em campo negativo. Os principais contratos do cereal acumularam perdas entre 5,60 e 6,20 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,66 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ US$ 3,74 por bushel.

Ao longo de todo o pregão, os investidores ajustaram as posições frente ao relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado nesta terça-feira (10). A perspectiva é que a safra americana seja revisada para cima e totalize 344,54 milhões de toneladas. No mês anterior, o departamento indicou a produção do cereal em 344,32 milhões de toneladas. Do mesmo modo, a produtividade média das plantações poderá subir de 177,8 sacas por hectare, para 178,02 sacas por hectare.

Paralelamente, as exportações, segundo os analistas, deverão ficar abaixo de 50 milhões de toneladas. Em outubro, o departamento projetou as exportações do grão em 46,99 milhões de toneladas. Para os estoques americanos, os participantes do mercado apostam em 40,57 milhões de toneladas, contra as 39,65 milhões de toneladas reportadas pelo departamento em outubro. E os estoques globais deverão somar 188,43 milhões de toneladas, contra as 187,83 milhões de toneladas projetadas pelo USDA.

Ainda nesta segunda-feira, o departamento americano indicou os embarques semanais do grão em 295,701 mil toneladas na semana encerrada no dia 5 de novembro. Na semana anterior, o número ficou em 477,438 mil toneladas. De acordo com informações do site internacional Pro Farmer, o número ficou aquém das estimativas dos investidores, entre 475 mil a 600 mil toneladas do cereal.

Com o volume reportado, o total já embarcado pelo país soma 5.538,691 milhões de toneladas. O número representa uma queda de 25% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando os embarques estavam 7.396,069 milhões de toneladas do grão.

Outra informação que também é aguardada pelo mercado é o boletim de acompanhamento de safras, que será reportado no final da tarde de hoje. Até a semana anterior, pouco mais de 85% da área semeada havia sido colhida, conforme dados oficiais do USDA. Para essa semana, a projeção é que a área colhida chegue e 91%.

Mercado interno

No Porto de Paranaguá, a saca do milho encerrou a segunda-feira (9) cotada a R$ 34,00. Mesmo com a valorização registrada no câmbio, a queda mais forte observada em Chicago acabou pesando sobre as cotações. Por sua vez, a moeda norte-americana subiu 0,99% e fechou a segunda-feira a R$ 3,7997 na venda. Ainda conforme dados da agência Reuters, o câmbio exibiu um movimento de correção técnica frente à queda registrada na última sexta-feira e também com apostas de que a taxa de juros nos EUA deverá ser elevada em dezembro.

"O forte ritmo dos embarques ainda ajuda a sustentar os valores internos do milho, mas, no porto de Paranaguá (PR), houve enfraquecimento nos preços na semana passada, devido à desvalorização no dólar. A expectativa é que as exportações sigam aquecidas nas próximas semanas", segundo dados reportados pelo Cepea.

No acumulado do ano, de fevereiro a outubro, as exportações do grão totalizam 14,69 milhões de toneladas de milho. E, para que a projeção da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) de 27,24 milhões de toneladas embarcadas sejam alcançadas, o Cepea indica que o volume a ser exportado nos meses de novembro, dezembro e janeiro deverá ser superior a 4,18 milhões de toneladas.

Ainda nesta segunda-feira, a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) informou que os embarques do grão somaram 986,3 mil toneladas nos 4 dias úteis de novembro. A média diária ficou em 246,6 mil toneladas, uma queda de 6,7% em comparação com o mês anterior, quando a média ficou em 264,2 mil toneladas. No mesmo período, as exportações renderam ao Brasil uma receita de US$ 161,9 milhões, com média de US$ 40,5 milhões.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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