Milho: Na CBOT, mercado esboça ligeira reação nesta 3ª feira depois das perdas registradas no dia anterior
As cotações do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram o pregão desta terça-feira (20) com leves altas. Por volta das 7h59 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam ganhos entre 1,00 e 1,50 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,74 por bushel, depois de fechar a sessão anterior a US$ 3,73 por bushel.
O mercado esboça uma ligeira recuperação após as perdas registradas no dia anterior. Sem grandes novidades, os participantes do mercado permanecem focados no andamento da colheita do grão nos Estados Unidos. Nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que cerca de 59% da área já foi colhida até o último domingo.
Na semana anterior, o percentual era de 42% e a expectativas dos investidores estavam entre 57% a 61%. Já no mesmo período de 2014, a colheita do grão estava em 30% e a média dos últimos cinco anos é de 54%, ainda conforme dados oficiais.
Confira como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Em Paranaguá, preço registra alta de 1,49% nesta 2ª feira e saca volta a ser cotada a R$ 34,00
A alta do câmbio registrada ao longo desta segunda-feira (19) movimentou os preços do milho nos portos brasileiro e no mercado interno. A saca do grão para entrega em outubro/15 fechou o dia a R$ 34,00, com ganho de 1,49% no terminal de Paranaguá. Já em Santos, a alta foi menor, de 0,57%, com a saca do cereal negociada a R$ 35,00.
No mercado interno, a cotação subiu 2,63% e Campo Novo do Parecis (MT), para R$ 19,50 a saca. O preço também registrou oscilação positiva em Jataí (GO), de 2,08% e a saca cotada a R$ 24,50. Em contrapartida, os preços recuaram 2,08% em Londrina e Cascavel, ambas no Paraná, com a saca a R$ 23,50. Nas demais praças pesquisadas pelo Notícias Agrícolas o dia foi de estabilidade.
Por outro lado, o câmbio fechou a sessão a R$ 3,8768 na venda, com alta de 0,09%. Contudo, na máxima do dia, a moeda norte-americana chegou a tocar o patamar de R$ 3,9262 e ganho de 1,36%. Conforme dados da agência Reuters, o dia foi marcado por poucos negócios e ausência de notícias que pudessem impulsionar as cotações. Ainda assim, os investidores permanecem cautelosos com o cenário político e econômico brasileiro.
De acordo com informações reportadas pelo Cepea, as cotações do milho recuaram em grande parte das praças pesquisadas em função da volatilidade cambial. E, além da queda na paridade de exportação, os compradores brasileiros se retraíram à espera de novas quedas nas cotações. Enquanto isso, os vendedores priorizam a comercialização com o mercado externo, que ainda remunera mais do que o interno.
Em relação às exportações, a Secex (Secretaria de Comércio Exterior) divulgou nesse início de semana que os embarques de milho somam 2.928 milhões de toneladas até a 3ª semana de outubro. A média diária ficou em 266,2 mil toneladas de milho. O volume diário representa uma alta de 61,8% em comparação com o mesmo período do mês anterior. E ganho de 92,6% em relação com igual intervalo de 2014.
A secretaria ainda informou que no mesmo período, as exportações renderam ao país uma receita de US$ 482,6 milhões, com média diária de US$ 43,9 milhões. Na semana anterior, havia rumores no mercado de que os compradores de ração da Ásia poderiam importar o grão da Ucrânia caso as chuvas fortes no Brasil atrasassem ainda mais os carregamentos, especialmente no Porto de Paranaguá.
Ao todo, os operadores reportaram que, a fila de espera de navios já chegava a 40 dias. Para essa temporada, a perspectiva é que as exportações fiquem acima do recorde registrado em 2013, de 26 milhões de toneladas. Muitos analistas e consultorias privadas apostam em números acima de 27 milhões de toneladas.
Na BM&F Bovespa o dia também foi positivo, as principais posições do milho fecharam o pregão com altas entre 0,71% e 1,15%. O contrato novembro/15 era cotado a R$ 33,91 a saca, depois de encerrar a sessão da última sexta-feira (16) a R$ 33,67 a saca.
Bolsa de Chicago
A sessão desta segunda-feira (19) foi negativa aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Durante o dia, as principais posições do cereal ampliaram as perdas e fecharam o pregão com quedas de mais de 3 pontos. O vencimento dezembro/15 era cotado a US$ 3,73 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,75 por bushel.
Os investidores ainda aguardam o boletim de acompanhamento de safras do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). As estimativas dos participantes do mercado é que órgão indique a área toral colhida com o grão entre 57% a 61%. Na última semana, cerca de 42% da área plantada já havia sido colhida, conforme dados oficiais.
Já em relação ao clima, as previsões indicam a continuidade das chuvas no Meio-Oeste do país nos próximos 7 dias. Entre os dias 24 a 28 de outubro, as chuvas continuam no cinturão produtor de grãos e as temperaturas deverão ficar um pouco mais elevadas, de acordo com informações do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país.
Outro fator que também contribuiu para o tom negativo nos preços foi o relatório de embarques semanais. Na semana encerrada no dia 15 de outubro, os embarques de milho totalizaram 459,812 mil toneladas. As apostas do mercado giravam entre 500 mil a 700 mil toneladas.
Além disso, o número ficou abaixo do divulgado na semana anterior, de 573,298 mil toneladas do grão. No total acumulado do ano comercial, os embarques de milho dos EUA somam 4.316,741 milhões de toneladas, contra as 5.698,284 milhões de toneladas observadas no mesmo período da temporada passada.
Ainda hoje, a empresa Informa Economics reportou suas projeções para a próxima safra norte-americana. A perspectiva é que os produtores cultivem cerca de 36,75 milhões de hectares com o milho na próxima temporada. No mês anterior, a empresa estimou a área do cereal em 36,72 milhões de hectares.
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