Chuvas previstas podem amenizar baixa umidade nos solos brasileiros
As previsões climáticas do início desta semana parecem ter vindo mais positivas para os produtores rurais do Brasil. A Somar Meteorologia, a Climatempo e também o escritório de meteorologia internacional World Weather Inc. já apontam para chuvas mais generalizadas no país neste final do mês de outubro e uma trégua dos elevados acumulados que chegam à região Sul.
"São esperadas mudanças nas condições climáticas do Brasil da próxima semana a dez dias. As chuvas persistentes no Sul serão ligeiramente menos frequentes por um tempo, embora ainda chova de forma bastante significativa. No norte do país, onde tem estado excepcionalmente quente nas últimas semanas, com volumes mais restritos de chuva, os acumulados devem ser melhores e a região, logo, passará por um período de tempestades", informou, em relatório divulgado nesta segunda-feira (19), o World Weather Inc.
Na semana que vem, um sistema frontal deverá se mover do Sudoeste para o Nordeste do Brasil e isso pode resultar em mais chuvas para o Sul do país. Assim, os acumulados para essa região, até a quinta-feira, devem novamente ser bastante elevados. Ao mesmo tempo, algumas áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais podem receber algumas poucas chuvas ou ainda seguir com o tempo seco.
De sexta-feira (23) até o próximo dia 29 de outubro, as condições mudam e chuvas isoladas, mas diárias, podem começar a chegar, ainda segundo o World Weather Inc., a áreas de Mato Grosso, Tocantins, Bahia, Minas Gerais e São Paulo. "As chuvas serão irregulares e melhores em algumas áreas do que em outras, e assim, a necessidade de precipitações generalizadas ainda continua alta. No entanto, nesse momento, qualquer chuva é melhor do que nenhuma e as perspectivas ainda são de 'alguma melhoria' sendo esperada. Uma grande e pesada chuva ainda não é esperada", diz o boletim.
Para o Sul do Brasil, mais chuvas são esperadas para esta semana, porém, na sequência, já está previsto um tempo mais seco, ainda de acordo com o reporte do escritório internacional. "Essas condições devem estimular uma agressividade nos trabalhos de campo no final desta semana e início da próxima, quando a região contará com condições de dias mais quentes e secos", informa o reporte.
De acordo com as últimas informações da Somar Meteorologia, estão previstos volumes de 30 mm a 50 mm de chuvas na principal região produtora de café do Brasil, no sul de Minas Gerais e norte São Paulo, entre os dias 24 de outubro e 2 de novembro, além de chuvas mais generalizadas para os estados de Mato Grosso e Goiás, no Centro-Oeste.
Tempo quente e seco na última semana
Na última semana, o tempo foi muito quente e seco no Centro-Oeste e Centro-Sul do Brasil, além do Nordeste, trazendo um certo "stress" para os campos, ainda de acordo com o escritório internacional e essas condições têm frustrado muitos produtores, que esperavam garantir o plantio de suas lavouras precoces o mais cedo possível para que as chuvas mais tardias que são esperadas para este ano pudessem beneficiar as safrinhas.
"Nem tudo está perdido, mas os produtores terão que apostar que esta mudança no clima para iniciar um avanço agressivo do plantio para que esta safra esteja semeada, pronta para receber a chegada dessa primeira chuva significativa. No entanto, o problema é que em muitas áreas, o solo está muito seco para que os trabalhos de campo tenham sucesso. Mais umidade é necessária para que, em alguns casos, o solo se torne mais flexível", acredita o World Weather.
A imagem abaixo mostra oa acumulados de chuvas no Brasil nos últimos sete dias até o último 18 de outubro, domingo.
Já o mapa abaixo indica qual o percentual do volume normal de chuvas que chegou às principais regiões produtoras do Brasil também nos primeiros dezoito dias de outubro. Nos estados de Minas Gerais, Tocantins, Bahia e no nordeste de São Paulo, a média foi de 0 a 25%, e na maior parte de Mato Grosso e norte de Mato Grosso do Sul, apenas de 25 a 50%.
As imagens a seguir, também do escritório internacional, mostram que os níveis de umidade do solo ainda são mais satisfatórios no oeste do Paraná, no sul do Mato Grosso do Sul e no noroeste do Rio Grande do Sul, isso sem mencionar o sul do Paraguai. "Nestas áreas, os trabalhos de campo estão mais adiantados no Paraná, Mato Grosso do Sul e Paraguai, enquanto nas regiões produtoras do Rio Grande do Sul, os produtores aguardam por um tempo mais seco para dar início ao plantio de forma mais efetiva", explicam os analistas. O primeiro mapa, mostra a umidade na superfície do solo e o segundo, no subsolo. As áreas em vermelho são as que estão com os menores níveis eas que estão coloridas de azul claro, os maiores.
Com informações do World Weather Inc.
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