Milho: Em Paranaguá, preço acompanha o dólar e recua 1,45% nesta 4ª feira; saca é cotada a R$ 34,00

No Porto de Paranaguá, a saca do milho para entrega em outubro/15 é negociada a R$ 34,00 nesta quarta-feira, com queda de 1,45%. Mais uma vez, o recuo observado na moeda norte-americana pesa sobre o valor praticado no terminal. O câmbio era cotado a R$ 3,8095 na venda, com recuo de 0,86%, por volta das 12h30 (horário de Brasília).

O movimento negativo é reflexo da recuperação do apetite por risco nos mercados globais frente às apostas de que os juros nos EUA só deverão subir no próximo ano, conforme dados do site G1. Na mínima do dia, o dólar chegou a R$ 3,7952, menor nível intradia desde 9 de setembro.

Na BM&F Bovespa, as principais posições do milho também trabalham do lado negativo da tabela nesta quarta-feira, com influência do câmbio. Por volta das 13h34 (horário de Brasília), as principais posições do cereal exibiam perdas entre 0,41% e 0,64%. O contrato novembro/15 era cotado a R$ 33,90 a saca.

Bolsa de Chicago

Durante o pregão desta quarta-feira (7), os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) voltaram a trabalhar em campo negativo. Por volta das 13h31 (horário de Brasília), as principais posições da commodity exibiam perdas entre 3,00 e 3,25 pontos. O contrato dezembro/15 era cotado a US$ 3,95 por bushel, depois de iniciar o dia a US$ 3,98 por bushel. As demais posições do cereal ainda se sustentam acima dos US$ 4,00 por bushel.

Segundo informações reportadas pelo site internacional Farm Futures, a queda nos preços do petróleo pesa sobre as cotações do milho nesta quarta-feira. O recuo no petróleo acaba influenciando diretamente nas cotações do etanol, que por sua vez, também impactam os preços do milho, conforme explicam os analistas.

Paralelamente,  o mercado também trabalha em compasso de espera para o próximo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado na próxima sexta-feira (9). E, com as novas projeções sendo divulgadas, os investidores buscam um melhor posicionamento antes do relatório, que irá indicar principalmente os números de produção e produtividade das lavouras norte-americanas.

Ainda nesta segunda-feira, a Farm Futures reportou que a safra de milho dos EUA poderá totalizar 342,16 milhões de toneladas nesta temporada, contra os 344,95 milhões de toneladas projetados anteriormente. Até o final da semana, novas estimativas deverão ser divulgadas pelas consultorias privadas, o que pode influenciar o andamento das negociações em Chicago.

Em contrapartida, a evolução da colheita do grão no país e os relatos de rendimento das plantações também permanecem sendo observados pelos participantes do mercado. Até o início dessa semana, pouco mais de 27% da área semeada havia sido colhida, conforme dados oficiais.